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Otimismo ingênuo

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Por:   •  19/9/2014  •  Artigo  •  296 Palavras (2 Páginas)  •  552 Visualizações

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O otimismo ingênuo atribui à escola uma função salvadora, capaz de alavancar a sociedade, ou seja, a escola tem uma autonomia absoluta na sua inserção social, é capaz de modificar a sociedade, mas não é modificada por ela, razão da ingenuidade dessa concepção. Segundo o autor, o otimismo dessa concepção reside na valorização da escola. A docência é entendida como uma missão, com ênfase no seu aspecto vocacional. Sua atividade estaria orientada pela neutralidade, pela ação politicamente desinteressada, como se isso fosse possível numa sociedade de desiguais, como se a pretensa neutralidade não significasse, na prática, o apoio aos mais fortes, aos que estão na frente.

O pessimismo ingênuo tem uma visão inversa sobre a função da escola. Ao invés da autonomia diante da sociedade, a escola é completamente subordinada a ela, ou seja, sofre a influência da sociedade, uma determinação absoluta, não sendo capaz de influenciá-la. A escola é mera reprodutora da desigualdade social. O papel do educador é o de adequação das pessoas ao modelo social. Para Cortella, essa concepção falha ao não reconhecer uma permeabilidade da escola aos conflitos sociais, mas oferece grande contribuição ao chamar a atenção para a não-neutralidade do processo educativo.

O otimismo crítico procura superar tanto o otimismo desenfreado quanto o imobilismo fatal. Reconhece a natureza contraditória das instituições sociais e a possibilidade de mudanças. Dessa forma, a educação assume uma dupla função, podendo servir tanto à reprodução e conservação como também à inovação, funcionando como instrumento para mudanças. O autor sugere que a resistência das elites à universalização qualitativa da escola reside justamente nessa possibilidade de resistência e mudanças vislumbrada a partir das contradições sociais.1 No otimismo crítico, o educador tem um papel político-pedagógico e sua atividade nem é neutra, nem é absolutamente determinada, possuindo uma autonomia relativa.

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