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Cândido, ou o Otimismo

Por:   •  10/10/2016  •  Resenha  •  584 Palavras (3 Páginas)  •  302 Visualizações

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Cândido, ou o Otimismo

O livro “Cândido, ou o Otimismo” é uma obra do filósofo francês conhecido como Voltaire, suas obras e ideias Liberalistas tiveram grande importância e inspiração na Revolução Francesa e na Independência dos Estados Unidos, ele foi também um dos precursores da ideia de liberdade civil.

Voltaire, critica do começo ao fim do livro principalmente as instituições da época como a religão, o exército, o governo, as filosofias e os filósofos.

A obra tem como personagem principal Cândido, um rapaz bom e justo, morador do castelo do senhor Barão de Thunderten-tronckh. Ele tem como mestre Pangloss que o instrui em relação ao otimismo, as teorias de Leibniz, que a gente vive no melhor dos universos possíveis e tudo o que acontece é para um bem maior. Podemos supor que Pangloss representaria Leibniz, fazendo assim uma critica a sua teoria.

Cândido conhece, apaixona-se e se envolve com a nobre filha do barão, Cunegundes. Por isso acaba sendo expulso do castelo e começa sua viagem pelos diversos lugares do mundo, a viagem toda é acompanhada por acontecimentos horríveis como: ser expulso do castelo, perder o amor da sua vida, ser torturado, sobreviver a um naufrágio, quase morrer em um terremoto, encontrar o El Dorado e depois ser roubado, fatos que levam Cândido a se questionar sobre o otimismo exagerado e a ideia de pangloss onde tudo acontece por um bem maior, que ao meu ver é uma forma de descentralizar as decisões e possivelmente uma menor importância para um fato ocorrido.

O El Dorado da obra é uma versão mais antiga da Maquina de Experiências de Robert Nozick, onde um mundo teoricamente perfeito onde os servagens, ou não-europeus, são civilizados, não existem igrejas e se despreza o ouro . Neste El Dorado  como na Maquina de Experiências existe uma condição, a pessoa deve abdicar de qualquer contato com o mundo externo, fato que também tem relação ao  Rousseau, onde ele diz que a sociedade corrompe o homem, então  para o homem estar num mundo perfeito é preciso não ter contato com a “sociedade”.

Ao longo de sua viagem o jovem Cândido encontra o sábio Martinho, seguidor das  teorias maniqueístas, se contrapondo a Pangloss, ele acredita que o mau prevalece no mundo, ele acaba se tornando seu companheiro de viagem, dividindo momentos históricos de seu tempo, como por exemplo suas aventuras como soldado na Guerra dos Sete Anos  e sua passagem no grande terremoto de Lisboa .

 Cândido encontrou várias pessoas que enfrentaram, assim como ele, variedades de males, desde ladrões até reis, ao final ele encontra o derviche que de todos se mostrou o mais contente com sua condição, passar a vida cultivando sua propriedade e cuidando de sua família.

Voltaire, como sempre se inquietou sobre o mal, consegue mostrar através de Cândido que o mal ou o sofrimento sempre existirá e necessário, assim como Cândido abre mão de ficar em um lugar sem sofrimento, para ir atrás de Cunegundes que também enfrenta problemas.

Cândido ao final da obra conclui, “devemos cultivar nosso jardim”,  como ensinou derviche e repetiu Martinho, devemos trabalhar, pois, além de afastar o homem dos males, esta “é a única maneira de tornar a vida suportável”. Pangloss ainda cita que quando o homem foi posto no Jardim do Éden, foi posto para que lá trabalhasse e não para que ficasse em repouso.

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