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Problema social no Brasil

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Por:   •  18/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.053 Palavras (13 Páginas)  •  167 Visualizações

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Introdução

Este trabalho aborda o desenvolvimento do Serviço Social, desde os primeiros atos de assistência social, na década de 30, período em que se afirmou o Sistema Capitalista, berço dos primeiros conflitos e as lutas de classe. Para desenvolver este tema, nos utilizamos do filme Tempos Modernos de Charlie Chaplin, o qual ilustra as mudanças decorrentes da industrialização e das novas tecnologias. Logo, buscamos apontar as mudanças sofridas no campo de trabalho do Assistente Social, bem como a nova estruturação deste profissional, à busca de novas formas de atuação e a ruptura com o modelo capitalista. Ao final, traremos duas questões sociais decorrentes da atualidade, vinculando as atribuições do Assistente Social neste cenário. Com isto, vimos o Serviço Social, busca incessantemente promover ações sociais, que o desvinculem do caráter assistencialista, que historicamente lhe foi atribuído.

A questão Social no Brasil

Podemos notar que o filme é uma crítica à história na época decorrida focalizando a vida urbana e seus problemas com a sociedade tecnológica que evolui rapidamente enquanto muitos não puderam acompanhar. Exprime a ideia de moderno e antigo e da relação de homem VS sociedade. As máquinas substituem a mão de obra e os operários são marginalizados, criando mais desemprego.

Esses fatos ocorreram por volta de 1930, na segunda parte da Revolução Industrial, a era das grandes indústrias, bem como no conteúdo histórico após a crise de 1929 dos EUA, quando a depressão atingiu a sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome. De início o autor Charles Chaplin compara trabalhadores com um rebanho, passando a ideia de que aquele grupo era controlado pela elite com o cajado do capitalismo, quem não aceitasse ou não aguentasse, tinha outro para substituí-lo, o índice desemprego era enorme por conta da crise já citada. Na época, queriam verdadeiros homens-boi para as fábricas, esses são aqueles que obedecem e realizam o que são mandados a fazer, sem reclamar ou questionar, acima de tudo tem que serem fortes, que é para aguentar uma jornada enorme de trabalho suprindo mais que o seu máximo. Nem na troca de turno a produção parava, se houvesse alguma falha, a produção era interrompida causando prejuízo notável para os maiorais. Os integrantes da elite eram tão obcecados pelo processo de produção, que produziam as mais incríveis engenhocas para que ajude de maneira complementar o maior aproveitamento do tempo do trabalhador, mas visando a produção e não o bem estar dos funcionários.

O filme focaliza a vida na sociedade industrial da época, caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização de trabalho, ou seja, cada funcionário era responsável por uma etapa do processo produtivo. A produção em massa como conhecida, deve ser feita no menor tempo possível. Esse processo de industrialização retrata a alienação do trabalho no capitalismo, transformando o operário em apêndice das máquinas.

Voltando-se à questão social, é notável aos nossos olhos a falta de qualidade de vida para propósitos irracionais. A justificativa da época seria: “Tempo é dinheiro”, lema capitalista. A frustração dos trabalhadores assalariados por terem condições precárias excita-os a sonhar como se fossem da alta sociedade, pois o modelo daquela época de família feliz deveria ser esse, creio eu. Mas tudo que lhes sobravam era um barraco velho, quando havia. Indivíduos da pior classe parecem ter mais comodidade na prisão, pois tem comida e um lugar pra morar, o básico, do que na rua. Por conta do trabalho, operários atraem para si problemas de estresse, estafo, perda de razão, entre outros. Sobretudo, os mesmos tinham conforto em sua família, seu único bem maior.

Os operários eram cada vez mais explorados na medida em que a ambição dos patrões lhe cabia. Sem ter seus direitos trabalhistas eram obrigados a suprir a vontade de seus senhores. Mas em função as condições de trabalho deixavam-os insatisfeitos promovendo movimentos grevistas para a melhoria das condições salariais e trabalho. Mas o mesmo era reprimido pelos patrões, que usavam da força política e autoridades policiais para sufocar o movimento e garantir o retorno das atividades fabris.

A obra tratava de desigualdades entre a vida dos pobres e as camadas mais abastadas, mostrando a perspectiva na vida de cada grupo social. Por conta disso tiramos a seguinte conclusão, que pra existir o proletariado, a burguesia, precisa existir o pobre, pois uma classe se alimenta da outra.

A partir da década de 30 o distrito federal localizado na época, na cidade do Rio de Janeiro, possui uma população numerosa, conseqüência em parte o êxodo rural, que obrigou muitas pessoas a abandonar o campo rumo as cidades pela carência de emprego resultante da desestruturação agrícola

Deste modo a crescente migração era inevitável em reação da acelerada industrialização urbana que demandava a mão de obra excedente.

Ainda no período de 30, a economia brasileira passava por uma transição de agrário-exportadora para industrial. Nesse contexto ocorreu a construção de algumas indústrias que demandavam mão de obra e investimentos de obra de infraestrutura: tais como: abertura de estradas, suprimento de energia e etc.

O êxodo rural constitui-se no fator que viabilizou o atendimento desta oferta por mão de obra, que embora abundante necessitava ser disciplinada para o trabalho. Visando atingir esse objetivo disciplinador. O estado lançou mão de estratégias tanto institucionais, quanto ideológicas, sendo o serviço social o agente de suma importância neste processo.

O surgimento do serviço social no Brasil tem sua origem no amplo movimento social que a igreja católica desenvolve com o objetivo de recristianizar a sociedade. Com o crescimento da industrialização e das populações da área urbanas, surge a necessidade de controlar a massa operária. Com isso o estado absorve parte das reivindicações populares, que demandavam condições de reprodução: alimentação, moradia, saúde ampliando as bases do reconhecimento da cidadania social, através de uma legislação social e salarial. Essa atitude visava principalmente o interesse do

Estado e das classes dominantes de atrelar as classes subalternas ao Estado, facilitando sua manipulação e dominação.

A partir do objetivo de obter um controle ainda mas amplo, o Estado passa a intervir não somente na regulação do mercado através de política salarial e sindical, como também no estabelecimento

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