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Processos De Influência Social - O Conformismo

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Por:   •  8/11/2014  •  561 Palavras (3 Páginas)  •  448 Visualizações

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Para aprofundar o estudo relativo aos processos de influência social, neste artigo vou procurar descrever o estudo do conformismo, mais especificamente, as experiências efectuadas por Asch, em 1951, que tinham como paradigma base: nós gostamos de confirmar os nossos juízos e as nossas percepções com as dos outros.

De facto, o conformismo diz respeito ao «processo que ocorre quando numa relação assimétrica, quantitativa ou qualitativa, um sujeito ou um grupo adere ou se submete à norma de um outro sujeito ou grupo»1. Neste âmbito, Asch recorre a um estímulo semi-estruturado uma vez que face a situações pouco estruturada recorremos às opiniões dos outros.

Para perceber de maneira mais coerente o que é um estímulo semi-estruturado, impõe-se a descrição da condição experimental: um grupo de oito indivíduos é convidado a comparar uma linha padrão com outras três linhas desiguais, sendo que apenas uma destas linhas é igual à linha padrão (ver figura 1).

Figura 1 – Exemplo dos cartões estímulo

Porém, neste grupo existem sete comparsas, ou seja, apenas um dos sujeitos é o verdadeiro sujeito experimental e, por isso, é o sujeito ingénuo. Cada um dos sujeitos dá a avaliação em voz alta, sendo que os comparsas dão doze respostas erradas em dezoito ensaios experimentais. Deste modo, o sujeito ingénuo encontra-se numa posição minoritária e, apesar de não existir qualquer tipo de pressão explícita por parte do grupo, este chega a cometer erros que atingem os 5 cm. Como resultados, Asch obteve que apenas 30% dos sujeitos experimentais não se conformaram à pressão implícita pelo grupo, ou seja, um terço dos sujeitos mantiveram-se independentes o que leva a colocar a questão de quais são os factores que explicam o conformismo.

Contudo para sabermos quais as condições que permitem a alteração das percepções de um indivíduo minoritário por uma maioria quantitativa é necessário recorrer à experiência efectuada por Deutsch e Gerard (1955), onde estes apontam como condições a dependência informativa e a dependência normativa.

A dependência informativa está relacionada com a importância que as avaliações e as opiniões dos outros representam para nós. Neste sentido, o conformismo cresce quando cresce a importância numérica da maioria, sendo que é necessário um mínimo de três sujeitos no grupo maioritário para que se obtenha conformismo. Por outro lado, o conformismo cresce, quando aumenta a ambiguidade do estímulo ou quando os sujeitos devem responder com base na memória. Porém, quando numa situação experimental há mais do que um sujeito ingénuo, ou a maioria não responde de forma unânime e consistente, o conformismo baixa.

No que diz respeito à dependência normativa esta refere-se aos riscos de perda de aceitação ou mesmo de exclusão do grupo quando o sujeito não segue as normas do grupo. Assim, Deutsch e Gerard verificaram que o conformismo varia consoante o sujeito se encontre numa situação de anonimato ou numa situação pública, isto é, o conformismo baixa quando as respostas do sujeito não são conhecidas da maioria e, caso contrário aumenta. Por outro lado, verificaram que o conformismo aumenta quando é induzida a ideia de pertença ao grupo, tendo como base a competição com outros grupos.

Neste caso, verificamos

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