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Programas da Economia Solidária do município de São José dos Pinhais

Projeto de pesquisa: Programas da Economia Solidária do município de São José dos Pinhais. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  6.431 Palavras (26 Páginas)  •  404 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5

3 OBJETIVOS 13

3.1 OBJETIVO PRINCIPAL DA PESQUISA 13

3.2 OBJETIVO ESPECIFICO 13

4 METODOLOGIA 14

5 APRESENTAÇÃO DOS DADOS 16

5.1 DADOS COLETADOS 16

5.2 DADOS COLETADOS DOS REPRESENTANTES DA ES 18

6 ANÁLISE DOS RESULTADOS 20

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 21

REFERÊNCIAS 23

APÊNDICE 1: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 26

APÊNDICE 2: ENTREVISTA COM OS PARTICIPANTES DO PROGRAMA ECONOMIA SOLIDÁRIA DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 28

1 INTRODUÇÃO

Este projeto tem por finalidade analisar como os integrantes do Programa Economia Solidária do Município de São José dos Pinhais trabalham com o fator sustentabilidade, o que eles entendem sobre o tema.

A cada novo dia temos a oportunidade de verificar por diferentes veículos de comunicação inúmeras discussões acerca do tema sustentabilidade e suas possibilidades e necessidades de intervenção na sociedade, seja ela de caráter global, regional ou local.

Assim é de compreensão natural que o mesmo venha ganhando destaque na agenda política do país, primeiro porque o Brasil possui uma vasta biodiversidade ambiental e segundo pelo crescimento econômico apresentado nos últimos anos na contramão de uma crise financeira de ordem internacional. Podemos citar o Fórum Mundial de Sustentabilidade realizado em Manaus no ano de 2011 como exemplo positivo desta agenda.

A partir do abrangente contexto que envolve o tema sustentabilidade introduzido na década de 80 por Lester Brow, o qual definiu comunidade sustentável como “a que é capaz de satisfazer às próprias necessidades sem reduzir as oportunidades das gerações futuras” (CAPRA apud TRIGUEIRO, 2005, P. 19) consideramos significativa a compreensão de como tal conceito vem sendo desenvolvido nas esferas locais, entendida aqui pelos municípios, onde realmente se concentram a maioria dos pequenos e médios empreendimentos, além dos programas governamentais e do terceiro setor voltados ao desenvolvimento de negócios e trabalhos sociais fundamentados na urgência de valorização crescente da sustentabilidade como base e diretriz conceitual para as suas atividades.

Um exemplo de programa que promove a sustentabilidade como eixo central de sua proposta é o Economia Solidária, desenvolvido em alguns estados e municípios, visando o desenvolvimento da atividade econômica pautado na cooperação e a autogestão, priorizando o consumo de produtos saudáveis que afetem o mínimo possível o meio ambiente, além de valorizar as pessoas promovendo a solidariedade, a democracia, a preservação ambiental e os direitos humanos (CNES, 2006).

Portanto, buscando compreender a relação entre o “conceito sustentabilidade” e suas reais possibilidades de inserção nas comunidades atendidas pelo programa acima citado é que apresentamos nossa problematização desta pesquisa: Como a sustentabilidade vem sendo compreendida e desenvolvida pelos participantes do programa economia solidária no município de São José dos Pinhais-PR.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O tema sustentabilidade e meio ambiente entrou em discussão recentemente e se tornou pauta de encontros e convenções em âmbito global, porém teve seu início marcado na década de 70, segundo Tatiana (2009):

Em 1971 foram realizados o Acordo de Copenhague, sobre cooperação entre estados escandinavos na luta contra a poluição do mar, a Convenção de Bruxelas, para a criação de um fundo de indenização para danos similares, e a Convenção de Ramsar, sobre a conservação das zonas úmidas de importância internacional.

Nesta mesma época surgiram outras vertentes como a Convenção de Londres, para proteger as focas na Antártida, a Conferência de Estocolmo e a Convenção Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, sobre a proteção do patrimônio mundial, cultural e natural.

Segundo João Amato Neto (2001, pg. 01) com o apelo da população mundial para que se tivessem maior cuidado com o planeta surgiram “sucessivos fóruns internacionais”, e “acordos assinados por vários países” como a Eco-92, Agenda 21, Protocolo de Kyoto, Conferência de Bali, entre outros que marcaram as últimas duas décadas.

A mais recente realização abordando o tema foi a Rio+20, Conferência das Nações Unidades sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, exatamente 20 após a Conferência de 1992 também realizada no Rio de Janeiro, segundo o site Rio+20 o encontro serviu para definir “a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

Todas estas manifestações surgiram com a preocupação do homem em mudar de fato o modo de pensar da sociedade, pois segundo Amato neto (2011, pg. 02) “ao longo de praticamente todo o século XX, o processo de industrialização fundamentado no paradigma taylorista/fordista priorizava, dentre vários outros aspectos, a produção em larga escala com o consumo excessivo de energia, água e matérias-primas”. Com estes movimentos surgiram vários problemas como o excesso de lixo, a exploração da mão-de-obra, e uma sociedade mais voltada ao consumo do supérfluo.

Para Tatiana (Capra apud Tatiana, 1996, p. 25), é necessário compreender os fenômenos sociais de forma mais completa, abandonando o antigo paradigma que ainda influencia os homens, os líderes de Estado, instituições e empresas, que interpreta a realidade de modo mecanicista, em unidades isoladas e independentes.

Para muitos leigos ao se tratar de sustentabilidade, é emitir menos gás carbônico, é poluir menos o meio ambiente sem deixar de fazer nossas atividades corriqueiras, mas de acordo com Torresi; Pardini; Ferreira (2010):

[...] é bom esclarecer que desenvolvimento sustentável não se restringe apenas a uma ação, como reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa. Se realizarmos apenas ações no sentido de reduzir as emissões dos gases estufa, tememos que o planeta seja alterado de tal forma que, possivelmente, muitas espécies como as conhecemos agora deixarão de existir.

Mas o que o termo sustentabilidade significa? Segundo Tatiana (Capra apud Tatiana, 2003, p.238) é “atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas próprias necessidades”. E para entendermos melhor o termo podemos abordar certos campos possíveis dentro de uma sociedade, adotamos para isto 3 pilares: sustentabilidade ambiental, econômica e social. Segundo mostra figura a baixo:

Figura 1 - TRIPE DO DESENVOLVIMENTO

Fonte: Elaborado pelo autor (2013)

Ao tratarmos do tema Sustentabilidade Ambiental foi necessário normatizar e criar regras para que sejam cumpridas pelas empresas, surgiram então segundo Neto (2011, pg.02) “Normas de Gestão Ambiental ISO 14000, o “selo verde”, a Norma de Responsabilidade Social ABNT 16001 e ISO 26000”.

A Sustentabilidade Ambiental visa proteger o meio ambiente de empresas gananciosas que querem tirar tudo da terra sem pensar no amanhã, sem se preocupar em como o solo, as aguas e o ar ficaram com suas medidas insanas de fazer dinheiro a qualquer custo.

Porem de acordo com VECCHIATTI (apud Sachs, 2001):

[...] o crescimento econômico, se colocado a serviço de objetivos socialmente desejáveis e repensado de forma adequada, de modo a minimizar os impactos ambientais negativos, continua sendo uma condição necessária para o desenvolvimento. Aliás, taxas significativas de crescimento são necessárias, uma vez que é muito difícil redistribuir bens e renda numa economia estagnada.

O Instituto Ethos vem com uma outra abordagem, ele defende que sustentabilidade é mexer com a mentalidade da população em geral, para que aja a troca do conceito de como estamos agindo errado e os resultados que teremos se tomarmos outras atitudes que beneficiam o meio-ambiente e a sociedade de forma geral. Pois segundo o Instituto:

A concepção de uma cultura de sustentabilidade, apoiada em valores éticos, humanistas e democráticos e orientada por uma visão de bem-estar, qualidade de vida e progresso, é a base necessária para a construção de um ambiente favorável ao desenvolvimento de práticas que possibilitem o envolvimento e a troca entre iniciativa privada, governo e sociedade e a busca conjunta por resultados e evolução.

E segundo VECCHIATTI (2004) O desenvolvimento desejável propõe uma conciliação entre o desenvolvimento e o crescimento econômico, sendo, simultaneamente, sensível à dimensão social, ambientalmente prudente e economicamente viável.

Do ponto de vista Social a abordagem feita de modo a minimizar a pobreza e a diferença entre as classes sociais, tem aumentado a cada dia. Ela parte de todos os lados, das empresas, ongs, etc. Cardoso (2004) aponta o fato de que o governo não é mais o único a executar esta tarefa. “A consciência da necessidade de eliminar do mundo a mancha da fome, da falta de acesso à educação, à saúde e à garantia dos direitos humanos básicos é, hoje, generalizada.”

A sustentabilidade também se classifica como o meio de se manter ativo, ter lucratividade e proporcionar bem estar para todos, isto é o que ocorre na Economia solidária (ES), onde o foco é o sucesso de todos no grupo, pois de acordo com Tatiana (2013) sustentabilidade:

[...] Não está relacionado com o resultado financeiro exclusivamente ou com a capacidade de gerar receita dentro da organização que seja suficiente para cobrir os custos operacionais e obter sobra, seja através da venda de produtos ou pela prestação de serviços, mas também com o resultado político e social das suas ações.

As ES vieram para que a sociedade em si tome consciência de que há formas de se desenvolver sem que haja o comprometido do meio em que vivemos.

A sustentabilidade na ES também age para minimizar o consumo crescente e o novo fluxo de necessidades que surgem diariamente, pois podem ser trabalhados de forma que se conscientize a população de que é possível viver consumindo apenas o necessário.

Pois segundo Cohen (2009, p. 25) “Se a população mundial passasse a ter o padrão de consumo norte-americano, seriam necessários cerca de quatro planetas iguais a Terra para abastecê-la.”

O tema sustentabilidade vem sendo muito abordado devido à complexidade das relações que temos atualmente entre seres humanos e meio ambiente, pois segundo Guimarães (2001, pg. 44) “A modernidade e o meio ambiente resultam de uma mesma dinâmica”, onde temos que pensar no desenvolvimento sem prejudicar o meio em que vivemos.

No século passado no Brasil ocorreu o êxodo rural onde devido a modernização do setor agrícola fez com que milhares de trabalhadores saíssem dos campos e viessem para as cidades, segundo Yoshida (2000) “quase 30 milhões de pessoas deixaram o campo entre 1960 e 1980, acelerando o processo de urbanização e inchando metrópoles e cidades de tamanho médio entre 100 a 500 mil habitantes.”

Deste modo as cidades não suportaram a grande massa e muitos problemas surgiram, como o desemprego, criminalidades, falta de saneamento básico, etc.

A ES vem então em contrapartida a este capitalismo em que vivemos atualmente, pois ela visa a união do grupo onde os lucros, benefícios, qualificação profissional, tudo seja dividido igualmente, beneficiando todos os integrantes do grupo.

Economia solidária é compreendida por muitos através do próprio nome, ela se trata de um grupo que se une e se compromete a trabalhar em conjunto em prol do bem comum e teve seu grande marco com a criação da Secretaria Nacional da Economia Solidária em 2003, pelo Ministério do Trabalho e do Emprego.

A ES tem diferentes definições, porem de acordo com DANIELA FREITAS CHAVES E ILÉIA MARIA DE JESUS PINTO (apud Singer, 2003) “todas giram em torno da ideia de solidariedade em contraste com o individualismo.”

Mas o que é Economia Solidária? Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego: “Uma nova prática de organização socioeconômica que se pauta em princípios fundamentais como solidariedade, cooperação, e autogestão, que tem como protagonista principal os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES).”

EES segundo o Ministério do Trabalho e Emprego:

[...] Organizações de caráter associativo que realizam atividades econômicas, cujos participantes sejam trabalhadores do meio urbano e rural e exerçam democraticamente a gestão das atividades e a alocação dos resultados. (Decreto No. 7.358, de 17 de Novembro de 2010).

Eles buscam a melhoria constante do grupo, se reúnem para promover seus produtos através de feiras, congressos, utilizam de métodos de autogestão, cooperação, políticas sociais e de ação.

Mas em se tratando de sustentabilidade qual é a relação dela com a Economia Solidária? A sustentabilidade está relacionada de forma direta aos tipos de empreendimentos e o que eles utilizam para seu funcionamento, pois Tatiana afirma que “é preciso pensar que a sustentabilidade relaciona-se à finalidade dos empreendimentos e os meios para a sua realização. “

A sustentabilidade também está relacionada com três parâmetros já abordados: sustentabilidade ambiental, econômica e social, pois segunda Tatiana:

Não está relacionada apenas aos aspectos econômicos, ou à eficiência econômica, mas também, como Coraggio (2003, p. 95) afirma, à eficiência social, entendida como “a reprodução das melhores condições possíveis, tanto materiais como simbólicas da vida em sociedade.

Quanto aos aspectos econômicos eles são de suma importância, pois segunda Tatiane os aspectos econômicos “são fundamentais para a consolidação dos empreendimentos.”

Já o aspecto social e o político “também terão uma influência significativa na gestão do empreendimento e na sua sustentabilidade” Tatiane (apud TIRIBA, 2000; COSTA, 2003; FRANÇA FILHO e LAVILLE, 2004; SEI, 2004).

Quanto a atividade econômica que as ES podem desenvolver, o Ministério do Trabalho e Emprego classifica como: “Produção de bens; Prestação de serviços; Finanças solidárias; Comércio justo; Trocas e Consumo solidário.

O MTE também destaca os tipos de organizações que se enquadram como ES: “Cooperativas; Associações; Empresas auto gestoras e Grupos solidários.”

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego os desafios da ES são:

Figura 2 - DESAFIOS

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

A SENAES/MTE – Secretaria Nacional de Economia Solidária criou um sistema de coleta e informação de dados sobre os empreendimentos solidários no Brasil chamado SIES: Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária.

A SENAES coloca como objetivos do SIES:

a) Constituir uma base nacional de informações em economia solidária com identificação e caracterização de Empreendimentos Econômicos Solidários e de Entidades de Apoio, Assessoria e Fomento à Economia Solidária;

b) Fortalecer e integrar Empreendimentos Econômicos Solidários em redes e arranjos produtivos e organizativos nacionais, estaduais e territoriais, através de catálogos de produtos e serviços a fim de facilitar processos de comercialização;

c) Favorecer a visibilidade da economia solidária, fortalecendo processos organizativos, de apoio e adesão da sociedade;

d) Subsidiar processos públicos de reconhecimento da economia solidária;

e) Subsidiar a formulação de políticas públicas;

f) Subsidiar a elaboração de marco jurídico adequado à economia solidária; e

g) Facilitar o desenvolvimento de estudos e pesquisas em economia solidária.

O SIES traz definições das características que devem ter os EES:

[...] coletivas; cujos participantes ou sócios(as) são trabalhadores(as) dos meios urbano e rural; permanentes; que disponham ou não de registro legal e que realizam atividades econômicas de produção de bens, de prestação de serviços, de fundos de crédito (cooperativas de crédito e os fundos rotativos populares), de comercialização (compra, venda e troca de insumos, produtos e serviços) e de consumo solidário.

O SIES foi criado em 2004 e realizou coletas de dados entre os anos de 2005 e 2007, onde averiguaram que existiam mais de 21.859 EES no país, e uma terceira análise foi realizada em 2010-2012, onde foi identificado 33.518 EES, isto mostra segundo o SIES que “a economia solidária é um fenômeno que apresenta dinamismo social e econômico independentemente do contexto de crise do desemprego e do fenômeno do dessalariamento que caracterizou o período de seu surgimento nas últimas décadas do século passado.”

Segundo o MTE, o SENAES tem políticas de apoio a ES, são elas:

Figura 3 - A SENAES E AS POLITICAS DE APOIO A ECONOMIA SOLIDÁRIA

Fonte: MTE

Segundo o site da Prefeitura de São José dos Pinhais “O Programa de Economia Solidária foi criado pela Lei 1591/2010. Atua na formação, capacitação desses grupos e apoia a comercialização de seus produtos através da realização de feiras, festas da cidade, locais disponibilizados por entidades parceiras e os Centros Públicos de Economia Solidária.”

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO PRINCIPAL DA PESQUISA

Para possibilitar esta investigação que nos propomos a desenvolver por meio do Programa de Apoio à Iniciação Científica – PAIC, elegemos como objetivo geral deste projeto: analisar como o conceito sustentabilidade é compreendida e desenvolvida pelos participantes do programa economia solidária no município de São José dos Pinhais.

3.2 OBJETIVO ESPECIFICO

Para atingir este objetivo geral, os seguintes objetivos específicos serão desenvolvidos:

1 – Apresentar o foco principal do conceito sustentabilidade desenvolvido pelo programa.

2 – Identificar o perfil dos participantes envolvidos no referido programa.

3 – Apontar as principais barreiras e facilitadores na relação “conceito e aplicabilidade” do tema sustentabilidade, percebido pelos participantes do programa.

4 METODOLOGIA

Este trabalho se caracteriza como uma pesquisa de natureza exploratória e descritiva, se utilizando da abordagem qualitativa de análise. Elege-se esta opção de modalidade, pois nos permite investigar o tema proposto, buscando um aprofundamento e compreensão do tema sustentabilidade na sua relação conceito e aplicabilidade inseridos no programa economia solidária em São José dos Pinhais, estabelecendo uma análise significativa e detalhada dos fenômenos que compõem este cenário social.

Considerando as palavras de Lakatos & Marconi:

A metodologia qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento, etc.” (2007, p. 269).

Serão utilizados para a coleta de dados os seguintes instrumentos: questionário com questões abertas e fechadas, entrevistas semiestruturadas e grupo-focal.

O questionário vai compor a primeira fase do estudo que visa mapear junto a Secretaria Municipal de Trabalho os participantes envolvidos no referido programa. Após a análise dos questionários passaremos para a segunda parte deste estudo no qual optaremos pela seleção dos participantes que já atuam pelo menos há um ano na atividade proposta, para através das entrevistas semiestruturadas verificar sobre a perspectiva dos atores selecionados o objeto do estudo em questão.

Na terceira fase reuniremos em grupo-focal os participantes para discussão aberta sobre o tema. Este instrumental nos permitirá uma interação entre o pesquisador e o pesquisado, e que através desta, o pesquisador objetiva se aproximar e apreender o que os atores sabem, pensam representam, fazem e argumentam.

A participação dos atores na pesquisa seguirá os seguintes critérios. Para os responsáveis pelo desenvolvimento do programa vinculados a secretaria municipal de trabalho: estar na coordenação e acompanhamento das atividades pelo menos há dois anos. Quanto aos participantes na categoria beneficiários o critério também se refere ao tempo de participação que neste caso deverá ser de pelo menos seis meses de vivência nas ações propostas.

Outro critério comum a todos os participantes da pesquisa se deve ao fato dos mesmos autorizarem legalmente sua participação no estudo por intermédio da assinatura do Consentimento livre e esclarecido.

Esta pesquisa também nos permitirá utilizar outro instrumento de coleta e análise, baseando-se na consulta documental, que poderá ser realizada nas mais diferentes fontes como: jornais, discursos oficiais, leis e outros documentos que emergirem durante a pesquisa e que poderão contribuir na investigação.

De acordo com Mazzoti & Gewandsznajder, considera-se como documento:

Qualquer registro escrito que possa ser usado como fonte de informação. Regulamentos, atas de reuniões, livros de frequência, relatórios, arquivos, pareceres, etc., podem nos dizer muita coisa sobre os princípios e normas que regem o comportamento de um grupo e sobre as relações que se estabelecem entre diferentes subgrupos (2001, p.169).

Portanto as análises dos mais variados documentos (matérias jornalísticas, leis municipais, atas de reuniões, fotos, relatórios de projetos, programas e outros) contribuirão com um maior entendimento acerca do desenvolvimento do tema sustentabilidade na sua relação “conceito e aplicabilidade” no programa economia solidária.

5 APRESENTAÇÃO DOS DADOS

As entrevistas ocorreram entre onze e vinte e três de abril através de e-mails destinados aos participantes do programa Economia Solidária de São José dos Pinhais. O programa existe a pouco mais de três anos e corresponde a um grupo de quase cem pessoas onde todos foram convidados a participar da pesquisa de campo.

Os entrevistados foram orientados que não precisariam dar dados pessoais como nome, e documentação, para manter o anonimato dos mesmos e garantido pelo documento enviado para conhecimento, Consentimento Livre e Esclarecido que se encontra no apêndice um deste trabalho.

O roteiro de entrevista foi elaborado com base nos objetivos geral e específicos da pesquisa e os modelos podem ser consultados nos apêndices dois e três deste trabalho.

As entrevistas forma enviadas a eles através de e-mail no começo de abril e respondidas pouco tempo depois, foi adotado esta forma de correspondência devido à dificuldade de todos se reunirem, e de todas as entrevistas enviadas apenas quatro pessoas responderam, a agenda deles para este mês de abril devido a páscoa e outros eventos impossibilitou muitos de responderem aos e-mails.

5.1 DADOS COLETADOS

O Quadro 1 a seguir foi elaborado para comparação das características sociais e econômicas dos participantes do programa. A idade média encontrada se encontra na faixa compreendida entre 20 e 45 anos. Todos os que responderam ao questionário são do sexo feminino. Todas residem em São José dos Pinhais, e 50% deles tem filhos. O nível de escolaridade oscilou entre Ensino Médio completo e superior incompleto.

Quadro 1

Dados Entrevistado 1 Entrevistado 2 Entrevistado 3 Entrevistado 4

Sexo Feminino Feminino Feminino Feminino

Idade De 36 e 45 anos De 25 e 35 anos De 36 e 45 anos 24 anos

Escolaridade Ensino Médio completo Ensino superior incompleto Ensino Médio completo Ensino Médio completo

Filhos Sim Não Sim Não

Satisfação financeira N/D Sim Depende da feira Sim

Participação no grupo N/D Sim Sim Sim

Participação nas reuniões Sim Sim Sim Sim

Organização dos eventos Não Sim Sim Sim

Renda única Não Não Não Não

Renda complementar Sim Sim Sim Sim

Tempo de participação 2 meses 1 ano e 8 meses 3 anos 2 meses

Benefícios do programa Espaço para comercialização do produto, e conhecer outros artesãos e seus trabalhos. Espaço cedido pela prefeitura sem que precisemos ter custo com isso e os cursos de aperfeiçoamento gratuitos. Espaço na feira. Forma alternativa de comercializar seu produto.

Dificuldades do programa N/D Dificuldades interpessoais e poucas feiras para comercialização. Organização, muitas mudanças. Nem todos participam de maneira efetiva no grupo.

Sugestão de melhorias N/D Mais verbas para que possamos ter mais feiras. Regras mais sólidas. N/D

Todos os entrevistados que responderam à pesquisa demonstraram que a renda é apenas complementar a renda familiar ou própria, sendo que aproximadamente 25% deles apontaram que o retorno financeiro depende de cada evento (feira) que participam, isto ocorre devido à época do ano, movimento durante a feira, economia atual.

Observamos também que todos no grupo podem participar de maneira efetiva tanto nas reuniões quanto na organização dos eventos e quanto maior o nível de responsabilidade do cargo, o participante deveria ter mais tempo de participação no grupo e maior o grau de escolaridade.

Quanto aos benefícios proporcionado aos participantes da ES, 100% demonstraram que o espaço para a feira como forma alterativa de comercializar seus produtos era a maior contribuição do programa, e apenas um deles apontou os cursos de aperfeiçoamento gratuitos era de grande valia.

No que se trata sobre as dificuldades vivenciadas por eles entra as interpessoais, a participação de muitos é de maneira insuficiente, onde foi apontado que nem todos participam de maneira efetiva das reuniões, as mudanças inesperadas também foi apontada por uma das entrevistadas e as poucas feiras realizadas ao longo do ano.

Ao sugerirem melhorias para o programa 25% apontaram que poderiam ter mais verbas para que houvessem mais feiras e 25% apontou que deveria existir regras mais sólidas.

5.2 DADOS COLETADOS DOS REPRESENTANTES DA ES

Apesar do programa existir a mais de três anos e já ser fundado com regras, leis e normas a serem seguidas a dificuldade de se manter um contato com todos os participantes devido ao grande número, e a dificuldade de diálogo com muitos ao mesmo tempo, foi adotado para facilitar a comunicação reuniões com representantes de cada grupo separados por região, bairros e/ou produto similar. Para controle da qualidade e garantia da fabricação do produto correto pelos artesões para a exposição e comercialização na feira foi adotado critérios de fiscalização, onde antes de cada feira um fiscal da secretaria e outro de empresa parceira vão a casa ou ateliê e verificam se tudo está dentro das normas exigidas.

Os benefícios para os artesões é o espaço cedido gratuitamente para a exposição e comercialização de seus produtos, cursos para aperfeiçoamento, cursos variados como autogestão, finanças, entre outros também dados gratuitamente pela secretaria do trabalho e emprego.

Quanto a dificuldade que eles enfrentam o relacionamento interpessoal entre eles foi apontado pelo entrevisto 2; o entrevistado 4 também aponta que a participação de algumas pessoas do grupo não é de toda satisfatória.

Devido aos produtos serem diferentes um novo artesão ao entrar na ES não pode produzir um produto muito similar a um já produzido por outro do grupo, e caso tenha que mudar de produto o mesmo deverá fazê-lo para continuar a participar do programa.

Sobre o retorno para a secretaria é diminuir a lista dos desempregados, e para a sociedade como um todo é uma alternativa de complementação de renda, melhor qualidade de vida, diminuição do desemprego e criminalidade.

Na visão do Entrevistado 2 quanto as melhorias que poderiam ser feitas o mesmo aponta a necessidade de ter mais feiras para a exposição do seu produto. Para o Entrevistado 8 regras mais sólidas seriam de suma importância para que o grupo fosse mais organizados e os eventos também.

Portanto, verifica-se que a oportunidade criada pelo programa aos artesões é de mostrar seu trabalho onde eles não tem custo nenhum, ganham cursos de aperfeiçoamento também gratuitos e conhecem outros artesões gerando socialização e conhecimento mútuos.

No capítulo a seguir os dados coletados serão analisados com base nos referenciais pesquisados na fundamentação teórica.

6 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Ao finalizar todas as etapas do percurso metodológico exposto iniciou-se a análise dos dados coletados que se pautou nos conceitos apresentados pelos autores na fundamentação teórica do trabalho, observadas suas correlações e divergências.

Encontrou-se relação sobre o que foi encontrado junto ao site do Ministério do Trabalho e Emprego classifica como: “Produção de bens; Prestação de serviços; Finanças solidárias; Comércio justo; Trocas e Consumo solidário”; ao que foi expostos pelos participantes do programa economia solidária de São José dos Pinhais.

A principal barreira encontrada reportada pelos Entrevistados 2 e 4 foi na relação interpessoal; a falta de verbas para promoveram mais feiras também foi observado pelo Entrevistado 2, e esta dificuldade é observada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e um dos principais desafios da ES são: comercialização, crédito e apoio, assistência e formação que consta na figura 2 deste estudo.

Quando tratamos dos benéficos gerados pelo programa todos os Entrevistados demonstraram que uma alternativa de comercializar seu produto sem custo nenhum é um dos principais ganhos que se tem em participar da ES. O Entrevistado 2 cita também os cursos gratuitos como algo vantajoso fornecido pela secretaria do trabalho, emprego e economia solidária de São José dos Pinhais aos participantes do programa; os cursos e local para comercialização dos produtos faz parte das políticas estabelecidas pelo SENAES órgão do MTE que dá apoio a ES, são elas: Fortalecimento Institucional; Agentes de desenvolvimento local; Incubação de empreendimentos solidários; Espaço de comercialização solidária; Formação, Qualificação Social e Profissional; Finanças solidárias e Crédito; Assessoria Técnica e Organizativa, ambas presentes na figura 3 deste estudo.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada tinha por objetivo principal entender como o conceito sustentabilidade é compreendido e desenvolvido pelos participantes do programa economia solidária no município de São José dos Pinhais, porém algumas variáveis surgiram ao longo do projeto, como: a dificuldade de reunir todos os participantes para um debate; os eventos do mês de abril tomaram muito tempo dos artesões, junto com um cronograma enxuto reduziram a abrangência da amostra; o que limitou o trabalho no tocante ao comparativo entre o encontrado na teoria e o verificado na prática.

O mesmo fato interferiu no desenvolvimento dos objetivos específicos. A coleta de dados amostrais foi insuficiente para elaborar um perfil generalista dos participantes do programa. Mas em contrapartida, foi possível dialogar com a coordenadora da ES da secretaria de trabalho, emprego e economia solidária do município de São José dos Pinhais e obter maiores informações sobre a forma de organização do grupo, sobre o sexo predominante dos artesões serem do sexo feminino, em sua maioria donas de casa, residentes no município ou na zona rural.

Com as entrevista que foram respondidas foi possível apontar quais as principais dificuldades que enfrentam e quais os benefícios que o programa gera, foi constatado que a verba é apenas complementar para 100% dos entrevistados, e que se existissem mais feiras para venderem seus produtos seriam uma melhoria ao programa.

Outro ponto abordado pelos entrevistados foi sobre a relação interpessoal entre os membros do grupo e as mudanças constantes sobre os eventos e afins, foi apontado por eles como um empecilho à execução plena de suas atividades, visto que se torna mais moroso o trabalho e o clima entre eles acaba por vezes ficando desagradável.

Os dados coletados corroboram com os autores da fundamentação teórica quanto à necessidade de complementação de renda ser a principal justificativa para os artesões procurarem fazer parte do programa.

Constatou-se que há políticas efetivas da secretaria de emprego, trabalho e economia solidária no município voltadas às ações de empregabilidade para os artesões, o que representa um grande ganho à sociedade. Estas política sociais estimularia o reconhecimento dos produtores e promove uma integração entre a população e os artesões, divulga seus produtos e sua arte.

Como contribuição deste trabalho constatamos que há a necessidade de inclusão normas mais rígidas de controle dos eventos afim de melhorar todo o processo e o relacionamento entre todos do grupo; também o investimento da prefeitura e governo para que se tenha mais verbas para a promoção de mais feiras de comercialização ao longo do ano; a construção de um local fixo permanente para os artesões exporem seus produtos para venda seria um projeto também de suma importância por até o momento existe apenas um quiosque na Rua XV de Novembro no munícipio de São José dos Pinhais, no qual os produtos são dispostos em pequenas quantidades e existe uma rotatividade dos mesmos, com isto não sendo exposto os produtos de todos os artesões ao mesmo tempo; esquemas de crédito e acesso a pequenos negócios e oportunidades de desenvolvimento para que as pessoas do programa possam se tornar empreendedores; entre outras ações que envolvam os governos locais, organizações não governamentais e os setores de educação, saúde e serviço social.

O benefício social do programa economia solidária será a preservação de valores e culturas. Buscando mostrar através do artesanato nossa cultura, costumes e origens; promovendo o repasse do conhecimento do artesanato e à arte destes artesões para as gerações futuras.

Recomenda-se a continuidade do estudo considerando a necessidade de melhor compreensão do programa economia solidária no município estudado, com a possibilidade de pesquisa de levantamento com um maior número de participantes. Proporcionando uma coleta de dados de maior abrangência e confrontando com as novas as informações teóricas que possam ser encontradas.

REFERÊNCIAS

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LAKATOS, Eva. Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

ALVES - Mazzoti, ALDA, Judith; Gewandsznajder, Fernando. O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira Thomsom Learning, 2001.

NETO, João Amato; Sustentabilidade e produção: Teoria e prática para uma gestão sustentável, São Paulo: Editora Atlas, 2011.

COHEN, Marcos; Ética, Sustentabilidade e Sociedade: Desafios da Nossa Era, Rio de Janeiro: Mauad X, 2009.

FALEIRO, Airton; VIANA, Gilney Amorim; SILVA, Marina; DINIZ, Nilo; O Desafio da Sustentabilidade – Um debate socioambiental no Brasil, 2001, Editora Fundação Perseu Abramo.

REIS, Tatiana Araujo; FILHO, Genauto de Carvalho França; Economia Solidária e Sustentabilidade Plural – o caso da COOPAED, Disponível em: sites.poli.usp.br/p/augusto.neiva/nesol/Publicacoes/Anais%20-%20Grava%e7%e3o/ arquivos%20III%20Encontro/Rel-17.htm, Acesso em outubro de 2013.

Sustentabilidade. Disponível em: www.suapesquisa.com/ecologiasaude/sustentabili dade.htm. Acesso em outubro de 2013.

TORRESI, Susana I. Córdoba de; PARDINI, Vera L.; FERREIRA, Vitor F.; QN - Quim. Nova, Vol. 33, No. 1, 5, 2010. Disponível em http://www.scielo.org. Acesso em novembro de 2013.

Instituto Ethos. Disponível em: www3.ethos.org.br/conteudo/mobilizando-as-empresas-por-uma-sociedade-justa-e-sustentavel/cultura/#.UoN-dbt8McA, Acesso em novembro de 2013.

A preocupação com o meio ambiente nas últimas décadas. Disponível em: www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1762. Acesso em dezembro de 2013.

EES e Economia solidária. Disponível em: portal.mte.gov.br. Acesso em fevereiro de 2014.

VECCHIATTI, Karin. Três fases rumo ao desenvolvimento sustentável do reducionismo à valorização da cultura. Disponível em: www.scielo.brpdfsppv18n3 24782.pdf. Acesso em janeiro de 2014.

Secretaria de trabalho, emprego e economia solidária de São José Dos Pinhais. Disponível em: www.sjp.pr.gov.br/secretarias/secretaria-trabalho-emprego-e-econ omia-solidaria/programa-de-economia-solidaria/. Acesso em maio de 2014.

CARDOSO, Ruth. Sustentabilidade, o desafio das políticas sociais no século 21. Disponível em: www.scielo.br/pdf/spp/v18n2/a05v18n2.pdf. Acesso em janeiro de 2014.

FERREIRA, Yoshiya Nakagawara. METRÓPOLE SUSTENTÁVEL? Não é uma questão urbana. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sciarttext&pid=S01 0288392000000400016. Acesso em março de 2014.

CHAVES, Daniela Freitas; PINTO, Iléia Maria de Jesus. Economia solidária como alternativa de desenvolvimento regional. Disponível em: www.unisul.br/wps/wcm/connect/05ce92d5-1574-47bb-a15e-ed0cfc3094fb/economia -solidaria_mulheres-empreendedorasprojetos-extensao-tb.pdf?mod=ajperes. Acesso em março de 2014.

APÊNDICE 1: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O (a) Senhor (a) está sendo convidado a participar da pesquisa intitulada “A sustentabilidade na perspectiva dos participantes do programa economia solidária em São José dos Pinhais - PR”, que está sendo desenvolvida junto ao Programa de Apoio à Iniciação de Pesquisa Científica – PAIC 2013/2014 da FAE São José dos Pinhais, pelo aluna Gilmara Ferreira da Costa, sob a orientação do Professor Mestre Ricardo Lemes da Rosa.

Este trabalho tem como objetivo geral analisar como o conceito sustentabilidade é compreendida e desenvolvida pelos participantes do programa economia solidária no município de São José dos Pinhais.

E, objetivos específicos: Apresentar o foco principal do conceito sustentabilidade desenvolvido pelo programa; identificar o perfil dos participantes envolvidos no referido programa; apontar as principais barreiras e facilitadores na relação “conceito e aplicabilidade” do tema sustentabilidade, percebido pelos participantes do programa; analisar este processo na perspectiva do participante do programa economia solidária.

Caso o (a) senhor (a) participe desta pesquisa será necessário responder a um questionário com questões de múltipla escolhe e partes dissertativas. Essa entrevista será composta por questões que nos auxiliarão no desenvolvimento no nosso objeto de pesquisa, e que sua opinião nos auxiliará em tal tarefa.

Tendo em vista que é a partir das pesquisas científicas que ocorrem os avanços importantes em todas as áreas, a sua participação é fundamental para o desenvolvimento deste trabalho, que poderá trazer grandes benefícios para o entendimento do relação “conceito e aplicabilidade” do tema sustentabilidade, percebido pelos participantes do programa; analisar este processo na perspectiva do participante do programa economia solidária em São José dos Pinhais.

O (a) senhor (a) tem a liberdade de se recusar a participar deste estudo, ou caso deseje participar, lhe está assegurado o direito de abandonar o estudo a qualquer momento ou não responder a alguma das questões que lhe forem feitas, não implicando em qualquer consequência. É importante observar que sua participação neste estudo é voluntária e não irá refletir em benefício pessoal direto. Será respeitado completamente o seu anonimato e tão logo a pesquisa termine, os questionários serão descartados.

Os possíveis desconfortos que o (a) senhor (a) possa ter em relação a esse questionário estão ligados principalmente ao receio de que suas declarações tenham repercussões negativas, mas esses desconfortos serão minimizados ao máximo visto que seu questionário será individual e suas declarações serão totalmente anônimas.

Estão garantidas todas as informações que o (a) senhor (a) queira, antes durante e depois do estudo. Qualquer dúvida poderá ser esclarecida com o pesquisador pelos telefones (41) 92228933 das 8:00 h às 18:00h de segunda a sexta, pelo e-mail gilmarafcosta@hotmail.com.

Eu, _____________________________________________, declaro que li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar. Deste modo, concordo em participar desta pesquisa e autorizo utilização de minhas declarações para este estudo. Assim, concordo voluntariamente em participar deste estudo.

______________________ _______________________ _______________

Local e Data Nome do entrevistado Assinatura

______________________ _______________________ _______________

Local e Data Nome do pesquisador Assinatura

APÊNDICE 2: ENTREVISTA COM OS PARTICIPANTES DO PROGRAMA ECONOMIA SOLIDÁRIA DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

QUESTIONÁRIO

1) Sexo:

( ) Feminino

( ) Masculino

2) Idade:

( ) Entre 25 e 35 anos

( ) Entre 36 e 45 anos

( ) Entre 46 e 55 anos

( ) Entre 56 e 65 anos

( ) Acima de 65 anos

3) Escolaridade:

( ) Ensino Fundamental incompleto

( ) Ensino Fundamental completo

( ) Ensino Médio incompleto

( ) Ensino Médio completo

( ) Ensino Superior incompleto

( ) Ensino Superior completo

4) Tem filhos?

( ) Sim

( ) Não

5) É satisfatório o retorno financeiro que o grupo proporciona:

( ) Sim

( ) Não

6) Participa de maneira efetiva no grupo:

( ) Sim

( ) Não

7) Participa das reuniões do grupo:

( ) Sim

( ) Não

8) Participa da organização dos eventos:

( ) Sim

( ) Não

Como? (Cargo ou função) _______________________________________________

9) Participa da organização do grupo:

( ) Sim

( ) Não

Como? (Cargo ou função) _______________________________________________

10) A renda proporcionada pelo programa é a única renda da família?

( ) Sim

( ) Não

11) A renda proporcionada pelo programa é apenas complementar:

( ) Sim

( ) Não

12) A quanto tempo participa do programa?

13) Na sua opinião quais os principais objetivos ou benefícios do programa?

14) Em sua opinião quais as principais dificuldades que o programa apresenta?

15) De maneira geral em quais aspectos o programa poderia ser melhorado.

...

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