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Questão Social

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Por:   •  2/11/2013  •  Tese  •  1.742 Palavras (7 Páginas)  •  212 Visualizações

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O presente texto é parte integrante dos nossos estudos e tem como objetivo geral situar as tendências contemporâneas do enfrentamento das expressões da questão social, particularizando a função social e estratégica das ONGs na conjuntura de reestruturação capitalista.

Cabe ressaltar que não é nosso intuito esgotar a discussão sobre o

enfrentamento contemporâneo da questão social e sobre as ONGs neste contexto, mas pretendemos contribuir com a reflexão crítica, para além das aparências do cotidiano, e lançar elementos para novos questionamentos e estudos.

A profissão de Serviço Social não se explica por si mesmo, senão a partir de sua inserção na sociedade. Portanto, em havendo um eixo que articulasse o desenvolvimento sócio histórico do Serviço Social e a realidade social, acertadamente a categoria profissional reconheceu que esse eixo era a chamada “questão social”.

A questão social tem sido colocada, na nova proposta de reformulação curricular, como objeto do Serviço Social. Resgatar a concepção de

questão social como forma de refletirmos sobre a possibilidade de a questão social, ou, as expressões da questão social, se constituir em nosso objeto profissional, é o objetivo deste trabalho.

2- DESENVOLVIMENTO

Tendo em vista que a questão social está carregada de influências históricas, políticas e culturais, e que se configura por uma questão estruturante de relações sociais desiguais que se caracteriza pelo sistema capitalista, o presente estudo objetiva elucidar os impactos trazidos pelas expressões da questão social perante as transformações no mundo do trabalho, com base em um veículo de informações voltado para o público juvenil, e assim, refletir sobre a questão social e os desafios cabíveis a categoria profissional do serviço social na cena contemporânea.

A importância das expressões da questão social para o serviço social se dá porque o assistente social está intrinsecamente voltado a lidar com esses problemas sociais, o serviço social trabalha com essas expressões, mas não trabalha para que elas permaneçam e sim para sua superação. O serviço social vai se reorganizando à medida que vai conseguindo resolver algumas dessas expressões sociais.

2.1- Jovens e Violência

Jeolás (1999), ao discutir o comportamento dos jovens na sociedade atual, coloca que com as transformações ocorridas com o acelerado processo de urbanização desigual, importantes relações de sociabilidade que se formavam com a realização de festividades na comunidade, com as competições entre bairros, festas comunitárias, deram lugar a outras formas de sociabilidade entre os jovens, que passaram a se organizar em grupos com suas normas e códigos particulares.

O mercado capitalista não tardou em se apropriar do conflito gerado pelas mudanças de costumes para alcançar entre os jovens um público fiel consumidor. A partir dos anos 80, surgem no Brasil diversas manifestações culturais associadas aos jovens que se baseiam, em grande parte nos valores colocados pelo mercado de consumo (Abramo, 1994). Ainda segundo a autora, diferentes estilos de grupos de jovens surgem no cenário contemporâneo, como os punks, rappers, ‘funkeiros’, ‘metaleiros’, ‘skatistas’, que passam a ocupar o espaço urbano com seus estilos de músicas, roupas e acessórios.

Esta realidade pressiona e angústia o jovem, que se sente limitado frente a impossibilidade de adquirir os bens que almeja, de satisfazer os desejos criados pelo mercado e apresentados como necessidades de consumo.

2.1.1- Pobreza e exclusão social

São essas, num plano geral, as razões que nos obrigam a privilegiar a análise da pobreza e da exclusão como algumas das “novas” resultantes da questão social que permeiam a vida das classes subalterna em nossa sociedade.

E é neste cenário, que a família é (e sempre esteve) compreendida como instância de gestão e superação da crise de (mal) bem-estar social que se vive hoje nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento. A família, além de assumir suas tradicionais atribuições na sociedade, torna-se responsável por promover cuidados e serviços que deveriam ser ofertados pelo estado de bem estar social.

É nesse contexto que floresce o debate sobre as novas expressões da “questão social” e a centralidade das famílias nas políticas sociais vigentes.

As expressões ou os efeitos da questão social no Brasil podem ser compreendidos nas desigualdades e nas exclusões sociais, que se revelam no pauperismo, no desamparo, na violência pessoal e social, na subversão e no desemprego. Tais expressões apresentam-se sob os enfoques políticos, econômicos e sociais, que vem imprimindo a luta dos trabalhadores rurais e urbanos, negros e índios, que nas suas reivindicações lutam pela terra, pela moradia, por políticas sociais, pelo trabalho e sua regulação, pela liberdade sindical, pela luta de inclusão das minorias, e pela inclusão social da maioria despossuída, além da luta pelo meio ambiente.

Contudo o governo federal a partir de 2001 direciona a população pobre do país programas compensatória, propondo-se a desenvolver uma “Rede de Proteção Social”, apreendendo por base programas de transferência de renda onde podemos destacar: BPC (benefício de prestação continuada), PETI (programa de erradicação do trabalho infantil), bolsa escola, bolsa alimentação, vale gás.

Com exceção do BPC, que tem como corte de renda um quarto do salário mínimo per capita familiar, esses outros programas dedicam se a uma população cuja renda fixa uma linha da pobreza de meio salário mínimo.

2.1.1.1- A função social das

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