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Questão Social

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Por:   •  13/5/2014  •  2.150 Palavras (9 Páginas)  •  187 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

No texto que se segue, vamos tratar das desigualdades, diversidades e violência na questão dos afrodescendentes. Como sabemos nossos pais foi o ultimo a abolir o trabalho escravo por motivos de interesse da burguesia que na época queria mão de obra barata e sem formalidade. Os negros eram tratados como seres inferiores, verdadeiros animais.

O passado explica à posição que hoje presenciamos a exclusão social que teve como marca o capitalismo e uma de suas características a escravidão, que foi predominante por mais de três séculos e mesmo com o fim da escravidão os negros continuaram a ser marginalizados e sem o seus direitos civis reconhecidos e respeitados.

Até os dias de hoje ainda existe uma luta constante contra o racismo e suas manifestações. Vamos abordar a questão de uma maneira que possamos compreender todo esse contexto de desigualdade que acaba gerando a violência contra as minorias.

A origem da desigualdade social na humanidade está diretamente ligada à relação de poder, estabelecida desde o princípio dos tempos, popularmente conhecida como a 'lei do mais forte'.

2 . AS DIVERSIDADES DO BRASIL

Admitindo a existência de diversos estudos e discussões sobre o conceito de cultura, podemos considerá-la, da seguinte forma: a cultura diz respeito a um conjunto de hábitos, comportamentos, valores morais, crenças e símbolos, dentre outros aspectos mais gerais, como forma de organização social, política e econômica que caracterizam uma sociedade. Além disso, os processos históricos são em grande parte responsáveis pelas diferenças culturais, embora não sejam os únicos fatores a se considerar. Isso nos permite afirmar que não existem culturas superiores ou inferiores, mas sim diferentes, com processos históricos também diversos, os quais proporcionaram organizações sociais com determinadas peculiaridades. Dessa forma, podemos pensar na seguinte questão: o que caracteriza a cultura brasileira? Somos um povo mestiço com varias influencias.

A cultura brasileira em sua essência seria composta por uma diversidade cultural, fruto dessa aproximação que se desenvolveu desde os tempos de colonização, a qual como sabe, não foi, necessariamente, um processo amistoso entre colonizadores e colonizados, entre brancos e índios, entre brancos e negros. Se for verdade que portugueses, indígenas e africanos estiveram em permanente contato, também é fato que essa aproximação foi marcada pela exploração e pela violência impostas a índios e negros pelos europeus colonizadores, os quais a seu modo tentavam impor seus valores, sua religião e seus interesses. Porém, ao retomarmos a ideia de cultura, podemos afirmar que, apesar desse contato hostil num primeiro momento entre as etnias, o processo de mestiçagem contribuiu para a diversidade da cultura brasileira no que diz respeito aos costumes, práticas, valores, entre outros aspectos que poderiam compor o que alguns autores chamam de caráter nacional. Três “raças” teriam se fundido e criado algo novo: o brasileiro. Além disso, do ponto de vista moral e comportamental, acredita-se que o brasileiro consiga reunir, ao mesmo tempo, características contraditórias: se por um lado haveria um tipo de homem simples acostumado a lutar por sua sobrevivência contra as hostilidades da vida (como a pobreza), valorizando o mérito das conquistas pessoais pelo trabalho duro, por outro lado este mesmo homem seria conhecido pelo seu “jeitinho brasileiro”, o qual encurta distâncias, aproxima diferenças, reúne o público e o privado.

Ainda hoje há quem possa acreditar que nossa mistura étnica tenha promovido uma democracia racial ao longo dos séculos, com maior liberdade, respeito e harmonia entre as pessoas de origens, etnias e cores diferentes. Contudo, essa visão pode esconder algumas armadilhas. Nas ciências sociais brasileiras não são poucos os autores que já apontaram a questão da falsidade dessa democracia racial, apontando para a existência de um racismo velado, implícito, muitas vezes, nas relações sociais. Dessa forma, o discurso da diversidade (em todos os seus aspectos, como em relação à cultura), do convívio harmônico e da tolerância entre brancos e negros, pobres e ricos, acaba por encobrir ou sufocar a realidade da desigualdade, tanto do ponto de vista racial como de classe social. Ainda hoje, mesmo com leis claras contra atos racistas, é possível afirmarmos a existência do preconceito de raça na sociedade brasileira, no transporte coletivo, na escola, até no ambiente de trabalho. Isso não significa que vivamos numa sociedade racista e preconceituosa em sua essência, mas sim que esta carrega ainda muito de um juízo de valor dos tempos do Brasil colonial, de forte preconceito e discriminação. Além disso, se a diversidade cultural não apagou os preconceitos raciais, também não diminuiu outro ainda muito presente, dado pela situação econômica-social do indivíduo.

É preciso considerar que a escravidão trouxe consequências gravíssimas de ordem econômica para a formação da sociedade brasileira, uma vez que os negros (pobres e marginalizados em sua maioria) até hoje não possuem as mesmas oportunidades, criando-se uma enorme distância entre as estratificações sociais. Como sugere o antropólogo Darcy Ribeiro, mais do que preconceitos de raça ou de cor, têm os brasileiros um forte preconceito de classe social. O Brasil da diversidade é ao mesmo tempo o pais das desigualdades.

2.1 Desigualdades Sociais

Para Karl Marx a desigualdade social era um fenômeno causado pela divisão de classes e que por haverem, nessas divisões, classes dominantes, estas se utilizavam da miséria gerada pela desigualdade social como instrumento de manter o domínio estabelecido sobre as classes dominadas, numa espécie de ciclo.

A desigualdade era sempre ditada por aqueles que tinham os meios de produção chamados por ele de burguesia sobre os que tinham somente a força de trabalho assim sendo sempre dominados pelos mais ricos e que tinham o poder. E a desigualdade social vem do resultado da distribuição desproporcional de renda entre a população. A ONU reconhece que nos últimos anos o Brasil teve uma redução nas desigualdades sociais, devido aos planos sociais do governo, mas mesmo assim grandes partes das riquezas ainda se concentram nas mãos de poucos. É uma das causas é a falta de acesso a serviços básicos como transporte, saúde os salários baixos e o sistema de ensino

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