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RESENHA Cap. 5. ‘As Mulheres Por Cima’ do livro Culturas do povo: sociedade e cultura do início da França Moderna de Natalie Zemon Davis

Por:   •  13/6/2022  •  Resenha  •  650 Palavras (3 Páginas)  •  497 Visualizações

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RESENHA

Cap. 5. ‘As Mulheres Por Cima’ do livro Culturas do povo: sociedade e cultura do início da França Moderna de Natalie Zemon Davis

        O capítulo 5 do referido livro explicita alguns pontos principais. De início sua ideia principal é demonstrar sobre o que ela chama de “inversão sexual” e daquilo que ela chamou da figura da “mulher desregrada” no continente europeu no começo da Idade Moderna.                                                                                                 Essa concepção do sexo feminino nada mais era uma forma de estigmatizar a mulher como um ser inferiorizado inapta a certas ocupações que eram exercidas somente pelos homens, a começar pelo que vem pregando a bíblia sagrada cristã que defende uma submissão feminina ao homem como dogma com força de mandamento, ideia essa fortemente corroborada por Calvino (autor estudado em trabalho anterior) Além dessa referência, Davis (1990) trás algumas concepções históricas e filosóficas no sentido de dar embasamento a sua tese se valendo de alguns dizeres de Aquino e Aristóteles na qual os mesmos imporiam as mulheres características de um gênero inferior ao masculino.                                                                                        Quando pois a mulher nessa condição tenta seguir nas tarefas masculinas elas são consideradas “desregradas”, pois naquela mentalidade elas estariam usurpando um papel que não lhes cabiam estariam incorrendo numa “inversão sexual” por assim dizer. Um dos exemplos mais recente que poderíamos ilustra aqui fica por conta da figura histórica e estilista conhecida como Coco Chanel que revolucionou a moda por inserir nas vestimentas femininas traços das roupas masculinas como o terno – símbolo de poder muito usado pelo patriarcalismo moderno.                                        Essa inversão não ficou somente no meio social, mas também nas artes tendo reflexo na literatura e no teatro compostas por autores consagrados na época. Isso tudo porem acabou por descontruir a ideia da hegemonia patriarcal que se construir até então iniciar uma ruptura nos padrões estabelecidos de mulher como “sexo frágil”, recatada, voltada para a procriação e para o lar somente.                                         Por fim, percebemos a importância de seu estudo no sentido de fazer um importante levantamento histórico da estigmatização feminina durante os séculos e as rupturas e ocupação de espaços e falas ocorridas lentamente ao longo do tempo no sentido da equalização dos direitos femininos aos dos homens.

DAVIS, Natalie Z. CULTURAS DO POVO: SOCIEDADE E CULTURA DO INÍCIO DA FRANÇA MODERNA. RJ, Editora Paz e Terra, ano de 1990.

 

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