TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

RESENHA - História do Medo no Ocidente

Por:   •  25/11/2017  •  Resenha  •  830 Palavras (4 Páginas)  •  1.138 Visualizações

Página 1 de 4

História do medo no ocidente

1300 - 1800

Uma cidade sitiada

Jean Delumeau

O silêncio sobre o medo

"Por que esse silêncio prolongado sobre o papel do medo na história? Sem dúvida,

por causa de uma confusão mental amplamente difundida entre medo e covardia,

coragem e temeridade (imprudência)." pg. 13

"[...] séculos XIV-XVI - [...] começam a avançar na sociedade ocidental o elemento

burguês e seus valores prosaicos (destituído de nobreza, de belos ideais, aferrado

ao lado prático e material da vida) que uma literatura épica e narrativa, encorajada

pela nobreza ameaçada, reforça a exaltação sem nuança da temeridade." pg. 13

“[...] o heroísmo da nobreza e dos príncipes [...]. Esse arquétipo (modelo) do

cavaleiro se medo, perfeito, é constantemente realçado pelo contraste com uma

massa considerada sem coragem. [...] Romance e teatro sublinharam por sua vez a

incompatibilidade entre esses dois universos ao mesmo tempo sociais e morais: o

da valentia – individual – dos nobres, e o do medo – coletivo – dos pobres.” pg. 14

. A nobreza se usava do medo para explorar e oprimir a classe camponesa.

“Em qualquer época, a exaltação do heroísmo é enganadora: discurso apologético

(fanático), deixa na sombra um vasto campo da realidade.” pg. 16

O medo é natural

“A necessidade de segurança é portanto fundamental; está na base da afetividade e

da moral humanas. A insegurança é símbolo de morte e a segurança símbolo de

vida. [...] O animal não antecipa sua morte. O homem, ao contrário, sabe- muito

cedo- que morrerá. É, pois, o único no mundo a conhecer o medo num grau tão

terrível e duradouro.” pg. 19

“[...] os antigos viam no medo uma punição dos deuses, [...] os gregos haviam

divinizado Deimos (o Terror) e Fobos (o Medo), esforçando-se em conciliar-se com

eles em tempo de guerra.” pg. 20-21.

. Pallor e Pavor em Roma;

. Pan, deus nacional dos gregos, responsável por aterrorizar os inimigos.

Do singular ao coletivo: Possibilidades e dificuldades da transposição

“O temor, o espanto, o pavor, o terror dizem mais respeito ao medo; a inquietação, a

ansiedade, a melancolia, à angústia. O primeiro refere-se ao conhecido; a segunda,

ao desconhecido.” pg. 25

“[...] A angústia é então a característica da condição humana e o peculiar de um ser

que se cria incessantemente.” pg. 26

“[...] As coletividades mal amadas da história são comparáveis a crianças privadas

de amor materno e, de qualquer modo, situadas em falso na sociedade; desse modo

tornam-se as classes perigosas.” pg. 27

“Um [...] efeito do medo é a objetivação. Por exemplo, no medo da violência, o

homem, ao invés de lançar-se à luta ou fugir dela, satisfaz-se olhando-a de fora.

Encontra prazer em escrever, ler, ouvir, contar histórias de batalhas. Assiste com

certa

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.1 Kb)   pdf (67.6 Kb)   docx (12.8 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com