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Resenha do filme a ilha do medo

Por:   •  11/11/2015  •  Resenha  •  1.407 Palavras (6 Páginas)  •  6.371 Visualizações

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Resenha do Filme A Ilha do Medo

Título original: Shutter Island                                 Gênero: Suspense
Lançamento: 2010 (EUA)                                        Direção: Martin Scorsese 

Roteiro:  Laeta Kalogridis                                        Duração: 138 min
Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Emily Mortimer, Michelle Williams, Patricia Clarkson, Max Von Sydow.

Produtores: Mike Medavoy, Arnold Messer, Bradley Fischer, Martin Scorcese
Sinopse:  Em 1954 os agentes Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) e Chuck (Mark Ruffalo), investigam o desaparecimento de uma assassina que estava hospitalizada no Shutter Island Ashecliffe um manicômio judiciário em Massachusetts. Ao viajar para a ilha surgem suspeitas que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e anti-éticos. Eles tentam buscar mais informações, mas se deparam com a resistência dos médicos e para cuidar do caso enfrentam desde uma rebelião de presos a um furacão, ficando presos no local e emaranhados numa rede de intrigas.

Baseado no livro Paciente 67 de Dennis Lehane a ilha do medo foi considerado pela crítica como um filme muito intrigante denominado terror psicológico. Algo importante que não podemos deixar de falar é da interpretação do protagonista (Leonardo DiCaprio) que foi muito realista, emocionante. Quando começamos a assistir ao filme não imaginamos como ele pode nos surpreender, ou seja, a realidade e fantasia andam juntas e à medida que a história vai se desenrolando aquilo que acreditávamos existir vai desaparecendo e o mocinho vai se transformando em monstro.

O filme se passa no ano de 1954 e se inicia com Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) um agente federal norte-americano conhecendo seu parceiro de investigação Chuck (Mark Ruffalo) em um navio que tem o destino certo, o manicômio judiciário Shutter Island localizado em uma ilha. Com o objetivo de desvendar o desaparecimento de Rachel (uma interna que foi condenada por matar seus três filhos) eles se locomovem até a ilha, um local tenebroso, onde grandes ondas se quebram em um penhasco (posso definir como um ambiente muito assustador e sombrio).

Um ponto importante que não podemos deixar para trás é o passado do protagonista, passado esse que durante todo o tempo está presente na trama ou através das conversas dele com o parceiro ou pelos pesadelos, flash-backs e alucinações. Teddy Daniels é um agente federal que sofreu dois grandes traumas em sua vida, o primeiro foi quando serviu na 2ª guerra Mundial e quando voltou para casa não conseguiu se livrar dos fantasmas da guerra. Conviver com a culpa de ter matado várias pessoas, ou até mesmo a culpa de não ter conseguido salvar todos aqueles que precisavam de ajuda trouxe a Teddy muita perturbação e para se livrar dos fantasmas ele se escondia nas bebidas. Um dos seus pesadelos perturbadores foi a cena em que ele se recorda dos campos de concentração em que ele vê várias pessoas mortas empilhadas, adultos e crianças e a mesma garotinha de sempre (de outros pesadelos ou alucinações) que diz:  _ Você deveria ter me ajudado. (Confesso que essa cena é bem chocante, provavelmente por ter sido tão bem elaborada, ótimo figurino, música e a maquiagem nos levando a realidade da guerra).

 O segundo trauma de Teddy é a morte da esposa que foi asfixiada em um incêndio no prédio que morava. Nesta parte é importante destacar que a pessoa que causou o incêndio foi Laeddis (considerado como inimigo de Teddy) e durante a visita ao Manicômio Teddy descobre através de alucinações visuais com a esposa morta que seu inimigo está preso lá, e depois disso além de desvendar o caso para qual foi contratado Teddy procura a chance de estar frente a frente com seu inimigo.

Com o decorrer da investigação Teddy vai descobrindo que além dos 66 pacientes que estavam internados existia o 67 (que ele suspeitou ser Laeddis) e em uma conversa com o parceiro fica claro a conspiração: como se o verdadeiro motivo de ele estar ali não era o caso da prisioneira e sim uma emboscada para aprisioná-lo naquele local. O protagonista vai tendo vai surtos esquizofrênicos, paranóico em que o real e o imaginário vão se confrontando. Ele vai ficando tão paranóico que começa a acreditar que a bebida, comida, os cigarros e remédios que tomou (para curar suas crises de enxaqueca, mal estar) estavam contaminados com drogas, ele começa a ter alucinações em que as pessoas dizem para ele sair de lá e a todo tempo é acompanhado pelo fantasma da mulher morta.

Mas sem duvida só vamos conseguindo entender mesmo o filme no final e essa é a melhor parte, visto que após o furacão ter passado na ilha e ter destruído as cercas elétricas ele conseguiu explorar melhor a ilha e foi atrás de suas suspeitas. Um ponto fundamental (que não havia falado antes) é que o detetive começa a acreditar que o objetivo do diretor é realizar experiências terríveis com os pacientes na ilha e aproveita para explorar o farol acreditando que lá ele encontrará a verdade e poderá denunciar aquele lugar horrível. É nessa cena que descobrimos que nada do que pensávamos existir realmente existiu e encontramos no protagonista uma pessoa muito fragilizada/ traumatizada que não conseguiu lidar com a realidade de seu passado.  O diretor estava no farol tentando mostrar a Teddy que ele não era um detetive e sim um dos internos daquele lugar, o interno 67, mas conhecido como Andrew Laeddis, ele havia criado toda essa ilusão, pois no passado ao chegar em casa encontrou sua mulher em um surto psicótico e ela havia matado seus três filhos afogados no lago e ela pedia para que ele a libertasse, sendo assim ele deu um tiro e a matou.

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