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Por:   •  23/3/2015  •  9.167 Palavras (37 Páginas)  •  144 Visualizações

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RESUMO

Viver e conviver com As diferenças da sociedade contemporânea tem sido um desafio essencial da humanidade. Incluir, interagir, cooperar, valorizar, respeitar, são palavras que valorizam o processo chamado de inclusão social. A sociedade se transforma para interagir com sujeitos que por séculos estavam à margem da sociedade e que, com a organização e humanização da sociedade, aceitar as diferenças, sejam elas culturais, econômicas, religiosas, de gênero, física e/ou psicológica está sendo uma tarefa árdua com superação de paradigmas preconceituosos e mal intencionados. Viverem um sistema onde a individualidade perdura e que a inserção dos excluídos torna-se uma luta de classes,os direitos de cidadão são conseguidos através da cooperação e interação entre os que convivem em uma sociedade desigualitária. Este artigo trata da interação da família, escola e comunidade pela busca constante de igualdade de direitos para favorecer o desenvolvimento integral de crianças, jovens, adultos e idosos portadores de necessidades especiais que estão à margem da sociedade. Inclusão social faz parte da educação inclusiva. Não é possível realizar educação plena sem incluir as pessoas tidas na sociedade como “diferentes”. Somos todos iguais na individualidade e nas diferenças de cada um e a educação é um dos fatores primordiais para que a inclusão aconteça, segundo o educador Paulo Freire é por meio da educação que o homem torna-se cidadão e aprende a ler a realidade como participante transformador desta realidade. Inclusão social tem seu processo histórico primordial na educação inclusiva, marcada e caracterizada pela segregação e consequente exclusão dos sujeitos sociais da educação especial. No decorrer da história este processo se diversificou com novos paradigmas em relação aos sujeitos portador de necessidades especiais. As condições sócio históricas modificaram a forma de pensar e de agir com os sujeitos “diferentes”. O movimento mundial pela educação inclusiva busca a ação política, cultural, social e pedagógica com o princípio de defesa do direito de interação sem qualquer tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um padrão educacional e se fundamenta na concepção de direitos humanos, que prega a igualdade de valores na diferença e que avança em relação à ideia de humanidade ao conceber valores indissociáveis das circunstâncias históricas,da geração de exclusão da sociedade conhecida como especiais. Nesta perspectiva a inclusão social acontece e acompanha avanços através de lutas sociais, que visam construir políticas públicas que promovam uma educação de qualidade para todos os sujeitos integrados ou não na sociedade.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO CONTEXTO FAMILIAR

Historicamente a educação especial se caracterizou pela segregação e pelo assistencialismo aos portadores de alguma necessidade especial. Assegurar igualdade de condições de acesso e a permanência na escola sem qualquer discriminação é um princípio que está na Constituição Federal Brasileira desde 1988, e a família faz parte deste processo de disseminação de inclusão social à iniciar no convívio familiar. Além das dificuldades de implantação do processo de inclusão social, as pessoas portadoras com necessidades especiais enfrentam inúmeras dificuldades que vão além de seus limites e possibilidades, elas sofrem preconceito perante a sociedade. As dificuldades que possuem por causa das dificuldades que as impedem de ter o mesmo atendimento, acompanhamento e aquisição do conhecimento que outras pessoas acabam despertando o desinteresse e preconceito por muitas pessoas. Até mesmo os professores e familiares de alunos com necessidades especiais, como mostra Lenzi (1997), acreditam que eles não são capazes de realizarem seus estudos em uma escola comum. E por acreditarem nisso, muitos pais deixam de colocar seus filhos na escola, ou então os colocam para estudar em uma escola para deficientes, excluindo o seu próprio filho do convívio com as demais crianças. Ou seja, os próprios pais estão excluindo seus filhos da educação regular garantida por lei para todas as crianças, como mostra o artigo 205 da Constituição Federal de 1988:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988)

Temos também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que regulamenta e garante a educação de todas as pessoas no território nacional. Primeiramente, podemos extrair o que a LDB tem por princípios e fim da educação nacional, de acordo com o Art. 2º,

A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1996)

Diante dessa concepção, essas atitudes dos pais estão privando seus filhos do preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mercado de trabalho, onde a própria LDB afirma, no Art. 6º, que “é dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental.” (LDB, 1996). De acordo com a Declaração de Salamanca (1994), é fundamental a participação dos pais na educação de seus filhos com necessidades especiais, além deles também necessitarem apoio para ajudar a criança.

A educação de crianças com necessidades educacionais especiais é uma tarefa a ser dividida entre pais e profissionais. Uma atitude positiva da parte dos pais favorece a integração escolar e social. Pais necessitam de apoio para que possam assumir seus papéis de pais de uma criança com necessidades especiais. O papel das famílias e dos pais deveria ser aprimorado através da provisão de informação necessária em linguagem clara e simples; ou enfoque na urgência de informação e de treinamento em habilidades paternas constitui uma tarefa importante em culturas aonde a tradição de escolarização seja pouca. Pais constituem parceiros privilegiados no que concerne as necessidades especiais de suas crianças, e desta maneira eles deveriam, o máximo possível, ter a chance de poder escolher o tipo de provisão educacional que eles desejam para suas crianças. Uma parceria cooperativa e de apoio entre administradores escolares, professores e pais deveria ser desenvolvida e pais deveriam ser considerados enquanto parceiros ativos nos processos de tomada de decisão.

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