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Reconceituação Do Serviço Social

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Por:   •  13/3/2014  •  1.538 Palavras (7 Páginas)  •  291 Visualizações

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4ª ETAPA.

4.1-RELATÓRIO

Após a leitura do texto de Faleiros, foi preciso estender um pouco mais acerca do que o Serviço Social quis dizer sobre sua direção histórica, suas lutas e batalhas mostrando seu significado, especificidade e reconhecimento de sua identidade, conforme afirma o autor Vicente de Paula.

A redefinição do serviço social se articula a um processo histórico de crítica e autocrítica, construindo a linguagem da profissão com movimentos sociais, lutas, com mudanças significativas nas condições particulares de vida das classes trabalhadoras, das condições gerais de reprodução da força de trabalho e do modo de produção capitalista.

Ao falar no Movimento de Reconceituação, faz-se necessário mencionar seu ponto de partida, através da trajetória do Serviço Social, seu significado, suas interferências, através de fatores internos e externos (a erosão do serviço social-1960).

Rompimento com as teorias positivistas, empiristas e funcionalistas que fundamentavam a profissão, pelos motivos de darem ênfase a uma sociedade organizada de funções e papeis mantidos, para que não houvesse uma disfunção nesta organização.

Rompimento com o assistencialismo, com a intervenção conservadora e tradicional de casos, grupos e comunidades, onde se estudava casos isolados e não se analisava a sociedade em sua totalidade, rompimento com o conservadorismo católico.

Introdução dos pensamentos marxianos, que analisavam a sociedade a partir das lutas de classes, a favor das classes dominadas.

Os eventos, movimentos sociais da época foram importantes para essa reconceituação da profissão, em relação a sua formação acadêmica, às suas teorias, sua prática de intervenção.

Esse movimento se deu de forma heterogênea nos países latino-americanos, de acordo com a particularidade de cada sociedade em sua época, não se deu de forma pronta nem acabada, mas até hoje é questionada.

Em resposta aos questionamentos feitos ao Serviço social tradicional, um grupo de assistentes sociais organizou um movimento, objetivando uma nova conceituação ao Serviço Social Latino Americano, elaborando um Serviço Social que pudesse atender as necessidades da América Latina, vinculadas às lutas para libertação do domínio imperialista e transformações estruturais capitalistas.

Este questionamento foi abrindo uma nova direção e novos desafios. Neste contexto foi impossível o profissional se manter dentro da neutralidade, ele precisava identificar sua ideologia política, sua identidade e seu papel diante a sociedade. Era necessário repensar o trabalho do assistente social e foi a partir dessa reflexão que surgiu o “Movimento de Reconceitualização”.

Os primeiros passos para o movimento de reconceituação foram movidos pelo impacto das teorias e tentativas de práticas desenvolvistas e o reconhecimento da teoria frágil quanto à compreensão da dinâmica social, das relações de classe, dos grupos sociais e das instituições.

Os assistentes sociais organizaram vários encontros nacionais e regionais para por em pauta assuntos de grande interesse da categoria dentre eles:

- Em 1961, Rio de Janeiro ocorreu o II Congresso Brasileiro, onde o tema central foi: “desenvolvimento nacional para o bem estar social”.

- Em 1962, A conferência internacional em Petrópolis que enfocou o tema: “Desenvolvimento de comunidades urbanas e rurais”.

- Em 1964, o encontro regional de escolas do Serviço Social do nordeste é considerado a primeira manifestação grupal de crítica ao Serviço Social tradicional e ensaio de reconceituação.

Dando ênfase à crítica quanto ao aspecto economista e adota o processo de conscientização na linha de liberação do oprimido. A perspectiva modernizadora constitui a primeira expressão do processo de renovação do Serviço Social no Brasil, fator este acontecido nos eventos de Araxá (1967) e Teresópolis (1970) e Alto da Boa Vista (1984) e a importância desses eventos foram os documentos gerados.

Segundo Netto (2006, p. 164), o I Seminário de Teorização do Serviço Social foi realizado em Araxá (MG), no período de 19 a 26 de março de 1967. Entre outros temas, o documento de Araxá, publicado pelo CBCISS (1986, p. 32) trata dos níveis do micro atuação e do macro atuação do Serviço Social.

O nível do micro atuação discute a prática profissional voltada para a prestação de serviços diretos. Para tanto, o Serviço Social, como técnica, dispõe de uma metodologia de ação que utiliza diversos processos. São os processos de caso, grupo, comunidade e trabalho com a população. A ditadura pressionava para um modelo capitalista e exigia um profissional preparado para executar os feitos da burguesia e apesar de ter dado um passo importante para a ruptura, ainda estava sob influência desta e da própria profissão que nascera para atender o capitalismo.

O Seminário de Teresópolis expunha uma metodologia para o campo de trabalho e a atuação do profissional nas instituições da autocracia burguesa e nesse sentido, Teresópolis situava o assistente social como um funcionário do desenvolvimento, afirma Netto (2006, p. 192).

As elaborações que constam dos documentos de Araxá e de Teresópolis objetivavam instrumentalizar o assistente social para responder às demandas do regime

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