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Resenha Arqueologia Social Latino Americana

Por:   •  1/4/2021  •  Resenha  •  1.223 Palavras (5 Páginas)  •  230 Visualizações

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OLIVEIRA, M. G. M.; QUINTANEIRO, T. Karl Marx. In: QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. M (Org.). Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2003. pp. 25-59.

BENAVIDES, O. H. Retornando à origem: arqueologia social como filosofia latino-americana. Tradução de Sérgio Almeida Loiola, Maria Lemke e Alecsandro José P. Ratts. Revista Terceiro Incluído: Transdisciplinaridade & Educação Ambiental, Goiânia, vol.1, n°2, 2011, pp. 164-194.

JACKSON, D.; TRONCOSO, A.; SALAZAR, D. Hacua una crítica de lá práctica de la arqueologia social latinoamericana. In: TANTALEÁN, H.; AGUILLAR, M. (Org.) La Arqueologia Social Latinoamericana: de la teoria a la praxis. Bogotá: Ediciones Uniandes, 2012.A CONSTRUÇÃO DE UMA ARQUEOLOGIA SOCIAL NA AMÉRICA LATINA

Resenha crítica

Sâmara dos reis

Os textos que serão aqui abordados referem-se à três obras desenvolvidas por pesquisadores latino-americanos. Enquanto BENAVIDES, JACKSON, TRONCOSO, e SALAZAR apresentam em seus textos uma análise do desenvolvimento da arqueologia social na américa latina, OLIVEIRA, QUITANEIRO e BARBOSA, três pesquisadoras mulheres e brasileiras, apresentam ao longo do livro “Um toque de clássicos” uma introdução a três grandes autores, Marx, Dukheim e Weber, pensadores clássicos do século XIX que contribuíram para o estudo das sociedades.

No livro Um toque de clássicos, trataremos o capítulo destinado à Marx, que servirá como base de pensamentos para formação dos demais textos que serão aqui discutidos. Neste capítulo as autoras apresentam Marx e a formação de alguns conceitos básicos que foram utilizados durante toda sua obra.  Diferentemente de discurso hegeliano, Marx utiliza do conceito de dialética para explicar seus métodos de análise histórica, denominado de “materialismo histórico-dialético”, nele, basicamente todo o ser humano, para subsistir, precisa trabalhar os recursos naturais para prover as suas necessidades, e a forma de se fazer isso é através dos meios de produção. Os meios de produção, aliados à força de trabalho resultam então nas forças produtivas, posteriormente, a forma como os seres humanos se relacionam para organizar o trabalho e empregar os meios de produção é que são formadas as sociedades.

 Por meio do materialismo histórico Marx então tenta explicar como o homem viveu ao longo da história, em sua concepção a resposta para entender este processo está na vida material humana, deste modo ele tenta compreender como que vivendo, utilizando da vida material chegamos aonde chegamos

Seguindo com esse pensamento levantado por Marx, temos então uma sociedade capitalista dívida em classes, onde sempre ocorrerá uma classe oprimida (que pode ser dívida em outras subclasses), composta por proletariados escravos de um sistema, e uma classe portadora dos meios de produção normalmente entendida como a classe opressora.

Quando entendemos a sociedade por estas perspectivas se torna inevitável fazer associações com a arqueologia e o papel do arqueológico, que tem suas atividades baseadas em culturas materiais, sejam elas quais forem. Aqui entramos no texto de BENAVIDES, onde nos é apresentado um pouco sobre a arqueologia social e a sua história na américa latina.  

A partir da década de 1960, a arqueologia social surge em alguns países latino-americanos em um contexto social político muito específico, a teoria que se aplicou bem à reconstrução das grandes civilizações pré-colombianas, como a maia, inca e asteca, que estariam na base das modernas nacionalidades de países com forte presença indígena, como o México e Peru, entendemos como os estudos arqueológicos serviram de instrumento para legitimar uma ascensão política por meio do orgulho nacional.

Segundo o texto de Benavides, a inserção dessa corrente teórica nos países latinos parte de uma necessidade de se “recuperar senso de desenvolvimento histórico que nos habilitará a lutar junto ao objetivo de nosso povo”, de acordo com o autor a arqueologia social tem funções que extrapolam a pesquisa cientifica restrita a meios acadêmicos, aqui ela exerce funções e papeis que são parte integrante da vida social e econômica de um povo.

No decorrer do texto Retornando à origem: arqueologia social como filosofia latino-americana, o autor ainda nos apresenta questões importantes sobre como a arqueologia latino-americana se contrapõe a arqueologia desenvolvida na América Norte e na Europa, de acordo com o autor, questões políticas e econômicas trazem um impacto direto  nas pesquisas cientificas, um país que passa por crises em diversas esferas; sociais, políticas e econômicas, a pesquisa arqueológica deixa de ser vista pelos poderes públicos como uma prioridade, nesses contextos financiamentos de pesquisas são escassas, logo, é natural que países em melhores condições econômicas sejam capazes de desenvolver melhores tecnologias e consequentemente, muitas vezes melhores pesquisas. Quando compreendemos esse contexto apresentado se torna claro as razões pelas quais a arqueologia social não é a abordagem teórica mais difundida na américa latina. Enquanto estes países estiverem em uma posição de desvantagem econômica isso será refletido na aderência dessa linha de pesquisa.

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