SERVIÇO SOCIAL E A ARTICULAÇÃO LATINO AMERICANA

Serviço Social Brasileiro e a Articulação Latino-Americana

‘’ Neste período de mundialização, sob a liderança do capital financeiro, o fortalecimento da unidade regional na América Latina em particular no Conesul é fonte de novos desafios e perspectivas para consolidação do Serviço Social e da formação profissional em nossos países.’’ (p-102)

‘’ Este Seminário de Serviço Social sobre a Articulação Latino-Americana e a Formação Profissional é indissociável de um movimento crítico que, desde meados da década de 1960, vem se desenvolvendo no panorama profissional latino-americano. E hoje atesta um estágio de maturidade intelectual e sociopolítica dos assistentes sociais no país, expressa na organização da categoria profissional aqui representada em suas dimensões nacional, latina americana e internacional, na efetivação de experiências práticas renovadoras e na produção acadêmica acumulada. [...]’’ (p-102)

 A articulação latino-americana no contexto atual

‘’ Um dos propósitos desse seminário foi pensar o significado e o papel do Serviço Social na articulação latino-americana em uma nova etapa da expansão imperialista, no arco da hegemonia neoliberal. ’’ (p-103)

‘’ O cientista político considera que, no continente, o Brasil é o país que tem melhores condições de fazer um novo ensaio politico de combate ao neoliberalismo.’’ (p-103)

‘’ [...] O imperialismo atual mudou, mas não se transformou no seu contrário, como propõe a mitificação neoliberal: uma economia aparentemente global em que todos os países são vistos como meramente interdependentes e solidários. O imperialismo, segundo Borón, conserva sua estrutura e sua identidade, continuando a desempenhar uma função histórica decisiva na lógica da acumulação.’’ (P-103)

‘’ [...] Enquanto um grupo de nações do capitalismo desenvolvido reforça sua capacidade de controlar a economia mundial em sua crescente financeirização envolvendo a produção e a circulação de mercadorias e serviços, a maioria dos países reforçou sua dependência externa e o hiato que os separa das ‘’ metrópoles. ’’ Em síntese, a chamada ‘’globalização’’ aprofundou  a submissão dos capitalismo periféricos, cada vez mais incapazes de exercer o mínimo controle sobre os processos econômicos internos. [...]’’ (p-104)

‘’ Os mercados globais, que potenciam a competição entre as grandes corporações, sempre requereram uma base nacional e o decisivo apoio dos governos, que exigem uma série de compromissos dos Estados nacionais que vão desde as políticas de austeridade fiscal, os ajustes estruturais, a desvalorização das moedas locais, a legalização do controle oligopólico das economias. [...]’’ (p-104)

‘’ O elemento fundamental da resistência, contudo, está no avanço da luta de classes, expresso na organização das forças política e no fortalecimento da presença organizada e massiva dos sujeitos coletivos na cena pública. [...] (p-104)

 A história da organização política-acadêmica

‘’ [...] O imperialismo atual mudou, mas não se transformou no seu contrário, como propõe a mitificação neoliberal: uma economia aparentemente global em que todos os países são vistos como meramente interdependentes e solidários. O imperialismo, segundo Borón, conserva sua estrutura e sua identidade, continuando a desempenhar uma função histórica decisiva na lógica da acumulação. [...]’’ (p-105)

‘’ [...] Enquanto um grupo de nações do capitalismo desenvolvido reforça sua capacidade de controlar a economia mundial em sua crescente financeirização envolvendo a produção e a circulação de mercadorias e serviços, a maioria dos países reforçou sua dependência externa e o hiato que os separa das ‘’metrópoles. ’’ Em síntese, a chamada ‘’globalização’’ aprofundou a submissão dos capitalismos periféricos, cada vez mais incapazes de exercer o mínimo controle sobre os processos econômicos internos. [.]’’ (p-105)

‘’ Os mercados globais, que potenciam a competição entre grandes corporações, sempre requereram uma base nacional e o decisivo apoio dos governos, já que exige uma série de compromissos dos Estados nacionais que vão desde as políticas de austeridade fiscal, os ajustes estruturais, a desvalorização das moedas locais, a legalização do controle oligopólio das economias [...]’’ (p-105)

‘’ [...] O elemento fundamental da resistência, contudo, está no avanço da luta de classes, expresso na organização das forças políticas e no fortalecimento da presença organizada e massiva dos sujeitos coletivos na cena pública [...]’’ (p-105)

A história da organização político-acadêmica do Serviço Social na América Latina e a contribuição brasileira

‘’ Nas décadas de 170 e 1980, a presença do Brasil foi decisiva na constituição do Serviço Social crítico latino-americano, no lastro do ‘’movimento de reconceituação’’. Colaborando na criação de bases teóricas e político- organizativas para sua difusão no continente latino-americano e para seu aprofundamento, o que redundou, ao mesmo tempo, na sua superação. No país, esse processo, coletivamente construído, redundou no que hoje denominamos de ‘’ projeto ético-político profissional.’’  (P-106)

‘’ O CELATS surge, pois, no marco movimento de reconceituação do Serviço Social, em sua radical vocação latino- americana, em um contexto de politização social e profissional e na busca de um aprimoramento teórico-prático [...]’’ (p-107)  

‘’ Sua programação nas décadas de 1970-1980, contemplava três grandes áreas (a) a investigação voltada ao conhecimento dos setores populares: camponeses, operários, populacionais e indígenas; o papel das políticas sociais públicas, em especial saúde e habitação; o conhecimento da realidade institucional onde opera o Serviço Social, suas associações profissionais e o perfil profissional [...]’’ (p-107)

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