Resenha Livro Mauro Betti

Educação física e sociedade

O texto aborda o tema da educação física e seu papel social durante os tempos, frisando a Europa aonde aconteceram os sistemas ginásticos e o movimento esportivo, fazendo assim a educação física se espalhar para o resto do mundo, falando ainda da mistificação do esporte no que se refere ao sentido do esporte, se o esporte deve ser praticado pela saúde, pela glória ou pelo dinheiro como está sendo hoje, o que nos remete a lembrança das olimpíadas antigas aonde muitas das vezes não se era permitida a participação de atletas profissionais e o vencedor do jogos olímpicos ganhava uma coroa de louros e a “glória eterna”.

É importante frisar que toda grande transformação ocorre em uma época de crise ou de mudança política, como por exemplo quando a educação francesa mudou completamente após o iluminismo e a revolução francesa. Os próprios sistema ginásticos só foram possíveis pelo fato da Europa estar passando por um período de grande nacionalismo e militarismo, visando assim a preparação de exércitos para uma possível guerra, porém a educação física nessa época era exclusivamente para a preparação de guerras, não se via ainda o conceito pedagógico ou até mesmo como método de desenvolvimento de melhores cidadãos. A mudança ocorreu na Inglaterra, aonde não se temia a guerra pelo fato de ser geograficamente isolada e ter uma marinha poderosa, lá foi implantado o esporte ao invés de uma preparação para a guerra, propondo até campeonatos entre as escolas públicas de caça, tiro e futebol (hoje esporte mais popular do mundo). A Inglaterra não foi pioneira apenas na utilização do esporte, mas também na utilização da educação física como um meio de aprendizado, como por exemplo as escolas de rugby populares na Inglaterra.

A universalização da instituição esportiva só foi possível por dois grandes fatores, considerados os grandes pilares dessa universalização foram o ressurgimento dos jogos olímpicos e a criação do movimento olímpico internacional, mas claro que tudo isso só foi possível pelo passo inicial da Inglaterra com as escolas publicas e seus jogos, que assim inspiraram a volta dos jogos olímpicos.

O autor aborda um tema muito polêmico não só entre filósofos e estudiosos, mas também por todas as pessoas interessadas por esporte no mundo, que é o amadorismo no esporte, aonde nas olimpíadas as pessoas deveriam ser amadores para participar, não se era permitida a participação de atletas profissionais, o que hoje nos leva a uma discussão muito maior. Será que os atletas de alto rendimento hoje praticam esporte pelos motivos corretos ¿ Pela glória, pela vontade e não pelo dinheiro ¿ O que importa mais hoje ¿ Um patrocínio ou uma vitória que enobreça o atleta e o país ¿ Temos hoje valores muito diferentes do que os pregados antigamente, aqueles que realmente nos orgulham e não só nos dão uma condição de vida melhor, a politica hoje comanda o esporte e não os atletas, o que nos faz pensar, se até o esporte que é uma forma pura de diversão, competitividade e aprendizado é controlada pela política, o que não é controlado hoje ¿

O sentimento de aprendizado e de competitividade que levou o esporte as escolas, não com o intuito de criarem novos atletas para o país, mas sim grandes cidadãos, não se pode tirar a competitividade