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Resumo Do Texto

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Por:   •  10/1/2014  •  565 Palavras (3 Páginas)  •  334 Visualizações

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Resumo: "O camponês e seu corpo" de Pierre Bourdieu

Esse texto trata-se de um estudo antrológico feito no Sudoeste na França sobre a relação entre os camponeses e seus corpos, entre as camponesas e entre eles. O estudo pretende também mostrar um choque cultural entre o campo e a cidade (mais especificamente, entre os Bourg e os Hameaux) e a consequência das trocas que são produzidas entre a cidade e o campo. O camponês passa a ter percepção de quem é, e daquilo que é, em comparação com os homens da cidade. Passa a ficar mais introvertido, inseguro e sem jeito por se achar muito inferior e não se aceitar. Esse fato irá produzir mudanças em toda a estrutura social do campo, porque os homens passam a não saber mais como se relacionar com as mulheres e a evitá-las, terminando solteiros. As mulheres camponesas também mudam: passam a ter interesses mais ligados à cultura no campo, e acabam assumindo alguns esteriótipos do que elas consideram como fazendo parte da cidade. Até nos homens do campo elas passam a buscar características que são típicas de homens da cidade, entrando assim em divergências cada vez maiores com os homens do campo, aumentando a segregação entre os sexos.

O camponês dos Hameaux é visto como mal adaptado nas situações corriquerias e na dança, que é quando os homens até se arriscam a falar com as mulheres, a situação torna-se até mais constrangedora para os homens, desacostumados com o diálogo e convívio com as mulheres. O estudo antropológico neste caso pode ser feito em vários planos, como o corporal, para depois moldar um quadro geral. Analisando o mau corte de roupa e a falta de jeito na expressão, podemos falar que estão associadas também com o peso do andar. Essas carcterísticas parecem estar associadas também á dificuldade em se dinamizar e inovar para aprender, por exemplo, a dançar. É na dança que o camponês deve usar seu corpo, e como sabe da condição que seu corpo representa, acaba se inibindo e se complicando com os passos. O mesmo acontece com o relacionamento.

É uma situação dramática, porque a partir da análise de Bourdieu parece que as mulheres são mais progressivas, mudando de acordo com as tendências da cidade, enquanto que os homens são mais conservadores no sentido de não quererem mudar por medo de serem mais “frescos” e mais mal vistos entre os colegas. Mas a questão é ainda mais grave pelo fato de não só os camponeses mais rudes serem os solteiros, mas até aqueles que tentam aportar alguma tendência da cidade ou revolucionar a sua maneira de produzir. Isso demonstra que as mulheres querem quase que por completo adotar os modelos da cidade, vendo só o ‘lado bom’ dessas cidades.

Portanto, os solteiros além de se sentirem mal consigo mesmos, passam também a serem estigmatizados pelos próprios familiares e pelos seus conhecidos. Isso gera uma consequência econômica, porque começa uma decadência na propriedade e na produção quando o camponês atinge o que considera idade limite para se casar, já que não vê mais motivo para uma produção tão exagerada se não tiver filhos e família.

Essa pesquisa torna-se fundamental para quem quiser entender as relações sociais e as mudanças da sua rede no sul da França, por analisar uma transformação na estrutura da família e na dinâmica da sociedade, através do psicológico

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