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Resumo e Resenha de O Povo Brasileiro

Por:   •  1/6/2022  •  Resenha  •  1.030 Palavras (5 Páginas)  •  241 Visualizações

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Resumo

“O povo brasileiro”(2000), série documental baseada na obra “O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil” (1995) de Darcy Ribeiro, retrata, por meio de 10 capítulos, uma das temáticas centrais na obra do antropólogo, a constituição da identidade brasileira. O documentário foi dirigido por Isa Grispum Ferraz e produzido pela Fundação Darcy Ribeiro, TV Cultura e GNT.

No capítulo 4, objeto de análise desse resumo, intitulado “Encontros e Desencontros”, são abordadas as origens do povo brasileiro. Segundo Ribeiro, esta gênese seria proveniente de uma mescla entre três povos, indígenas, portugueses e o negros africanos; E assim teria se produzido algo novo, uma “cultura de retalhos” em que as características originais de cada um, com a contribuição de todos, espontaneamente ou não, expressa originalidade e diversidade.

“Encontros e Desencontros” divide-se em três atos, sendo que no primeiro a receptividade dos indígenas em relação às naus portuguesas em suas terras é abordada. Para o autor, o contato é marcado pelo júbilo dos nativos por acreditarem

que os lusos eram povos enviados por Deus e pelos portugueses ao verem as índias desnudas, a terra cheia de belezas e possibilidades para a exploração e o enriquecimento da coroa.

Tendo em vista que a coroa portuguesa estava com os olhos voltados para a Ásia, em um primeiro momento haviam poucos portugueses nos solos brasileiros, estes contavam com a sabedoria indígena e iniciativas particulares. Esse primeiro movimento exploratório caracterizou-se pelas trocas de presentes (miçangas, espelhos, tecidos e facas) pelo trabalho dos indígenas para cortar as árvores de pau Brasil.

A questão do choque cultural também é abordado no documentário, pois maravilhados com a visão da paisagem e vislumbrando oportunidades, os portugueses também se sentiam responsáveis por “salvar” os indígenas de seus hábitos, costumes e religião. Assim, retiravam os nativos ainda crianças da sua aldeia e os colocavam com outras crianças de aldeias diferentes para forçá-los a aprender a língua dos europeus.

Em meio às relações sociais estabelecidas neste contexto, Darcy Ribeiro reflete acerca das categorias identitárias constituídas por meio dos contatos entre povos, segundo o antropólogo, as índias “emprenhadas” pelos portugueses tinham filhos que não eram índios e nem europeus, seriam considerados como “mamelucos”; E estes eram os primeiros nativos das terras brasileiras.

Já no segundo ato, as iniciativas de uma colonização oficial sobre o Brasil são abordadas. A formação das colônias de Piratininga e São Vicente, em 1531, para a defesa e exploração do território, teria inaugurado uma nova postura da Coroa lusa sobre a ocupação e exploração do país. Para transformar a região numa colônia produtiva, o capitão Martin Affonso teria ordenado o estabelecimento de povoamento, leis e matrimônios; Neste processo, a economia transfigura-se do cunhadismo e do escambo para a escravidão.

Para Ribeiro, neste contexto dois projetos de colonização se opõem: o da Coroa, para aliciar os índios como força de trabalho e o da Igreja, para criar com os índios uma “república pia”. Logo, o etnocídio e o genocídio promovido pela escravidão, catequese e pelas doenças trazidas pelos invasores promoveram um verdadeiro morticínio indígena.

O tráfico de escravos, que na época era uma fonte rentável e uma prática do comércio internacional, estabeleceu-se entre o Brasil e a África. Nesta lógica, o negro caçado em suas terras era considerado mais produtivo que os indígenas. Por meio de condições insalubres, os cativos eram transportados e negociados assim que chegavam ao destino final. Como explanado por Ribeiro, dentre os escravizados podiam-se observar meninas de 12 a 13 anos destinadas aos senhores e capatazes, assim seriam gerados os “mulatos”, uma fusão do negro e do branco que constitui outro tipo

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