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SEGURANÇA SOCIAL

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Por:   •  20/2/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.862 Palavras (8 Páginas)  •  198 Visualizações

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PSICOLOGIA

Goiânia,Abril

2013

Universidade Anhanguera - Uniderp

Curso: Serviço Social III

Professora: Darleide Jubé

Tutor a distância: Lindolfo A.Martelli

Nome: Bárbara Batista RA:374254

Nome: Leticia Fernandes Viana de Mello RA:349858

Nome: Raimunda Nonata de Souza RA:364198

Nome: Selma Maria Vieira de Sena RA:368246

Nome: Valderci Rustiguel Viana RA:349861

HUMILHAÇÃO SOCIAL

E

INVISIBILIDADE PÚBLICA

Goiânia, Abril

2013

Psicologia

Introdução:

Com a elaboração deste trabalho temos a intenção de desvendar o universo psicossocial de uma classe de trabalhadores, os garis que são invisíveis para a sociedade, são excluídos e maltratados cotidianamente, vitimas de constantes preconceitos.

Existe dentre eles mesmo um sentimento de alto desvalorização, que se dá desde o inicio, pois veremos que para exercer a função de gari não tem muita exigência e não proporciona a oportunidade de mudança. Perceberemos que este grupo sente dificuldade de vestir o próprio uniforme segundo eles a cor representa a humilhação, sendo assim esta condição reflete diretamente na vida do ser, interferindo na relação individuo e sociedade, e se faz um fator muito importante da subjetividade.

Com o decorrer da leitura poderemos observar que o trabalho de um gari vai muito alem de desenvolver uma simples atividade, é a lenta construção de um ser social.

Desenvolvimento:

A desigualdade e a invisibilidade social é um fenômeno constituinte da sociedade brasileira.

Vem se construindo desde os primórdios da colonização onde sempre houve distinção entre classes socioeconômicas, que julga as pessoas por sua posição social, profissão exercida e remuneração recebida pelo homem ao realizar seu trabalho em meio comum, fazendo parte da formação da nossa sociedade, formação esta que se faz claramente muito seletiva.

Colocaremos em ênfase o dilema da profissão dos garis, denominados catadores de lixo, que trabalham o dia todo e até mesmo duplas jornadas de trabalho para manter a limpeza pública de uma cidade, contribuindo com alta relevância para manutenção de higiene e saúde pública na vida de qualquer comunidade. É uma tarefa árdua realizada pelos funcionários contratados por prefeituras através de concursos que exigem baixa escolaridade e força física e que apesar de serem imprescindíveis para a manutenção da limpeza das cidades, estes profissionais nem sempre são vistos como pessoas e quase sempre passam despercebidos nas ruas, são seres invisíveis sem nome.

Exercem uma atividade concebida pela população como sendo indigna, subalterna, suja e realizada em condições precárias, onde o profissional vende somente sua força de trabalho físico, como se o intelectual não existisse e o ser não passasse de força bruta, uma vez que não há necessidade de uma formação mínima para ser um gari.

A má valorização dessa profissão é sem dúvida um descaso com os profissionais dessa área que são tão necessários quanto um médico.

Para constatar o sofrimento psicológico em que vivem os garis tivemos a liberdade de pegar emprestado “Trecho da reportagem de PLÍNIO DELPHINO - Onde é narrada a experiência vivida por um psicólogo que varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da "invisibilidade pública". Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social. O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são "seres invisíveis, sem nome".

Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da "invisibilidade pública", ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R $ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida: "Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência", explica o pesquisador.O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. "Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme.

“Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado-se a um poste, ou em um orelhão", diz.

Apesar do castigo do sol forte, do trabalho pesado e das humilhações diárias, segundo o psicólogo, são acolhedores com quem a enxerga. E encontram no silêncio a defesa contra quem os ignora.

Segue abaixo entrevista e imagens realizadas com alguns garis que nos relatam o seu dia de trabalho, reforçando o relato acima:

Sr. Adão e Valdivino

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