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SERVIÇO SOCIAL

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Por:   •  29/4/2013  •  1.611 Palavras (7 Páginas)  •  575 Visualizações

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1.INTRODUÇÃO

A Copa do Mundo de 2014 é nossa e já começou. Ela coloca em jogo nada menos do que a capacidade de todo um país se organizar para tornar realidade as oportunidades que um evento dessa magnitude propicia não apenas ao esporte, mas à economia, à sociedade e ao futuro da nação. As cifras envolvidas na realização de uma Copa do Mundo impressionam e dão uma idéia da dimensão dos negócios que podem ser gerados e revertidos em lucro e desenvolvimento.

Copa é uma indústria que movimenta bilhões de dólares, atua em diversos setores da economia e gera muitos empregos. Muitos mesmo. Para 30 dias de celebração mundial, ela requer anos de preparação e uma cadeia produtiva altamente impactante para o meio ambiente.

A Copa do Brasil já está sendo chamada de a “Copa Limpa” ou a “Copa Sustentável”. No entanto, para que ela realmente se concretize, precisamos resolver dois pontos nevrálgicos: transportes e construção civil. Quem mora nas maiores cidades do país sofre com a precariedade dos transportes públicos, sendo praticamente obrigado a utilizar veículos particulares para a mobilidade diária.

Pelo lado da construção civil, por mais que já se discuta amplamente a sustentabilidade no setor, não há como negar o brutal impacto da atividade no meio ambiente. Sem contar que para a Copa haverá a necessidade urgente de construção e reforma no setor hoteleiro e a modernização dos estádios já existentes, assim como a construção de outros estádios.

Além de atacar problemas no setor de transportes e construção, precisamos resolver problemas mais básicos do que esses. É preciso preparar toda a infra-estrutura, como a criação de uma matriz energética que seja pouco impactante, como a energia solar. É preciso construir mecanismos que possibilitem a captação da água de outras fontes, como a da chuva. É preciso, mais ainda, ter em mente que obras desse tipo são longas, caras e que podem ser comprometidas por questões políticas, principalmente em anos eleitorais.

Uma série de metas foi estabelecida nos pontos mais importantes, principalmente transporte, consumo de água e energia e mudanças climáticas. O Green Goal Legacy Report se focou, basicamente, nos impactos gerados no evento, como a redução de consumo de água nos estádios, por exemplo. No entanto, sabemos que uma torneira aberta por um turista no banheiro do seu quarto do hotel também é um impacto causado pela Copa naquela região.

E é justamente essa questão que pode fazer a grande diferença entre o que foi a Copa de 2006 e o que pode ser a Copa de 2014: o alcance da sustentabilidade. Ao contrário da Alemanha, o Brasil engatinha em infra-estrutura e desenvolvimento sustentável. Mesmo com todos os percalços políticos que obras de grande porte geram, temos uma grande chance de já começar fazendo o que é certo.

E independente dessas questões, precisamos, a sociedade como um todo, focar nos ganhos que uma Copa do Mundo proporciona ao país. Não somente no legado das construções, no legado para o turismo, nas benfeitorias de infra-estrutura, ou na melhoria na mobilidade urbana. Mas também no legado de conhecimento, de know-how e de mudança de postura, tanto dos cidadãos quanto das empresas, estejam elas envolvidas com a Copa ou não.

2. DESENVOLVIMENTO

A mobilidade é o recurso que permite o ir e vir das pessoas. O país sede da Copa deve possuir uma malha rodoviária em boas condições e bem sinalizada. É comum que país receba um grande número de estrangeiros para o evento e, por isso, além do transporte terrestre, o sistema aéreo deve ser eficiente e contar com uma equipe preparada para atender os mais diversos tipos de nacionalidades (NEELEMAN, 2010; OHATA, 2010, CILO, 2010). Outros meios de locomoção, que podem ser utilizados pelos países sede, são o transporte ferroviário e hidroviário. (HORI, 2010). Quanto a hospedagem, é importante uma rede hoteleira preparada para atender o grande demanda de turistas que o país recebe.

Com relação aos transportes, a FIFA impôs duas exigências. A primeira foi chamada de Green Goal. Pelo menos metade dos deslocamentos aos estádios deveria ser realizado com o transporte público. Assim, as emissões e os efeitos maléficos dos transportes sobre o clima poderiam ser reduzidos. Outra exigência consistiu em orientar as torcidas de diferentes times por rotas diferentes até os correspondentes setores dos estádios. Ou seja: foram colocadas à disposição linhas de ônibus exclusivas para cada uma das torcidas, bem como separados estacionamentos para automóveis e, claro, distintos acessos para os estádios.

A mobilidade é, sem dúvida, o principal desafio da maior cidade brasileira rumo à Copa do Mundo de 2014. São Paulo deve ser o palco de abertura do Mundial, que volta ao Brasil mais de seis décadas após o país ter realizado o torneio em 1950. Para diminuir o impacto do trânsito caótico e fazer da competição um sucesso em termos de transporte, a cidade deve ser a que mais vai receber investimentos no setor. Em todos os municípios que vão sediar jogos da Copa, os gastos somente nesse segmento vão chegar perto dos R$ 40 bilhões.

Em São Paulo, destaca-se um sistema que vai integrar os aeroportos da região metropolitana ao sistema metro-ferroviário. O monotrilho, também conhecido como Linha 17 do metrô, obra que já está tocada pelo governo do estado. Outra iniciativa se refere à Linha Vermelha, que já ganhou novos trens. A cidade de São Paulo tem como um dos objetivos desafogar o trânsito na região do aeroporto de Congonhas e tem um custo total de R$ 2,86 bilhões, criando redes de 20 km de extensão. A obra deve ficar pronta no ano de 2013, a tempo da disputa da Copa das Confederações.

Todas as grandes modificações visam criar condições melhores para a população. O monotrilho paulista, por exemplo, pode ligar a região do ABC (municípios de Santo André, São Bernardo e São Caetano) à zona central da cidade de São Paulo e diminuir em boa parte o tráfego pesado de veículos durante a manhã e o final de tarde.

Porém, como toda mudança há controversa os moradores da região não querem a implantação do nomotrilho. Os moradores temem o impacto urbano do monotrilho, que trafega em plataforma de 15 metros de altura. Eles sugerem a substituição do projeto pelo metrô subterrâneo, sistema mais caro, porém menos agressivo à paisagem urbana.

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