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Serviço Social

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Por:   •  23/10/2013  •  1.358 Palavras (6 Páginas)  •  252 Visualizações

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2 DESENVOLVIMENTO

Sabe-se que a diversidade sexual faz alusão à existência de distintas orientações e identidades sexuais. As minorias, como os homossexuais e os bissexuais, encarregam-se de defender este conceito para que os seus direitos não sejam violados. Assim, a afirmação da existência de outras formas de sexualidades diversa da heterossexual (relação homem e mulher) gera diversas polêmicas em diversas organizações sociais (família, religião, escola, trabalho e outros ambientes) e por isso não é uma tarefa fácil pois cada grupo possui suas próprias convenções sociais, uma estrutura própria em que é formulado seus fundamentos, normas e todo seu sistema.

Percebemos que a diversidade sexual não se limita apenas ao exercício do sexo, mas igualmente a tudo que configura a sexualidade. As experiências de vida, os costumes assimilados ao longo da existência, as emoções, os apetites, o modo de agir e a forma como as pessoas se veem e são vistas pelos outros. Também engloba a multiplicidade de expressões, práxis, experiências, aspirações, identidades e atuações que divergem dos moldes convencionais, adotados pelos heterossexuais, completamente aceitos e assimilados pela sociedade.

Os casos de homofobia é uma postura de repulsa ainda mais ampliada, ou seja, em relação às e aos homossexuais, e ainda às e aos travestis, e às e aos transexuais e se expressa de muitas formas: dificultando a formação educacional e profissional de homossexuais; motivando demissões ou mesmo impedindo homossexuais de conseguirem uma vaga no mercado de trabalho formal; impedindo a expressão da afetividade de casais em vias públicas etc. Em muitos casos, chega ao cúmulo da violência física e ao assassinato de homossexuais, constituindo assim um problema de Estado, pois abarca a violação dos Direitos Humanos, de todo um segmento populacional. Portanto, o entendimento da homofobia deve ir para além de uma questão pessoal daquele que é homofóbico e ser assumido pelo Estado como um problema social a ser solucionado.

No decorrer da história, inúmeras denominações foram usadas para identificar a homossexualidade, refletindo o caráter preconceituoso das sociedades que cunharam determinados termos, como: pecado mortal, perversão sexual, aberração. No século XVIII a maioria dos poemas de Safo foram queimados em praça pública pela Igreja de Roma como forma de represália ao pensamento da mulher e à sensualidade feminina tida como imoral para os católicos.

Podemos compreender que a homofobia é a expressão do que podemos chamar de hierarquização das sexualidades; também deve-se compreender que a legitimidade da forma homossexual de expressão da sexualidade humano. Outro componente da homofobia é a projeção. Por exemplo, por muitos anos, acreditou-se que a AIDS era uma doença que contaminava exclusivamente homossexuais. Dessa forma, o “aidético” era aquele que tinha relações homossexuais. Assim, as pessoas podiam se senti protegidas, uma vez que o mal da AIDS não chegaria até elas (heterossexuais). Nesse sentido, o desejo é projetado para fora e rejeitado, a partir de ações homofóbicas. A homofobia implica ainda numa visão patológica da homossexualidade, submetida a olhares clínicos, terapias e tentativas de “cura”.

Diante disso, a questão não se resume aos indivíduos homossexuais, ou seja, a homofobia compreende também questões da esfera pública, como a luta por direitos; os comportamentos homofóbicos surgem justamente do medo da equivalência de direitos entre homo e heterossexuais, uma vez que isso significa, de certo modo, o desaparecimento da hierarquia sexual. Entendemos então que a homofobia compreende duas dimensões fundamentais: de um lado a questão afetiva, de uma rejeição ao homossexual; de outro, a dimensão cultural que destaca a questão cognitiva, onde o objeto do preconceito é a homossexualidade como fenômeno, e não o homossexual enquanto indivíduo.

Vimos que a exclusão social deste grupo GLBT sem dúvida é a pior das consequências geradas pela homofobia. Nos diversos setores da sociedade (trabalho, escola, família e outros) são constantes as piadas, os comentários e opiniões que discriminam ou marginalizam estes indivíduos. Quando menos percebemos ficamos também intolerantes e preconceituosos, ajudamos a criar rótulos de que ser gay seja desta ou daquela maneira; muitos de nós chegamos a repudiar a ideia de ter um filho (a) homossexual, sendo não observamos tal preocupação para com os criminosos que também são frutos da nossa sociedade, trabalhamos com a ideia da impossibilidade de isso ocorrer com nossos filhos e a cada dia a mídia vem mostrando que estamos os perdendo para as drogas.

Atualmente, com a decisão do STF sobre a união estável e/ou casamento entre homossexuais, porém sendo um direito variável de acordo com a região. Não há uma garantia pela Constituição de que ele ocorra em todo o país. Juridicamente é reconhecido, porém o congresso nacional não o conhece como um direito cívico da comunidade LGBT.

Fica exposto ao preconceito em torno à homossexualidade espalha uma ideia de que homossexuais se relacionam com o objetivo exclusivo de fazer sexo. Se, na sociedade, o sexo é visto como pecado, sujeira etc., e se não é reconhecido o amor, a afetividade entre pessoas do mesmo sexo, as relações homossexuais são vistas equivocadamente como relações de promiscuidade e perversão.

Trazendo um termo de "homoafetividade" é utilizado para visibilizar e romper com o paradigma de que a homossexualidade está necessariamente restrita ao ato sexual.

Em 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu

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