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Por:   •  6/5/2014  •  1.121 Palavras (5 Páginas)  •  201 Visualizações

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UNIDERP – POLO: CAXIAS-MA

CURSO:SERVIÇO SOCIAL – 1º PERÍODO

DISCIPLINA: FAMILIA E SOCIEDADE

TUTORA EAD:

TUTORA PRESENCIAL:

FAMÍLIA E SOCIEDADE E SERVIÇO SOCIAL CONTEMPORÂNEO

Caxias-MA

Abril/2014

No contexto da sociedade contemporânea brasileira, muitos são os aspectos reveladores dessas transições que imprimem “novas” configurações e redesenham os contornos e as fronteiras familiares. O aumento da expectativa de vida dos indivíduos, em especial nos centros urbanos, repercute diretamente na vida familiar e a solidariedade familiar intergeracional emerge ainda como um recurso potencial para enfrentar as demandas sociais e econômicas que desafiam a capacidade da família para encontrar saídas para as questões postas em seu cotidiano e também a progressiva inserção da mulher no mercado de trabalho, o controle da reprodução, a redução do número de filhos, as novas tecnologias.

A família é o lugar onde se ouvem as primeiras falas com as quais se constrói a auto-imagem e a imagem do mundo exterior, seja como for composta, vivida e organizada, é o filtro através do qual se começa a ver e a significar o mundo. O campo de reflexão sobre os laços familiares exige esforço, pois a família conheceu inúmeras e marcantes transformações.

Assim, ao longo do percurso da vida, as famílias tendem a experienciar inúmeras rupturas (corte nas trajetórias educacionais, empregos instáveis, trabalhos precários, alterações de moradias, rompimentos relacionais e outros) capazes de gerar a saída (temporária ou definitiva) de seus membros mais jovens, como no caso dos abrigamentos de crianças e adolescentes, de forma que a sociabilidade familiar e os sistemas de apoio mútuo são, portanto, condições vitais quando se trata da realidade das famílias em vulnerabilidade.

Entretanto, a resolução ou superação das exigências e dos desafios apresentados não estão disponíveis, pois os limites estruturais se imprimem de modo incisivo na vida familiar. Assim sendo por um lado, as famílias têm centralidade na vida das pessoas, por outro, as desigualdades sociais que marcam a sociedade brasileira acabam por excluir parte das crianças e dos adolescentes da convivência com suas famílias.

Neste contexto, se faz necessário reconhecer as fortes pressões que os processos de exclusão sociocultural geram sobre as famílias brasileiras, acentuando suas fragilidades e contradições, faz-se primordial sua centralidade no âmbito das ações da política de assistência social, como espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização primárias, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa também ser cuidada e protegida e que são direitos do cidadão, conforme estabelece a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei Orgânica de Assistência Social e o Estatuto do Idoso.

A família contemporânea já não têm o mesmo grau de imbricamento que se acreditava outrora. Nesta perspectiva, podemos dizer que estamos diante de uma família quando encontramos um conjunto de pessoas que se acham unidas por laços consangüíneos, afetivos e, ou, de solidariedade. Como resultado das modificações acima mencionadas, superou-se a referência de tempo e de lugar para a compreensão do conceito de família.

O reconhecimento da importância da família no contexto da vida social está explícito no artigo 226, da Constituição Federal do Brasil, quando declara que a: “família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”, endossando, assim, o artigo 16, da Declaração dos Direitos Humanos, que traduz a família como sendo o núcleo natural e fundamental da sociedade, e com direito à proteção da sociedade e do Estado. No Brasil, tal reconhecimento se reafirma nas legislações específicas da Assistência Social – Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Estatuto do Idoso e na própria Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS.

Nesse contexto, a matricialidade sociofamiliar passa a ter papel de destaque no âmbito da Política Nacional de Assistência Social – PNAS. Esta ênfase está ancorada na premissa de que a centralidade da família e a superação da focalização, no âmbito da política de Assistência Social.

Dentre as mudanças pode-se observar um enxugamento dos grupos familiares (famílias menores), uma variedade de arranjos familiares (monoparentais, reconstituídas), além dos processos de empobrecimento acelerado e da desterritorialização das famílias gerada pelos movimentos migratórios.

Percebe-se ainda que na sociedade brasileira, dada as desigualdades características de sua estrutura social, o grau de vulnerabilidade vem aumentando e com isso aumenta a exigência das famílias desenvolverem complexas estratégias de relações entre seus membros para sobreviverem e é nessa perspectiva de análise, que reforça a importância

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