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Serviço Social

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Por:   •  16/5/2014  •  1.519 Palavras (7 Páginas)  •  171 Visualizações

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Desenvolvimento

No Brasil, o Século XX foi um período de transformação. O País passou por um dos mais velozes processos de urbanização da história moderna. 

Em meados da década de 30, do século XX, quando o Serviço Social surgiu no Brasil, registrava-se no País uma intensificação do processo de industrialização e um impulso significativo rumo ao desenvolvimento econômico, social, político e cultural (Pereira, 1999). Essas mudanças no contexto sociopolítico e econômico brasileiro iniciaram com a Revolução de 1930, considerada um evento marcante da história contemporânea brasileira. 

A partir de 1930, o Brasil entrou num período de maior desenvolvimento econômico, que se refletiu no aumento da renda per capita, dos salários reais e do consumo. Simultaneamente registrou-se um incremento da taxa de crescimento da população e de urbanização. A concentração da população nas 

áreas urbanas trouxe consigo problemas de assistência, educação, habitação, saneamento básico, de nfra-estrutura e tantos outros. Na medida em que a industrialização avançava, crescia a concentração da renda, ampliando-se as desigualdades sociais, aumentando as tensões nas relações de trabalho e agravando-se a questão social. 

As políticas sociais brasileiras desenvolveram-se a partir do início do século XX, por um período de 80 anos, configurando um modelo de proteção social somente alterado com a Constituição Federal de 1988. O sistema de proteção social brasileiro, até o final da década de 80, combinou um modelo de seguro social na área da previdência, incluindo a atenção à saúde, com um modelo assistencial para a população sem vínculos trabalhistas formais (FLEURY, 2004). 

A política social é uma dimensão necessária da democracia nas sociedades modernas e está estreitamente ligada aos valores da equidade. No quadro institucional, as políticas sociais integram um sistema de ação complexo resultante de inúmeras causalidades e distintos atores e campos de ação social e pública: proteção contra riscos, combate à miséria, desenvolvimento de capacidades que possibilitem a superação das desigualdades e o exercício pleno da cidadania (IVO, 2004).

O serviço social surgiu devido às diferenças de classes sendo que no começo tinha por objetivo acalmar os menos favorecidos e fazer com que eles ficassem satisfeitos com o modo de vida que tinham. Por isso os primeiros agentes sociais obtiveram apoio de todas as partes da sociedade. O contexto histórico do surgimento do serviço social é marcado com ênfase sobre o capitalismo na Europa que dividiu o mundo em classes sociais, fazendo com que as relações humanas e a relação entre os homens mudassem os aspectos, as estruturas e as dinâmicas da sociedade.

No Brasil a necessidade de uma mão-de-obra qualificada para atuar nas expressões da questão social faz com que o Estado no final dos anos 30 e início dos anos 40 empreenda uma formação técnica especializada para a prática da assistência não apenas como uma necessidade particular do movimento católico. O assistente social começa a ser requisitado para atuar nas instituições de assistência, instituições jurídicas e de saúde.

No início da década de 40, em pleno Estado Novo, é nítida a política de Estado voltada ao menor e à criança, então duas categorias indiscutivelmente separadas e específicas. 

O Serviço Social aparece nas décadas de 30 e 40 como um instrumento de viés eminentemente cristão utilizado como amortecedor das lutas de classes.

Com a politização das desigualdades sociais que se desenvolveu em diversas esferas da vida social e encontrou no Estado corporativista dos anos 30 e 40 uma forma de controle das tensões sociais. Esta forma de controle serviu para atenuar as tensões sociais, se deram também com a instituição de Serviço social no Brasil, eminentemente de caráter assistencialista e sob orientação da igreja.

Nas décadas de 1930 a 1940, expressões como “auto-ajuda”, “fazer seus próprios planos” e “tomar suas próprias decisões” marcaram a reflexão sobre a prática do Serviço Social. Viu-se o direito do “cliente” ultrapassar o âmbito da participação: as responsabilidades para fazerem planos e tomar decisões eram transferidas do Assistente Social para o “cliente”. Segundo Biestek (1960), esta prática contribuiu para o crescimento e o desenvolvimento da liberdade do “cliente”, auxiliando na maturidade da personalidade humana. Neste período, acentuava-se a discussão sobre a liberdade da pessoa humana como um requisito essencial para a defesa de sua dignidade. Pereira (apud Guedes, 2003a, p.4), ressaltava que em qualquer circunstância o que deve prevalecer é a “dignidade da pessoa humana, o ser livre, que deverá ser esclarecido, orientado, porém, nunca coagido.”.

Foi no desenvolvimento do processo de industrialização e no bojo das transformações sociais brasileira, que o Serviço Social passou a receber influencias pelo contato com outros grupos e questionou-se internamente frente à situação das classes subalternas e diante da própria condição de trabalhadores assalariados no quais os assistentes sociais estão inseridos. 

Entre os anos de 1940 a 1950, segundo Biestek (1960), os profissionais recebem influência da psicologia e da psiquiatria no serviço social de Casos, estimulando a conservação do princípio da autodeterminação do “cliente”. Encontrava-se ainda neste período forte influência da doutrina da igreja católica.

Nas décadas 50 e 60, de acordo com Gordom Hamilton (1958), para uma prática profissional eficiente seria necessário respeitar a pessoa humana, conforme as palavras a seguir: 

“Para ajudar eficientemente aos outros, é preciso respeitar a pessoa humana, isto é, o seu direito de viver a própria vida, de usufruir de liberdade pessoal e política, de buscar a felicidade e de procurar valores espirituais que aspira. A aplicação deste princípio significa que os assistentes sociais não devem impor aos clientes seus próprios padrões de comportamento, suas soluções e princípios morais, mas sim conceder ao cliente o direito de ser ele mesmo e de tomar suas decisões.” (HAMILTON, 1958, p.19). 

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