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Serviço Social

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Por:   •  5/3/2015  •  868 Palavras (4 Páginas)  •  195 Visualizações

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ANDERSON CRUZ DE SOUSA

RESENHA CRÍTICA

O SERVIÇO SOCIAL E A CONSOLIDAÇÃO DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO FRENTE ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS DO SÉCULO XXI

Trabalho apresentado para obtenção de crédito junto à disciplina Leitura e Produção Textual do Curso de Serviço Social do Centro de Formação Técnico e Superior em Extensão – CETECS BRASIL, sob a orientação da Prof. Esp. Jemara Maria da Silva.

BURITI BRAVO-MA

2013

PIANA, Maria Cristina. A construção do perfil do Assistente Social no cenário educacional. In: O serviço Social e a consolidação do projeto ético-político frente às desigualdades sociais do século XXI. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009, 236 p.

O serviço Social e a consolidação do projeto ético-político frente às desigualdades sociais do século XXI

Maria Cristina Piana possui mestrado (2003) e doutorado (2008) em Serviço Social pela Unesp, campus da França. É especialista em Política Social e Serviço Social pela UNB (2000), especialista em Recursos Humanos e Marketing pela União dos Grandes Lagos (Uniliago) em São José do Rio Preto e graduada em Serviço Social pela Universidade de Ribeirão Preto (1988).

Em sua obra, A construção do perfil do Assistente Social no cenário educacional, onde ela busca compreender e explicar a importância da atuação do Serviço Social na política educacional, destaca-se o sub-tema O Serviço Social e a consolidação do projeto ético-político frente às desigualdades sociais do século XXI, onde busca-se discutir de que maneira pode ser reforçado e consolidado o projeto político-profissional em meio às transformações econômicas, políticas e sociais do mundo contemporâneo e da própria conjuntura do Estado e do Brasil.

As duas últimas décadas do século XX foram cruciais para os novos rumos acadêmicos, políticos e profissionais do Serviço Social, momento este de se recusar e criticar o conservadorismo da profissão. Frente a isso, buscou-se implantar a partir da década de 90, o Projeto Ético-Político do Serviço Social, um trabalho coletivo que, antes de tudo, pressupõe alcançar a maturidade que possibilite à profissão formular respostas seguras frente à questão social. A partir de então, essa profissão deu um salto qualitativo no que diz respeito à sua formação acadêmica e sua presença política na sociedade, intensificando as produções científicas e o mercado editorial, tornando-se pesquisadora , com reconhecimento nacional e internacional. Assim, portanto, uma profissão mais participativa e engajada com a questão da seguridade social.

Esse projeto marcou historicamente um grande movimento de lutas pelas democratização da sociedade brasileira, tendo como participação, grupos de operários considerados de suma importância para a crise da ditadura. Por isso mesmo, que as novas vertentes idealizadas pelo Serviço Social, baseiam-se em políticas públicas voltadas para essas classes, de modo que se consiga sanar o grande problema da exclusão social.

Muito embora tenha-se progredido rumo a uma profissão mais eficaz e participativa junto aos problemas sociais, o Assistente Social tem enfrentado o desafio de lidar com as lógicas do capitalismo eminente. Os valores e princípios éticos-políticos utilizados como orientação por esses profissionais nas últimas décadas, sofrem hoje um choque entre ideias com relação a idolatria da moeda, o fetiche do mercado e do consumo, o individualismo possessivo, que se impõe às necessidades e direitos sociais humanos.

Para que esses valores preconizados pelo Projeto Ético-Político do Serviço Social sejam efetivados, entende-se que é indispensável ter a classe trabalhadora como a protagonista, para que se insira e possa participar nas decisões das políticas públicas, na construção da cidadania e no fortalecimento da democracia. Esse projeto exige um acompanhamento atento de nossa parte, da movimentação das classes populares na luta pela ampliação de seus direitos sociais. A própria autora pontua que as necessidades sociais são historicamente construídas, revelando que a luta pela efetivação da cidadania é a luta pela ampliação progressiva da esfera pública.

A consolidação desse projeto dependerá da organização dos Assistentes Sociais articulados com outras categorias que partilhem dos mesmos compromissos e princípios, para juntos mobilizarem a sociedade na busca de seus direitos. E ainda, é necessário que esse projeto deixe claro os objetivos do Serviço Social, que, com suas ações, possa criticar a ordem burguesa e os fundamentos conservadores que ainda perduram na profissão.

Para isso, é necessário um profissional que esteja atendo às possibilidades que o mundo contemporâneo proporciona, entendido no instrumental técnico operativo, capaz de realizar as ações profissionais, como: assessoria, planejamento, pesquisa e ações diretas, estimuladoras de participação dos usuários na formulação de programas e serviços sociais de qualidade, reconhecendo a liberdade como valor central, tendo compromisso com a autonomia e expansão dos indivíduos e se posicionando em favor da equidade e justiça social.

Enfim, é preciso que o governo lance mão de novos olhares, que não recusem as tarefas socialmente atribuídas a esse profissional, mas que lhe atribuam um tratamento teórico-metodológico e ético-político diferenciado, tendo uma visão crítica da realidade para assim, conhecê-la.

O texto, O serviço Social e a consolidação do projeto ético-político frente às desigualdades sociais do século XXI, bem como o livro do qual foi subtraído, de leitura simples, pode oferecer elementos importantes para o meio acadêmico, na construção do conhecimento, além de contribuir para o processo de formação profissional do Assistente Social.

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