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Serviço Social Durante A Ditadura Militar

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Por:   •  15/10/2014  •  1.176 Palavras (5 Páginas)  •  715 Visualizações

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No Brasil, as políticas sociais têm sua origem estreitamente ligada ao

desenvolvimento urbano industrial, no qual o Estado redefiniu suas funções e passou a

utilizar mecanismos institucionais de controle, até então fora de sua esfera de intervenção.

Com o processo de desenvolvimento industrial, aliado à expansão urbana,

agravou-se a “questão social”, com grandes aglomerados em torno das cidades, que por

sua vez atestam o crescimento da pobreza, do desemprego e da exclusão com privações

social, econômica, cultural e política para a classe que vive do trabalho. E, por um outro

lado, se têm uma enorme concentração de renda e riqueza para um pequeno grupo, os

grandes proprietários.

no período de 1930 a 1960 as

políticas sociais desenvolveram-se mais direcionadas à “proteção” aos trabalhadores, com o

objetivo de criar condições para garantir a força de trabalho adequada, que atendesse as

exigências do mercado emergente. Contudo, não se pode deixa de considerar que a política

social também foi produto de luta dos trabalhadores reivindicando suas necessidades.

No governo republicano de Juscelino Kubitscheck (1956‑61),considerado até então o mais democrático, a política social teve um papel marginal;

O período da ditadura militar foi caracterizado pela censura, autoritarismo,

repressão e ausência de eleições. Neste contexto as expressões da “questão social” se

agravam e exigem respostas do Estado.

Durante os anos da ditadura militar as políticas sociais possuíram em seu interior

o objetivo de legitimação do sistema autoritário vigente, com caráter fragmentário, setorial e

emergencial, se sustentava na necessidade de dar legitimidade aos governos que

buscavam bases sociais para manter-se no poder. Neste período, passava-se a ideologia de

que o desenvolvimento social seria decorrente do desenvolvimento econômico.

Pode-se dizer que durante o período de 1964 (golpe militar) a 1988 (Constituição

democrática), o país se desenvolveu economicamente, com expansão da produção,

modernização e entrada do capital estrangeiro, onde as políticas sociais “apresentavam” um

caráter assistencialista e clientelista.

Na década de 60, época em que grandes

mudanças ocorreram na vida social, econômica, política e cultural brasileira. Estudos publicados pelos

organismos internacionais e pan-americanos foram revelando os problemas de subdesenvolvimento da

América Latina, sua dependência em relação aos países hegemônicos e a marginalidade de grande parte

de sua população.

Nesse contexto, os intelectuais da áreas das Ciências Humanas e Sociais, entre eles os de Serviço

Social, questionavam-se sobre as formas de superação das situações de atraso e de marginalidade social

e sobre o papel dos diferentes profissionais no processo de desenvolvimento. Com isso, crescia entre os

profissionais um sentimento de frustração, gerado pela incapacidade de atender às demandas sociais.

Associavam-se a esse sentimento, a falta de reconhecimento e o desprestígio profissional do Serviço

Social, em relação às profissões mais tradicionais.// O Serviço Social tradicional não respondia mais às

necessidades impostas pelo processo de desenvolvimento pelo qual passava a nação, O Serviço Social adere à racionalização própria do Estado burguês

e se modifica quanto à sua prática interventiva, provocando, assim, o ruir inicial do

tradicionalismo. É a partir deste Serviço Social refuncionalizado pelos imperativos operou a

teoria marxista no interior da profissão, uma vez que contribuiu para a superação da

perspectiva inicial – atenuar as complexas relações entre capital e trabalho,

normalmente funcionais ao capital – transpondo-a para uma prática que priorizasse o

usuário.

Novas perspectivas emergem no seio profissional, passando a travar lutas para

dar o tom da renovação. Dentre elas, três assumem relevante destaque: a Perspectiva

Modernizadora, a Perspectiva de Reatualização do Conservadorismo e a Perspectiva de

Intenção de Ruptura (NETTO, 2002).

.- a Perspectiva Modernizadora é a primeira tendência

profissional a emergir contra o Serviço Social tradicional. Tendo em vista as próprias

características de desenvolvimento da sociedade, esta perspectiva foi capaz de se

adequar ao governo através de um posicionamento “imparcial” e “neutro”, tipicamente

estrutural-funcionalista. Sua diretriz profissional consistia em adquirir conhecimentos

técnicos capazes de interferir na sociedade, sem que fossem criados confrontos com a

lógica racionalista do governo vigente; ela só apresentou desgaste a partir da segunda

metade dos anos 70, sua principal função era tentar aumentar os níveis de bem estar social .

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