Serviço Social Na área De Educação

UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS

CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

Elenira Alcântara da Silva

Milena de Souza Improta

Serviço Social na Área de Educação

Salvador

2014

UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS

CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

Elenira Alcântara da Silva

Milena de Souza Improta

Serviço Social na Área de Educação

Atividade apresentada como requisito parcial para aprovação na disciplina Serviço Social na Área de Educação do curso de Serviço Social da UNIFACS sob acompanhamento da Prof.ª Gilmara Silva Oliveira e da tutora Prof.ª Miriam dos Santos Ribeiro.

Salvador

2014

INTRODUÇÃO

A finalidade dessa atividade, que foi proposta pela disciplina de Serviço Social na área da Educação, tem como requisito fazer uma visita a uma escola pública da rede pública municipal ou estadual na educação fundamental ou ensino médio, onde o proposito é realizar uma entrevista com um docente, coordenador/a, supervisor/a ou diretor/a da escola para analisar o contexto societário contemporâneo fazendo a relação com o sistema educacional, como também, identificar as demandas sociais que impactam no processo aluno/escola/família.

Fizemos uma visita na Escola Estadual Carneiro Ribeiro, onde tem a sua localização em Mar Grande/Vera Cruz. As séries vão do 6º ao 9º ano (Fundamenta II), os alunos possuem faixa etária entre 12 a 17 anos, com uma estimativa de 960 alunos matriculados.

Um dos colaboradores que nos deu o prazer da entrevista foi João Carlos Pharaoh, que atua na escola como docente na área de ciências há três anos. O professor João nos relatou sobre sua concepção a cerca da escola pública na atualidade enquanto espaço de formação para cidadania, para ele é possível à escola pública contribuir para a formação da cidadania democrática. Porém, ele diz que essa utopia ainda está distante, por causa de diversos fatores que implicam para o seu mau desempenho. “Enquanto não houver a valorização necessária, mostrando que o melhor caminho é a educação para o desenvolvimento humano, não haverá indivíduos críticos e logo fragmentará as questões sobre cidadania”, desabafa o professor. João ressalva que na história do povo brasileiro nunca se falou tanto em cidadania e em direitos humanos como nas últimas décadas. Apontar as lacunas referentes ao tema é fácil, procurar soluções torna-se difícil.

A educação pública enquanto direito social e a sua efetivação segundo João, mediante a realidade que ele vem vivenciado, tem deixado a desejar.

“Posso está sedo infeliz nas minhas narrativas ou não, penso que a escola não está preparada para receber nossos alunos, pois determinada consciência deve ocorrer no primeiro grupo social em que um indivíduo tem contato, que é a família. Se não tem a base, como o mesmo vai chegar a outro espaço social e compreender determinados valores? E a escola também não está preparada para atuar em cima desses alunos, por falta de estrutura tanto física quanto na falta de profissionais capacitados e valorizado”.

Ainda em entrevista com o professor João, buscamos saber sobre o que ele pensa a cerca dos problemas sociais e a interferência que eles apresentam no ensino-aprendizagem dos alunos, pedimos a ele que explanasse para nós a sua visão. “Segundo Vygotsky, o indivíduo é fruto do meio social que ele está inserido. Sendo assim um educando que não tem uma família estruturada, tais dificuldades serão refletidas no espaço escolar, tornando-se agressivo, querendo “descontar” nos outro o que eles sofrem. Muitos que vivem a margem da sociedade acreditam que o refúgio seria a escola, quando entram em contato com ela percebem que a escola não está preparada para recebê-lo. Desiludidos eles começam a se sentir excluídos e passam a buscar na sociedade pessoas ou ambientes que o aceitem, que poderia ser a marginalidade, ou seja, um “lugar” que não exista