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Teoria Crítica E Teoria Culturologica

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Por:   •  6/6/2014  •  1.289 Palavras (6 Páginas)  •  3.254 Visualizações

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Este trabalho tem como objetivo explanar sobre duas teorias muito importantes do século XX que influenciam até hoje os comunicólogos, a Teoria Crítica de Adorno e Horkheimer e a Teoria Culturológica de Edgar Morin.

Na Teoria Critica, os autores seguem os ideais marxistas e fazem crítica em relação à ciência e a cultura. Eles acreditavam que a ciência não era neutra e que ela não existia para explicar o mundo, mas sim para muda-lo. Também criticavam fortemente o capitalismo.

Já na Teoria Culturológica, Edgar Morin fala sobre uma segunda industrialização que seria a dos sonhos, e uma segunda colonização que seria a da alma humana. Também se refere à cultura de massa como uma terceira cultura que se desenvolve juntamente com as outras, e que ela é um corpo de símbolos, imagens e valores que orientam os indivíduos.

Logo, percebe-se que ao tocar nesse assunto, tanto Adorno e Horkheimer quanto Edgar Morin, estabelece parâmetros de conflito entre a arte e a indústria cultural, que podem ser vistos até na nossa era contemporânea.

Como semelhança entre as duas teorias, podemos destacar a transformação da cultura (principalmente a arte) em produtos mercadológicos, ou seja, todas as formas de arte que foram feitas para serem contempladas passaram a ser vendidas e disseminadas pelo mundo.

Também se assemelha o fato da Indústria Cultural nos remete a uma "Segunda Industrialização", que seria a dos sonhos e uma “Segunda Colonização”, que no caso seria a dominação e o controle do espirito das pessoas.

Inclui-se nessas semelhanças também, o fato que a cultura de massa é considerada nas teorias a grande responsável pela propagação dos mitos.

Quanto às diferenças, uma das mais importantes entre as teorias, e que na Teoria Crítica, a cultura de massa é uma coisa repugnante, tanto que eles trocaram o termo cultura de massa por “indústria cultural, para eliminar desde o inicio a interpretação habitual, ou seja, de que se trata de uma cultura que nasce espontaneamente das próprias massas, de uma forma contemporânea da arte popular” (1967, p. 5, citado por MORIN, sec XX, p. 75). Porém Morin afirma que ela é um corpo de simbolos, imagens e valores que orienta os indivíduos. Ela é uma terceira cultura que se desenvolve ao lado da cultura religiosa, humanística e nacional, porém é controlada pelo estado e pela Igreja.

A Teoria Crítica afirma que a Indústria Cultural é um sistema padronizado, organizado e cheio de estereótipos. Porém, a Teoria Culturológica afirma que a Indústria Cultural não inventou a padronização, só transformou arquétipos em estereótipos, e que nela existem dois sistemas: O Estatal, criado para educar e convencer a massa e o Privado, feito com o intuito de entreter e divertir a massa.

Podemos citar também o modo de obtenção de dados das pesquisas. Na Teoria Crítica, as pesquisas são baseadas em efeitos psicológicos. Já na Teoria Culturológica, as pesquisas são baseadas nos valores transmitidos pelos textos midiáticos.

A teoria Crítica, diz que a Indústria Cultural é obra do capitalismo. Porém Edgar Morin afirma que a indústria cultural não é privilégio do capitalismo.

A Teoria crítica por ser inspiradora de reflexões sobre o homem e o mundo, acaba tendo como ponto positivo o exercício do raciocínio dialético, de modo a oferecer sempre à sociedade elementos de crítica, para um questionamento sadio a respeito da reflexão sobre o ser humano e o mundo.

Fazendo uma reflexão ainda sobre os pontos positivos da Teoria Crítica, podemos citar o assunto da visão estrutural, que busca enxergar em um campo além das aparências. Isso fica bem claro quando buscamos explicações sobre as manifestações artísticas na Indústria Cultural, que faz um estudo da obra de arte, tomando uma visão além do significado interior de cada indivíduo e tornando a arte como mais um exemplo da padronização da Indústria Cultural.

A partir do momento que nos deparamos com os pontos negativos da Teoria, tocamos em um assunto extremamente vulnerável às discussões por pontos de vista inversos, que é o pessimismo analítico, algo que conduz a maioria ao rumo da passividade, realçando nos indivíduos a incapacidade de resolução viável dos problemas apresentados, deixando como uma espécie de refém da Indústria Cultural. Analisando ainda os pontos negativos da Teoria Crítica, podemos citar a posição dos teóricos ao criticar a fragmentação da ciência, afirmando que isso iria desvirtuar a compreensão da sociedade deixando todos submissos à razão instrumental.

Para comentar sobre a Teoria Culturológica e discutir sobre os seus pontos positivos, falamos de como ela contribui para enfraquecer as instituições intermediárias (classe social, família, etc...) constituindo um aglomerado de indivíduos, colocando a massa a serviço da “supermáquina social”.

Como ponto negativo da Teoria Culturológica temos a contradição entre as técnicas de padronização e a natureza inovadora do homem, usando de estereótipos do mesmo jeito, afirmando que é preciso inovar (característica de alteração) na forma de apresentação do produto. Ainda como ponto negativo temos o oferecimento pela cultura de massa (de forma fictícia) de tudo aquilo que é suprimido

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