Teoria De Administrativo

Ciências Sociais denominam-se de sociais por se encurvarem sobre as realidades Sociais ou fenômenos da realidade Social. Todas as ciências sociais têm como objetivo uma única realidade social que pode ser estudada mediante variadas abordagens. Tendo em conta este aspecto, cada ciência procurou eleger um conjunto de argumentos teóricos e instrumentos científicos que delimitem o seu campo de estudo. Reconhecemos a existência de uma interdependência entre as Ciências Sociais que resulta muitas vezes que avanços numa determinada disciplina possam ser utilizados noutras disciplinas das ciências sociais. Esta particularidade, durante muitos anos apontados como uma fragilidade das ciências sociais é hoje apontada como uma medida em que a partilha de conhecimentos interdisciplinares pode ser fundamental contribuição para a construção do conhecimento humano.

A realidade social constitui uma unidade impartível e complexa, cuja analise pode ser efetuada segundo perspectivas disciplinares ou olhares científicos diferentes. Partindo da ideia de que os desenvolvimentos socioeconômicos, políticos e teóricos são susceptíveis de ser analisados cientificamente, foi-se constituindo, desde os sécs. XVII, XVIII e XIX, um saber especializado nas ciências sociais, assente na reflexão teórica e na observação retrógada. As ciências sociais confundem-se com o senso comum já que, para além da carência de códigos e instrumentos específicos, todos os indivíduos procuram determinar e racionalizar as suas ações dentro de uma determinada estrutura social, verificando-se assim a dificuldade de eliminar aspectos subjetivos na análise do cientista.

Contrariamente aos fatos físicos, os fatos sociais são sempre interpretados por uma consciência participante do mundo social, o que torna necessário uma análise sociológica das representações coletivas do cotidiano. São comuns interpretações dos fatos sociais atribuírem-se causas físicas ou biológicas, isto é, naturais, a determinados padrões de comportamento. Esta tendência coloca a questão da relação entre a natureza e os diversos contextos sociais do homem. Entretanto, as interpretações naturalistas, que preconizam a evolução da realidade social de acordo com um determinismo biológico, têm sido desmentidas pelas investigações nos domínios da antropologia, sociologia e história, que põem em evidência a importância dos contextos sócio-históricos dos fenômenos.