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Texto Reflexivo Sobre O Texto "O Imaginário Latino-Americano",

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Por:   •  25/10/2014  •  491 Palavras (2 Páginas)  •  698 Visualizações

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Texto reflexivo sobre o texto “O Imaginário Latino-Americano”, de Gabriel L. Santiago

Os Estados nacionais que compõem a América Latina passaram a partir de sua “descoberta” por um processo de colonização exercido por completa dominação por seus “descobridores. Existia nas Américas uma diversidade interna de etnias, matrizes culturais e diversidade evolutiva entre as civilizações. O colonizador não teve a preocupação em conhecer o colonizado e via os conquistados pela sua própria perspectiva. Assim, nivelava todos os habitantes das Américas por baixo: eram todos índios, sem individualidade; apenas faziam parte da natureza, e se eram gente eram passíveis de serem assimilados. Assume então o “fardo do homem branco” – o de civilizar contra a barbárie – baseado num eurocentrismo, onde o que há de melhor em termos culturais e raciais provêm da Europa. Mas não bastava civilizar, tinha também que dominar esses povos, pois tencionava pilhar-lhe as terras, extraindo delas o máximo de riquezas para seus países. A conquista se dá pela guerra e é complementada pela religião (conquista política e espiritual). Teria, então, ocorrido uma sobreposição de culturas? Gruzinski (2001 – PP. 52-54) alerta para que se tenha certa desconfiança desta definição, pois ela pode se apresentar como um conceito ocidental capaz de instalar uma desordem em conjuntos estruturados e tido como autênticos, por uma visão das coisas decorrentes de maneiras de pensar profundamente arraigadas em nosso ser.

A cultura européia tenta sobrepor-se à cultura nativa, mas não consegue completamente, pois tanto o nativo como o africano traficado para as América para ser subjugado encontraram meios de imprimir sua cultura na formação dos povos e identidades latino americanas, formando uma mescla racial, étnica e cultural. No caso do Brasil, por exemplo, com a miscigenação houve contribuição das três raças para formação do povo brasileiro (índio, negro e europeu).

No entanto, a história contada e incorporada pela historiografia é a do vencedor, e talvez esta seja uma das razões pelas quais as sociedades latino-americanas tenham, mesmo após as independências, e até os dias de hoje, incorporado a idéia de que as culturas européias e até norte-americanas são superiores às suas, e são o caminho para o progresso e prosperidade econômica. Exemplos disso estão demonstrados na Belle Époque brasileira (1889-1922) e até a atualidade se apresentam na política, na economia e na cultura.

Ainda cabe às sociedades latino-americanas a formação de uma identidade autêntica, que valorize sua própria cultura, raça, religiosidade; uma independência política e sua autonomia.

Para tanto, faz-se necessário um amadurecimento dos povos. O povo maduro ainda está em formação para o futuro. Existe uma falsa noção de um povo autônomo e atuante, pois este povo, quando participa do processo como ser socialmente atuante, parece agir não para construção do povo do futuro, pois cria mecanismos de estagnação e retrocesso, uma vez que não percebe que subliminarmente é manipulado pelas classes dominantes, e acredita estar exercendo seu supremo direito à cidadania e democracia.

Referência bibliográfica complementar

GRUZINSKI, Serge. O pensamento

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