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Uma Teoria da Justiça

Por:   •  4/9/2019  •  Resenha  •  697 Palavras (3 Páginas)  •  116 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE HUMANIDADES

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DISCIPLINA DE CIÊNCIA POLÍTICA III

MATHEUS TOMAZ DA SILVA Nº 418878

Resenha

        RAWLS, John. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 1997. (Ensino         Superior). Cap. 1

        “Uma Teoria da Justiça”. A priori, John Rawls (1921-2002), filósofo político da Universidade de Harvard, nos propõe no referido texto, uma visão que se coloca em contracorrente à concepção utilitarista do sentido de justiça, agregando-se a uma noção mais abstrata no que consiste a justiça. Na obra de Rawls, são considerados alguns fatores essenciais das discussões políticas na atualidade, como por exemplo, a distribuição de renda, e valores sociais, sendo noções estas, que serão de relevância para a elaboração do referido texto.

        Focando no primeiro capítulo, o autor nos apresenta a justiça a partir da visão de equidade, Evidenciando que, tal estruturação, em sua narrativa, provém, de antemão, da distribuição de direitos sociais, que por sua vez, determinam os privilégios, assim, considerando a visão de Rawls, podemos verificar essa estrutura básica como objeto primário na concepção de justiça desde o começo. A partir dessa premissa, podemos concluir que há, em uma sociedade com distribuição de direitos deveras assimétrica, uma tendência evidente ao favorecimento de uns mais do que para outros, no sentido de justiça.

        A “posição original”, conceito apresentado pelo autor na terceira parte do primeiro capítulo, é baseada nos princípios básicos da teoria do contrato social, mais especificamente, no estado de natureza em si, que previamente propõe uma noção de todos contra todos, mas ao contrário dessa prerrogativa, o autor aqui nos apresenta, de maneira hipotética, o estado de natureza como um exemplo do senso equitativo, princípio básico na caracterização da justiça defendida por John Rawls, pois nesse estado, sequer há uma noção de classe, assim os indivíduos estariam cobertos por um véu de ignorância, não estando nem privilegiados, nem desprivilegiados por uma posição social,  por uma narrativa intelectual, e etc.

        Na justiça a partir da ideia de equidade, há a noção primária de igualdade, havendo uma emancipação de princípios pessoais que venham a interferir no busca por esse senso de justiça. Assim, para finalizar o primeiro capítulo, o autor levanta a narrativa “intuicionista”, que delimitará o viés da justiça à simples busca da simetria pelas ações, ou seja, partindo de uma prerrogativa contemporânea, seria a noção “punitivista”, que por si só, não considera as estruturas de vantagens sociais, apenas busca punir através de uma narrativa utilitarista de justiça, não havendo ideias primas para a construção do “justo”. Desse modo, em uma visão generalista, a justiça no intuicionismo não se constrói a partir de normativas éticas, diferente da equidade. Contudo, não há, em sua narrativa, uma ânsia por abolir completamente o intuicionismo, mas sim a busca por uma moderação na dependência deste.

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