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Uma análise do texto intitulado "Na pratica a teoria é outra"

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Por:   •  26/11/2014  •  Resenha  •  1.692 Palavras (7 Páginas)  •  557 Visualizações

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SANTOS, Claudia Monica dos. Na Pratica a Teoria é Outra? Rio de Janeiro. Ed. Lumen Juris, 2010

O texto intitulado “Na pratica a teoria é outra” da autora Claudia Monica dos Santos, nos traz uma discussão a cerca da relação entre teoria e pratica, instrumentos e técnicas no serviço social utilizando a teoria social de Marx e de outros autores como Engels, Lukács.

Sabemos que a historia é um processo em constante movimento e que ela é repleta de contradições, mudanças e conquistas, é uma realidade que permite ser analisada, questionada visto pois esta em constante transformação.

E a partir das acoes praticas do homens que o conhecimento sobre elas e construido, ou seja, a acao pratica produz o conhecimento teorico, a teoria pode não ser concebida como o conhecimento ou a tentativa de conhecimento sobre as acoes praticas dos homens. A pratica e entendida não como mera atividade da consciência, mas como atividade real, objetiva, material do homem social, que pode ser assim considerado em e pela práxis, ou seja, pelo conhecimento que se tem na teoria.

O texto apresenta como evidencia os princípios que fundamentam suas idéias na vertente materialista histórico – dialético. Materialismo porque parte do pressuposto de que arealidade é anterior ao pensamento, a matéria precede o conceito, ela existe antes de existir um pensamento sobre ela. Dialético porque parte de uma explicação do ser em todas as suas modalidades, como uma totalidade em permanente movimento. Histórico, num duplo sentido: Primeiro porque essa explicação é especifica à sociedade, à historia e a cultura , ou seja, ao ser social; segundo porque toma o objeto como um componente do processo histórico, isto é, os indivíduos são um produto social, a sociedade muda, as idéias mudam.

Na ontologia do ser social desenvolvida por marx, a pratica ocupa lugar central. Pois, o ser social atraves de suas praticas, constroi e modifica a historia bem como ~e construido e modificado por ela por sua vez. Isto não quer dizer, contudo, que a pratica apareca no metodo de Marx como categoria suprema e/ou superior com relacao a teoria.

No materialismo historico-dialetico a teoria e como se fosse um caminho que percorremos ou devemos percorrer para chegarmos a nossa finalidade que e o conhecimento da pratica, o saber profissional. No entanto nos afirma Marx que a pratica não se apresenta como e de fato, sua complexidade e misteriosa

Marx explicita no texto que sua pretensao e conhecer a cosntituicao doconcreto, ou seja, o pensamento e construido a partir da realidade que e o concreto pensado, haja visto que o concreto já existe a mudanca sera tao somente na forma como o pensamento reconstroi e reproduz o objeto. O objeto pode existir sem o sujeito, mas não pode existir conhecimento sem sujeito. Assim, apropriar-se do concreto pelo pensamento e um ato teorico, enquanto o concreto, em si, e um ato pratico que esta vinculado as necessidades e as acoes praticas dos homens, portanto, existe fora do pensamento.

Desta maneira a afirmacao que diz ^na pratica a teoria e outra^ esta errada, uma vez que, se no metodo ao qual a firmacao se refere, diz que, a teoria e outra nada mais e que o conhecimento sobre a pratica, na teoria a pratica só pode ser a mesma, pois ela e o conhecimento da mesma e aquilo que se aprendeu, seu arcabouco teorico. Pratica esta ligada a teoria pela realizacao dialetica que tem entre si de forma que saimos da pratica para buscar fundamentos teoricos e depois retornamos a pratica novamente já conhecendo teoricamente e por fim voltamos a teoria para pensarmos, com base na teoria acumulada, possibilidades de transformacoes no campo pratico. Portanto a teoria não e outra na pratica uma e só continuacao da outra

Santos, propõe em sua obra fazer uma análise do discurso corrente entre a categoria de profissionais de Serviço Social o qual afirma: "na prática a teoria é outra!" A autora irá mostrar os equívocos existentes nesta afirmação no primeiro capítulo, nas subseções 1.1 e 1.2; para tanto lança mão da concepção de Teoria e Prática no materialismo-histórico dialético de Marx, método de análise hegemônico no Serviço Social.

Buscarei neste trabalho refletir, à luz das subseções supramencionadas da obra Santos, como aparecem Teoria e Prática no materialismo-histórico dialético, bem como demonstrar a relação dialética existente entre essas duas categorias.

Para empreender tal análise é necessário, a priori, que tenhamos claro por que o materialismo-histórico dialético é assim chamado. A teoria de Marx se afirma primeiro como materialista por que se contrapõe ao idealismo de Hegel ao afirmar que, a matéria existe antes mesmo de existir o conhecimento sobre ela, ou seja, o material antecede o ideal; segundo como histórica, por que a análise feita por este método nos diz que, o Ser social constrói e é construído pelo processo histórico, portanto, devemos analisar a realidade a partir das determinações históricas (em movimento), de cada época, sociedade e cultura ali existente; por último dialético por que compreende o Ser enquanto produto e produtor de múltiplas determinações e ou complexos que formam uma totalidade maior, sendo que o conhecimento sobre esta só se efetiva ao apreendemos esta totalidade em seu constante movimento.

Esclarecidos tais pontos, temos agora claro que, segundo o materialismo-histórico dialético a matéria se nos apresenta como produto da ação prática dos homens no seu movimento histórico de produtor e produto da realidade, este homem (Ser social) só será compreendido- e, portanto suas ações práticas, só serão compreendidas- tendo em vista as determinações existentes no processo histórico no qual ele está inserido. Para tanto precisamos apreender estas determinações para a partir daí compreender a totalidade que o forma. Passaremos então para a discussão que mais nos interessa: Como o materialismo-histórico dialético compreende teoria e prática?

Na Ontologia do Ser social desenvolvida por Marx, a prática ocupa lugar central. Pois, o Ser social através de suas práticas, constrói e modifica a história bem como é construído e modificado por ela. Isto não quer dizer, contudo, que a prática apareça no método de Marx como categoria suprema e/ou superior com relação à teoria, pois como iremos observar no decorrer deste trabalho teoria e prática não podem se dissociar, por existir entre elas uma relação dialética.

É a partir das ações práticas dos homes que o conhecimento sobre elas

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