Ética No Trabalho Do Contador

RESUMO

Retrato da importância da contabilidade para a organização e gestão empresarial. Contabilidade e administração caminhando juntas, em nome da gestão inteligente e organizada, auxiliando no conhecimento da empresa por seus gestores.

Palavras-chave: Contabilidade, ética, trabalho.

 

INTRODUÇÃO

Este trabalho pretende demonstrar um comparativo entre o profissional contábil e uma empresa comercial, entre o administrador e o contador, de uma forma mais direta. E por meio de tal análise, traçar tanto a visão profissional no que tange a praticidade da contabilidade no seu ramo, quanto na área comercial.

Também será abordada a necessidade, óbvia até, da prática profissional de uma forma ética e respeitosa.

Observamos que nos dias atuais, num mundo altamente competitivo, os administradores das empresas precisam, cada vez mais, buscar o maior número possível de informação tanto para uma tomada de decisão quanto para economia de tributos e melhor aproveitamento de suas receitas, tais como investimentos em novos produtos, cálculos de custos, enfim: qualquer que seja a decisão, quanto mais informações ele dispuser, melhor.

Uma das fontes primárias para a tomada de decisão e controle nas empresas é a informação gerencial contábil. Sistemas gerenciais contábeis produzem informações que ajudam funcionários, gerentes e executivos a tomar as melhores decisões e aperfeiçoar os processos e desempenhos de suas empresas.

O presente estudo mostra a importância da Contabilidade Gerencial na tomada de decisão dentro das empresas. A problemática estabelecida para esta pesquisa de grupo foi voltada em verificar o trabalho de um contador na sua primordial função e a de um administrador em gerenciar sua empresa.

1. A Contabilidade na Gestão Empresarial

A contabilidade é, para muitos empresários totalmente despreocupados com a área econômico-financeira, somente necessária para atender às exigências fiscais e atribuições semelhantes. Especialmente os proprietários de empresas de pequeno porte, que o Imposto de Renda dispensa da prática da Contabilidade, estão pouco interessados em fazer, conhecer e analisar relatórios contábeis, esquecendo-se das vantagens possíveis.

No entanto, enfrentando pressões rotineiras e, como não poderia deixar de ser, vendo-se diante de sérias dificuldades no gerenciamento de sua empresa, o empresário se pergunta o que deveria fazer para manter sua empresa em ordem, como também fazer com que dê lucro e cresça saudável.

Hoje, numa economia cuja estabilidade monetária se faz presente, em que a margem de lucro foi sensivelmente reduzida, as empresas necessitam mais do que nunca de uma boa administração. Aos poucos, muito lentamente, os empresários estão percebendo que, sem controle, não há saúde financeira e que os relatórios necessários ao processo decisório, são fornecidos pela Contabilidade. Sem ela, não há dados, sem dados não se pode elaborar relatórios e sem eles a interpretação da situação da empresa não é possível, o que impede uma tomada de decisão coerente e sustentada.

Subdividimos, de acordo com Marion , a contabilidade em três peças:

a) Contabilidade Financeira: A contabilidade geral, necessária, “obrigatória” a todas as empresas. Fornece informações básicas e extremamente úteis aos seus usuários e é obrigatória para finalidades fiscais.

b) Contabilidade de Custos/Gastos: Volta-se ao cálculo e interpretação dos custos/despesas dos bens fabricados ou comercializados, ou dos serviços prestados a empresa.

c) Contabilidade Gerencial: Voltada para fins internos, tenta suprir os déficits de um elenco maior de informações, exclusivamente para tomada de decisões importantes para o universo da empresa.

A falta de visão da Contabilidade Gerencial como importante ferramenta de gestão tem levado muitas empresas a enfrentar dificuldades em sua gestão, sua organização, sejam dificuldades econômicas, de controle, que poderiam ser minimizadas, se não totalmente controladas. Percebendo a Contabilidade Gerencial como grande aliada e empregando-a corretamente, torna-se possível planejar, programar ações, manter ou alterar a posição da empresa no mercado – ou mesmo projetá-la, alterar seus rumos, fazer ajustes, enfim, geri-la da melhor forma para que o sucesso seja o seu resultado mais certo e óbvio.

Observa-se com grande frequência que várias empresas, principalmente as pequenas e médias, têm falido ou graves problemas de sobrevivência e manutenção. A desorganização gera empresários que criticam a carga tributária, os encargos sociais, a falta de recursos, os juros altos, etc., fatores esses que, sem dúvida, contribuem para fragilizar a empresa. Porém, indo a fundo à construção deste texto e na observação desta realidade, descobre-se que, muitas vezes, o grande problema não repousa naquelas críticas, mas na má gerência, na má utilização ou mesmo a não utilização dos recursos possíveis, nas decisões tomadas sem respaldo, sem dados confiáveis. Por fim, observa-se nestes casos uma contabilidade irreal (ou mesmo sua inexistência), distorcida, em consequência de sua má elaboração, única e exclusivamente para atender as exigências fiscais.

2. Ética na profissão do contador

Comportamento ético envolve, aparentemente, escolher ações que são “corretas”, “honestas” e “justas”, de acordo com o que é assim considerado comumente. Ética é a ideia/ideal de compromisso, dentro de um contexto que define a interação social de direitos e deveres, compromissos e comprometimentos. É a possibilidade de reprovação por algo que possa ou não acontecer de acordo com o que se considera aceitável.

Está definido, o código de ética profissional da categoria contábil, na Resolução CFC (Conselho Federal de Contabilidade) n. º 803 de 10/10/1996, e estabelece os deveres e sanções da categoria no trabalho que desenvolve. Os profissionais, de acordo com tal documento, devem exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os