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A Negação do Brasil

Por:   •  17/10/2015  •  Resenha  •  867 Palavras (4 Páginas)  •  2.374 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA[pic 1]

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV

COMUNICAÇÃO SOCIAL /RÁDIO E TV

DAIANE OLIVEIRA DA SILVA

IANKA DE OLIVEIRA SANTOS

LARISSA ARAUJO AMORIM

Resumo e Resenha Crítica do documentário:

 ‘’A Negação do Brasil’’.

Conceição do Coité

2014

DAIANE OLIVEIRA DA SILVA

IANKA DE OLIVEIRA SANTOS

LARISSA ARAUJO AMORIM

Resenha Crítica e Resumo

Resenha Crítica apresentado à disciplina Produção de Textos I, Curso Comunicação Social, com habilitação em Rádio e TV, UNEB/ Campus XIV, sob a orientação do professor Marcos Botelho, como requisito parcial para aprovação no semestre de 2015.1.

        

Conceição do Coité[pic 2]

2014[pic 3]

 ARAÚJO, Joel Zito.  A Negação do Brasil: O negro na telenovela brasileira. São Paulo: Senac, 2000.

O documentário ‘’A negação do Brasil’’ do autor Joel Zito Araujo, cineasta, diretor, roteirista, doutor em ciências pela ECA – USP, surgiu pois o autor não se via retratado desde a sua infância nas telenovelas brasileiras, neste documentário ele aborda a forma com que o negro é representado através de estereótipos , demonstrados como a figura da mãe gorda e gentil, escravos, empregadas mentirosas e fofoqueiras, motoristas, seguranças, porteiros entre outros. O documentário possui duas narrações, uma na primeira pessoa onde o autor é um narrador personagem mostrando a sua visão sobre o assunto e outra na terceira pessoa narrada pelo ator João Acaibe. Vários exemplos são citados . inicia-se com o vídeo de Isaura Bruno, atriz de o Direito de Nascer que interpretava uma mama e foi bastante aclamado pelos telespectadores, alcançando um dos poucos momentos de reconhecimento do trabalho dos atores negros, uma vez que a mesma atriz terminou a vida vendendo doces e como uma desconhecida. A partir daí vieram novelas com papéis secundários para negros. Como Beto Rockfeller na qual só existia um ator negro no papel de um mordomo. Em a Cabana do Pai Tomaz e A Escrava Isaura, mesmo com vários atores atuando, na primeira novela, como protagonista teve um branco pintado de preto e na segunda uma escrava branca, o que gerou mal estar entre os atores, já que existiam bons representantes da classe para atuar nestes papéis. Como exemplo temos a atriz Zezé Mota.

Em Gabriela a protagonista Sonia Braga um mestiça, atuou como uma mulata contada nos livro de Jorge Amado. Todos esses fatos demonstram o preconceito racial e a carência de representatividade da raça negra nas telenovelas, em um país onde a grande maioria da população é composta por negros, por isso a importância de passar esta análise para o público.

Palavras chave: Telenovela. Negro. Brasil.

Resenha Crítica

Segundo o documentário, a maioria dos atores negros que integraram o elenco das telenovelas e que buscaram ser fiel a realidade do Brasil, tiveram que interpretar os estereótipos clássicos sobre o negro como a mãe preta, os jagunços, escravos, empregadas, crianças negras abandonadas, filhos adotivos de alma branca e o fiel guarda costas, que nos fazem refletir sobre a discriminação e o preconceito com a representação dos personagens negros, fazendo com que os papéis de atuação fossem de pessoas com inferioridade cultural e social. Isto reflete não só o preconceito dentro da mídia como também o existente na audiência e no país como um todo. Na novela Corpo a corpo, o ator Marcos Paulo e a atriz Zezé Mota faziam par romântico e a reação dos telespectadores foi absurdamente de cunho racista, a não aceitação de um relacionamento inter-racial demonstra que o que é retratado nas telenovelas é muito semelhante a realidade fora delas. Na novela Pátria Minha o personagem de Antônio Fagundes acusa o seu funcionário negro de tê-lo roubado, na ocasião o referido personagem não esboça reação a acusação, fica acuado e humilhado, está cena teve fortes criticas em âmbito nacional, além de um processo judicial partindo do movimento SOS racismo de São Paulo, pois discutiu-se como uma forma de submissão ao preconceito.
Como reparação posteriormente, foi ao ar a cena em que a personagem Zilá dá concelhos ao personagem Kenedy, onde o seu discurso diz que o negro não deve se importar e nem se deixar influenciar com o preconceito, pois ele ocorre realmente, porém o mundo está mudando e o racismo um dia vai desaparecer. Este discurso não reparou os danos causados pela cena, que pregou o comodismo mais uma vez, e a aceitação de humilhação, em momento nenhum incentivou a luta pela igualdade de direitos. Perante o conteúdo abordado no documentário, percebemos que o Brasil nunca foi um paraíso da democracia racial, pois existe o preconceito disfarçado em telenovelas como exemplo aquelas baseadas em obras literárias onde os personagens principais são negros, os mesmos são substituídos por personagens brancos ou mestiços em função da facilidade de aceitação do público televisivo. Com o passar do tempo foi se modificando sutilmente a representatividade do negro na TV,isto se deu em função de a audiência passar a ser comandada por negros de classe baixa. Com o desenvolvimento do país e o poder de compra do brasileiro, passou –se a ter televisão em quase todas as residências, obrigando os autores e diretores que modificassem esta perspectiva,  porém ainda vem carregado de rótulos. O negro jogador de futebol, a mulata passista de escola de samba, a representação das favelas como locais onde há confusão, baixaria, violência entre outros.

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