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A Teoria da Comunicação

Por:   •  12/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  434 Visualizações

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FAPSP - FACULDADE COMUNICAÇÃO

CATIA DE SOUZA LIMA RGM - 14368

TEORIA DA COMUNICAÇÃO II

Herbert Marshall McLuhan

SÃO PAULO

2015

Herbert Marshall McLuhan

McLuhan (1911-1980) foi, certamente, um dos mais importantes pensadores do século XX. Teórico da comunicação, polêmico inovador, educador canadense criador de ideias que provocaram a sociedade da época até os dias de hoje. Ficou mundialmente conhecido e adquiriu respeito internacional com ideias que têm estimulado milhares de artistas, intelectuais e jornalistas, em todo o mundo, sendo reconhecido como “Uma das principais influências intelectuais do nosso tempo”.

Teve sua obra traduzida para diversos idiomas e trouxe definitivamente para a pesquisa em Comunicação a preocupação com os meios. Em 1964 publicou um livro chamado Understanding Media, que em português recebeu o título de ‘Os meios de comunicação como extensões do homem’, onde expõe suas teses sobre o conhecimento e a tecnologia. Utiliza exemplos simples, fala dos óculos como extensão dos olhos, a roupa da pele e a roda extensão do pé. Toda mídia, é uma extensão do homem e isso causa uma profunda e duradoura mudança nele e transforma seu ambiente.

Ao se referir a “Aldeia Global”, dizia simplesmente que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o mundo à mesma condição que ocorria em uma aldeia, ou seja, a possibilidade de cada indivíduo se comunicar diretamente com outros.

Defendia que a partir da chegada e desenvolvimento tecnológico dos novos meios de comunicação, como o telefone, a televisão, o mundo se interligaria num todo, criando uma aproximação entre eles como se de fato estivessem numa aldeia totalmente conectada.

Esse conceito ‘batia de frente’ com as afirmações de teóricos e críticos da época que rebatiam como sendo um conceito filosófico e imaginário do que real, pois o mundo estaria longe de viver numa aldeia, muito menos global.

Mc Luhan foi um visionário, autor de ideias muito além da sua geração, décadas à frente, seu olhar era futurista e já pensava numa rede mundial de ordenadores, que tornaria acessível, em alguns minutos, quaisquer tipos de informação aos estudantes do mundo inteiro. Hoje isso é perfeitamente normal, mas quando dizia parecia loucura diante do mundo.

Ele afirmava que os meios não são neutros, porque determinam os conteúdos das mensagens, onde influenciam as práticas sociais e culturais. Luhan faz uso das expressões meio quente, e meio frio para distinguir as mídias de acordo com a exigência das pessoas que as consomem.

O meio quente é o que prolonga um único de nossos sentidos em alta definição, ou seja, oferece grande quantidade de elementos, independente de qual sentido essas informações apelarão. No rádio, a qualidade de transmissão permite a nossos ouvidos absorver toda a mensagem, evitando assim a compreensão da mensagem diferentemente do significado mostrado pelo emissor.

Nesse meio, não existem buracos a serem preenchidas pelo receptor, todos devem ser eliminadas pelo próprio emissor, a fim de acabar com presumíveis e não desejados significados.

Meios frios são os que oferecem uma quantidade menor de dados, dessa maneira, exigem que a audiência preencha a informação com aquilo que ela imagina; causam certo retraimento interior e uma necessidade maior de complementação da mensagem que está sendo passada – a internet, sob a ótica do autor, seria um ótimo exemplo de meio frio.

Baseado em suas teorias sobre comunicação, o autor também trouxe uma nova visão para a educação, ele diz que “Em nossas cidades, a maior parte da aprendizagem ocorre fora da sala de aula. A quantidade de informações transmitidas pela imprensa excede, de longe, a quantidade de informações transmitidas pela instrução e textos escolares”, explica McLuhan.

Para ele, mais do que a matéria extraída de livros, o ponto de partida para a educação é a vontade do aluno em aprender. “A educação escolar tradicional suscita em nós o desgosto por qualquer atividade humana”, completa; “os defeitos da escola tradicional é preferir criticar a mídia ao invés de usá-la como aliada à educação”.

Sua obra foi dividida em três fases: a ambiguidade, silêncio e apropriação. McLuhan chega ao Brasil, após o golpe militar de 1964, que perduraram dezenove anos. Os pesquisadores perseguidos e exilados atribuíram esforços, para desvendar a manipulação que os meios de Comunicação e suas mensagens poderiam causar.

Como em outros países, sua obra também provocou divisão no Brasil. As publicações das suas obras aconteceram justamente nessa década marcada por repressão e perseguição. O acolhimento do pensamento mcluhaniano no Brasil refletiu no movimento político do momento.

Por conseguinte, a primeira fase que introduz a chegada do trabalho do pesquisador no Brasil, foi marcada por uma forte ambiguidade que dividiu os autores da área, pois causaram muita polêmica. O autor foi visto, por muitos teóricos brasileiros, como sendo conservador e reacionário, já que tinha como preocupação a questão tecnológica. Esses autores apontavam e criticavam o caráter determinista da produção do autor e se ressentiam da ausência de um posicionamento político.  

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