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Crítica Midiática do filme Por Lugares Incríveis

Por:   •  24/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.304 Palavras (6 Páginas)  •  202 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Crítica midiática sobre o filme “Por lugares incríveis”

Oficina de leitura e escrita

Alunos: Nathalia Celeste

Belo Horizonte, 04 de março de 2020

Por lugares incríveis, mais uma adaptação que decepcionou!

Novo filme da Netflix, que conta com Elle Fanning (Violet Markey) e Justice Smith (Theodore Fitch) como seus protagonistas foi baseado no livro “Por lugares incríveis” da Jennifer Niven. No começo do filme conhecemos Violet, que é uma garota que acabou de perder a irmã em um terrível acidente de carro e Theodore Fitch que é um garoto com distúrbios mentais e visto como estranho pelas pessoas da escola. Com esse contexto Theodore acaba se aproximando da Violet, a história do filme se segue a partir do momento em que os dois tem que fazer um trabalho escolar, onde eles devem conhecer e visitar os lugares mais incríveis de Indiana, estado americano que os dois moram. Com o desenvolvimento desse trabalho os dois começam a se aproximar e conhecer mais o outro e então começam a se abrir lentamente e começam a entender algumas questões intimas sobre eles fazendo então que eles construam um relacionamento.

 Fitch é um garoto em que no início do filme acreditamos ser uma pessoa para cima, mesmo sendo tachado como estranho não conseguimos identificar de fato o que ele realmente tem de estranho, mas mesmo assim a principal visão que temos dele é de um cara que está fazendo de tudo para impressionar a Violet e tira-la da zona de conforto que ela entrou desde a morte da irmã. A história começa a ficar interessante quando percebemos que todo esse desenrolar começa a curar a Violet na mesma proporção que afunda Fitch em sentimentos que nem imaginávamos, algo muito mais complexo do que Violet estava passando.

O livro é muito profundo e pega muito firme nesses assuntos, como distúrbios mentais, psicológicos e suicídio. Enfim, o livro é sim para entreter, mas não é nada divertido, na verdade é algo muito pesado e discutível. E foi nesse ponto que a Netflix pecou, pois nessa adaptação podemos perceber uma suavização dessas temáticas, nada é falado tão abertamente como no livro. Entendo a dificuldade e a problemática de trazer todo esse tema que é repleto de tabus do livro para o filme, mas essa suavização desconfigurou os personagens, principalmente o Fitch, que no livro é extremamente expansivo, animado, empolgado, engajado nas coisas que está fazendo e ao mesmo tempo tem os “humores” que no filme nos deixa com uma sensação de que é apenas um dia ruim ou uma tristeza boba e momentânea, o que foi uma maneira muito ruim de expressar essas questões do Fitch. Afinal, ele é um personagem muito complexo e dentro do livro ele é muito mais interessante do que a Violet. Porque enquanto Violet é uma pessoa que está em um momento difícil, mas à medida que vai superando essa perda começa a crescer dentro do livro vemos que o gancho da história do Fitch é muito maior. O livro mesmo nos faz demorar a perceber o que realmente está acontecendo de errado com ele e aí o erro na adaptação se mostrou mais forte. Deixar as coisas suaves demais mudou a forma que o personagem do Fitch é apresentado, colocando seus distúrbios e crises apenas como uma mudança de humor, sendo que no livro nós temos um Fitch com transtorno de bipolaridade, que é um assunto muito sério e que nunca é retratado de forma séria em filmes ou séries.  O filme deixa isso subjetivo demais, não fica claro que o Fitch tem de fato um transtorno. E isso me transmite que as pessoas que não leram o livro e apenas assistiram ao filme não vão entender de fato quem é o Fitch e como é seu personagem, na tela ele é um personagem que não faz sentido. Ele é um garoto que está lá, nós entendemos que ele tem traumas do passado, que ele tem uma relação extremamente difícil com a sua família, mas tudo isso fica extremamente subjetivo e isso fez com que no filme esse personagem que no livro era de extrema importância perdesse toda sua profundidade.   A adaptação ficou muito rasa, principalmente o personagem dele, que era o personagem mais complexo, mais profunda e mais difícil de se colocar ali. É claro que a gente tem um momento que é de extrema importância em que a gente vê uma pessoa que tem um transtorno e que vai ajudar outra pessoa que não tem o transtorno, mas que está passando por uma situação difícil superar essa situação. É claro que a Violet tinha pensamentos suicidas em determinado momento, mas então ela vê uma luz no fim do túnel para vida dela, e aos poucos vai conquistando esse espaço no mundo e vai percebendo que ela quer viver, que ela quer ter aquelas experiências.

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