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O Ensino do interesse público na formação de jornalistas

Por:   •  14/5/2018  •  Artigo  •  1.352 Palavras (6 Páginas)  •  107 Visualizações

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Blog da Agência Júnior Focas do Araguaia – FocAia: uma experiência multimídia

Henrique Silva Dias1, Alfredo José Lopes Costa 2

(1) Bolsista voluntário da Agência Júnior de Jornalismo Focas do Araguaia; aluno 8º. Semestre do curso de Jornalismo, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Campus Universitário do Araguaia, Universidade Federal de Mato Grosso; henriqueqt@gmail.com.

(2) Prof. MSc. Alfredo José Lopes Costa, Jornalista, orientador do trabalho; coordenador do Projeto de Extensão “Agência Júnior de Jornalismo Focas do Araguaia - FocAia”, professor assistente, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Campus Universitário do Araguaia, Universidade Federal de Mato Grosso; alfredo.costa@gmail.com.

1 Introdução

No ano de 2014, o projeto de extensão “Agência Júnior de Jornalismo Focas do Araguaia – FocAia” teve como foco principal estreitar a relação dos estudantes do 3º semestre de Jornalismo do Campus Araguaia com as ferramentas tecnológicas e com narrativa jornalística multimídia e, com isso, se familiarizarem com a “cultura da convergência”.

2 Material e Métodos

Uma vez que, neste semestre, o projeto “FocAia” não conta com bolsistas remunerados, a ideia inicial da manutenção do blog jornalístico foi de que os conteúdos fossem alimentados com base em textos produzidos na disciplina Webjornalismo. Além de manter sua linha editorial, indicando links e divulgando informações úteis para profissionais, professores, estudantes, pesquisadores e simpatizantes de Jornalismo, Comunicação e áreas afins, o blog coletivo mostrou-se o instrumento mais adequado para servir de canal de experimentação das atividades de iniciação à prática do webjornalismo, abrigando a produção de material textual, visual e/ou audiovisual dos alunos da disciplina.

Antes de iniciar a parte prática propriamente dita, verificou-se que o nível de conhecimento de informática, internet, redes sociais e blogs era bem variado – enquanto alguns eram neófitos, outros já mantinham blogs e twitter, como diário pessoal. A turma foi estimulada a trocar experiências e a criar seus próprios blogs individuais de orientação jornalística e estimulada a utilizar recursos multimídia. O modelo do blog FocAia foi utilizado na orientação, passo a passo, de como desenvolver um blog. Os trabalhos bem-sucedidos foram reblogados no blog coletivo da turma.

A aluna Giovanna Rosti publicou matéria intitulada “Cultura Hippie: da Califórnia a Barra do Garças”, em que utilizou texto, áudio e vídeo como recursos tecnológicos.

Na seleção dos conteúdos reproduzidos no FocAia, além da adequada utilização de recursos multimídia, como imagens, infográficos, arquivos de áudio e vídeo, hiperlinks, entre outros, o material era avaliado considerando-se critérios de atualização contínua, fidelização ao tema proposto no blog individual, pertinência e consistência das postagens, opinião, disponibilização de links e comentários de usuários visitantes.

O professor, ao revisar o blog coletivo, fazia os ajustes para o meio digital e dava o respectivo feedback ao aluno, que assim podia promover a adequação do texto em seu blog. Com o tempo, reduziu-se a necessidade de ajustes, com a melhora da qualidade dos textos para o meio digital

A aluna Juliana Santana criou página no Facebook para divulgar seu blog individual “Foca na Polêmica”.

3 Resultado e discussão

Enfatizou-se aos alunos que a principal ferramenta que possibilitou o nascimento do jornal digital foi o hipertexto que, ao conjugar texto, imagem e vídeo, permite ao usuário acessar dados de maneira não–linear. Na opinião de Lévy (1999), o autor, ao elaborar um hipertexto, na verdade, constrói uma matriz de textos potenciais, que podem ser combinados entre si, pelo leitor, como uma leitura particular dentre as inúmeras alternativas possíveis. O leitor, portanto, participa ativamente da redação e edição do que lê, conectando uma infinidade de documentos, como se estivesse criando um novo documento hipertexto a partir dessas associações. O conhecimento não precisa mais estar preso a uma página impressa: todos os tipos de acessos cruzados entre documentos são autorizados, com o hipertexto, toda leitura é uma escrita potencial.

Com a incorporação de sons e imagens aos textos, a escrita hipertextual exige habilidades adicionais de seus autores. Além da hipertextualidade, características como a interatividade e multimidialidade também são típicas do ciberespaço, e são exploradas por sites jornalísticos.

A familiarização com os blogs também foi enfatizada, pois, com esses instrumentos digitais, “informações estão sendo criadas e obtidas de uma gama diversificada de fontes, mas são espalhadas por centenas de sites diferentes", como descreve Steven Johnson, um dos pioneiros da internet.

Na Internet, munido de celular e câmera digital, o repórter transforma-se em unidade geradora de texto e imagem, de modo que o receptor receba não apenas o cenário dos fatos, mas o texto com dados, números, detalhes, entre outras informações, explicando o que se passa. A Internet vai além da TV quando une texto e imagem, transmissão ao vivo com reportagem impressa. Ferrari (2004, p. 4p. 48) diz que os jornalistas on-line precisam sempre pensar em elementos diferentes e em como eles podem ser complementados: “procurar palavras para certas imagens, recursos de áudio e vídeo para frases, dados que poderão virar recursos interativos e assim por diante”.

Alec Duarte recomenda que quem tiver habilidade para fotografar, gravar áudio, filmar, narrar ao vivo, tuitar, enfim, tiver condições de abraçar todas essas mídias ao mesmo tempo, tem obrigação de fazê-lo. Os ciberjornalistas

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