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O Movimento LGBT

Por:   •  4/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.447 Palavras (18 Páginas)  •  671 Visualizações

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Introdução

Este trabalho aborda a história e lutas do movimento LGBT no Brasil, suas reivindicações, conquistas e problemáticas sociais, pautadas em conceitos apresentados nas aulas de “estudos sociológicos”. O movimento é rico em diversidade e amplitude ideológica mundial, as questões sociais adentradas nele partem da distinção de identidade de gênero e sexualidade, conceitos que andam juntos, mas, possuem significados diferentes. A categorização “homossexual” e suas vertentes de gêneros são termos recentes nas sociedades ocidentais. Michel Foucault, filósofo francês, diz que a adoção desse termo, fez parte de um movimento para a criação de categorias e espécies ligadas a comportamentos sexuais, principalmente influenciados pelo discurso médico e psicológico do século XIX. Focault prossegue dizendo que: “segundo a literatura, a própria criação da categoria "homossexual" e sua associação à ideia de patologia estariam ligadas a uma estratégia política de dissociar a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo da ideia de crime ou fragilidade moral”.

Movimento LGBT

[pic 1]

Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

  1. Bandeira

A bandeira LGBT, foi criada pelo artista plástico Gilbert Baker, em 1977. Ela é composta por linhas horizontais de oito cores iniciais, predominando depois  somente seis, semelhantes  ao arco-íris. Cada cor representa um significado e, juntas, formam a diversidade do ser humano em todos os seus aspectos. Ela é referência cultural mundial, além de ser uma marca forte de reconhecimento que impulsionou o movimento a quebrar barreiras e promover o orgulho em campanhas feitas por ONGs e pelas paradas festivas.

Segue aqui o significado das seis cores definitivas:

Roxo: Significa o espírito, o desejo de vontade e força.

Azul: Significa as artes e o amor pelo artístico.

Verde: Simboliza a natureza e o amor pela mesma.

Amarelo: Simboliza o sol, a luz e a claridade da vida.

Laranja: Simboliza a cura e o poder.

Vermelho: Significa o fogo, a vivacidade.

  • Nascimento:

O movimento LGBT Brasileiro nasce no final dos anos 1970, predominante formado por homens homossexuais. Logo após os primeiros anos, as lésbicas começam a se afirmar como sujeito civil relativamente autônomo, nos anos 1990 travestis e transexuais começam a participar de modo mais preservado.  Em 1995, nasce à fundação da primeira e maior rede de organização LGBT brasileiras, a ABLGT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e travestis). Já nos inicio dos anos 2000 são os e as bissexuais que se a cobrar o reconhecimento do movimento. O movimento sofreu grande repreensão na ditadura militar e só conseguiu ganhar a atenção da imprensa e dos outros meios de comunicação dos anos 90 para cá.  A luta é imensa, e o um dos aspectos mais revoltantes, é que a reivindicação por uma dos direitos mais óbvios, ainda é pauta de discussão no legislativo, que é a criminalização da homofobia, assim como o racismo. Não deveria haver essa discussão em pleno século XXI, mas infelizmente a nossa “democracia” ainda é pautada por dogmas ideológicos que não asseguram a todos.

  1. Reivindicações: direitos humanos e civis plenos.

Desde 1930, o homossexualismo não é mais considerado um crime. A partir dessa época seus históricos têm mudado, mesmo que dificultado a cada década, eles tem conquistado seus reconhecimentos civis e começaram a viver com mais atenção. Saíram da margem da sociedade para expor sua dignidade de cidadania em  acirradas discussões sociais, que vão desde o âmbito familiar e  universitário ao parlamento.  

Os atos de reivindicações mais exigidos nas manifestações são esses:

Casamento: O casamento igualitário, entre duas pessoas do mesmo sexo, no Brasil está na Câmara dos deputados do Projeto de lei n° 1151 de 1995, a lei que foi aprovada na comissão até hoje é aguarda pelo movimento, uma votação no plenário.

Reconhecimento para mudanças de sexo: O reconhecimento jurídico e custeio para essa mudança já tem sido reconhecida em várias partes do Brasil, como em São Paulo, Distrito Federal, Goiás e Pernambuco, essa possibilidade são para pessoal que desejam mudar de sexo e mudar nome de nascimento perante a lei. Essa uma mudança é autorizada legalmente entre a justiça. A federação Brasileira obrigou o SUS (Sistema Único de saúde) a custear as operações de mudança de sexo. Hoje no Brasil já se torna um pouco mais acessível essa mudança, porém o preconceito em torno dela é fortemente violentado em agressões diárias a essas pessoas.

Adoção: Hoje não há previsões para adoção por causais homossexuais, porem a câmara de deputados já promoveu alterações na lei no ano de 2008. Há, contudo decisões judiciais permitindo a doações por casais homossexuais.

 Direitos iguais e respeito: Apesar das novas tecnologias invadindo o novo mundo em pleno século XXI, ainda há muitas descriminações e preconceitos com essas pessoas que participam do movimento. O movimento pede por menos preconceito e discriminações por parte da sociedade, e uma lei para esses indivíduos que praticam essas ações. Por fim, a variados pedidos e reivindicações pelo movimento hoje, algumas já estão aprovadas perante a lei, outras estão sendo aguardadas burocraticamente pelo movimento, que cautelosamente esperam ser aprovados pelos judiciais e pela câmara de deputados.

  1. Aonde e quando acontece o movimento.

O movimento em si não tem uma data específica de início, a 19° Parada do orgulho LGBT, esse ano, será no dia 07 de junho de 2015. O movimento aqui em São Paulo, normalmente tem a concentração no vão do MASP, às 10h caminhando da Avenida Paulista, para a Consolação até a Praça Franklin Delano Roosevelt, onde seguem para a Avenida Ipiranga onde o ocorre o show de encerramento às 20h. O movimento está presente em todo território brasileiro e ocorre nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Paraná, Alagoas, Paraná, Pará, Distrito Federal, Maranhão, Sergipe, Amapá, Pernambuco, Paraíba, Roraima, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Goiás. O público médio chega a 1,5 milhão de pessoas, e o seu recorde foi em 2007 onde 3,5 milhões de manifestantes e apoiadores do movimento foram para a rua. 

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