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OS EFEITOS DA MASSA

Por:   •  14/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.636 Palavras (7 Páginas)  •  151 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED

CURSO DE JORNALISMO

 

 

JULIA ELOIZA SOARES BARDUCO

 

 

 

TÍTULO AQUI

 

Resenha apresentada como exigência parcial para aprovação na disciplina Teorias da Comunicação I do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia.

 

 

 

 

 

 

UBERLÂNDIA – 2019


TITULOOOO

BLUMER, Herbert. A massa, o público e a opinião pública. In: COHN, Gabriel. Comunicação e Indústria Cultural. São Paulo: T. A. Queiroz. 1987.

O texto de Herbert Blumer é apresentado como parte integrante do livro Comunicação e Indústria Cultural de Gabriel Cohn, esse tem por intuito reunir textos como “A massa, o público e a opinião pública”, que abordam aquilo que estava sendo estudado sobre comunicação na sociedade de massas, oferecendo uma visão geral do assunto para seus leitores. Blumer disserta, como exemplificado no título de sua dissertação, aqueles conceitos já citados e que serão discutidos adiante nesta resenha.

Dividindo suas nove páginas em dezesseis seções, o texto assemelha-se à um glossário, apresentando em seus subtítulos termos e explicando seus respectivos significados e aspectos nos parágrafos que os sucedem de forma objetiva e suscinta.   Por exemplo, ao falar de público, o autor apresenta as características e comportamentos de tal e compara este conceito com outros também apresentados no texto, como massa e sociedade. Mesmo com tantas divisões, ainda é possível observar que o artigo se ocupa com análises profundas, porém didáticas, a respeito dos aspectos da comunicação quando trabalhada na sociedade de massas.

À priori, o excerto explica, rapidamente, massa como um conjunto espontâneo de indivíduos que participam do chamado comportamento de massas. À posteriori, trata de elucidar as características da massa, sendo elas: 1) a não caracterização por classe social, gênero, raça ou quaisquer definições semelhantes, trata-se de um grupo plural e se distingue das comunidades por essa multiplicidade; 2) é um grupo composto por indivíduos anônimos; 3) por serem anônimos, não possuem chances de se misturar, ou seja, não interagem, se encontram fisicamente separados e 4) é organizacionalmente frágil, não se caracteriza em uma unidade, justamente por possuir todas essas particularidades. Ainda nessa discussão, é apresentado ao leitor o papel dos indivíduos na massa, afirmando que, justamente por ser composta por uma ampla gama de pessoas, o objeto de interesse desta é sempre algo proveniente de fora do âmbito cultural, são aqueles acontecimentos ou fatos que possuem facilidade de atrair a atenção dos indivíduos para fora de seu círculo social, tornando-os desvinculados e alienados.

A seguir, é abordado pelo autor o comportamento de massas e sua natureza que é, muito rapidamente, definida pela “busca de cada indivíduo que procura responder às suas próprias necessidades” (BLUMER, 1951), ou seja, o comportamento de massa é caracterizado por ações individuais e não por uma organização, quando tal se organiza, por qualquer razão, passa a ser um movimento societário, descaracterizando sua primeira natureza. Ademais, existem instâncias nesse comportamento, por exemplo, não há entre os participantes da massa o sentimento de lealdade ou fidelidade, tampouco qualquer ordem em suas ações, esses dois fatores somados fazem de algumas situações um verdadeiro caos. A propaganda de massa é outra parte importante desse comportamento, uma vez que é possível observar em publicidades como o seu apelo é dirigido aos indivíduos e não à massa como um grupo homogêneo.

A discussão a respeito do público inicia-se explicando o que tal termo quer dizer – um amontoado de pessoas que estão comprometidas com uma questão, se encontram com opiniões dividas a respeito dessa e discutem tal. Difere-se das massas por ter como principal característica o debate gerado por uma questão, uma vez que os indivíduos da massa são anônimos e, também, por surgir como resposta a uma determinada situação e não como resultado de ações individuais. Contudo, assemelha-se às massas por não ser um grupo estabelecido e por não ser determinado por tradições e regras socioculturais. A existência de uma questão faz com que o grupo busque realizar uma ação a respeito dela, tal ação deve ser tomada pelo público de forma homogênea e é decidida pelo debate, sua peculiaridade está, justamente, na discussão quanto ao que se deve fazer; as argumentações são complexas e são rebatidas, privilegiando o lado racional dos indivíduos.

A opinião pública se forma como um “produto coletivo”, ou seja, é uma opinião formada pelas diferentes opiniões geradas pelos indivíduos e grupos que constituem o público, busca sempre decidir qual ação será tomada a respeito da questão em debate e muitas vezes é diferente da opinião da maioria, mas, ainda assim, representa o público como um todo, mesmo quando não está baseada em consenso, tornando possível a ação conjunta. Para que a opinião pública se forme, é necessário que os membros do público possuam um universo de discurso, ou seja, precisam entender uns aos outros para que possam chegar ao nível de argumentação e contra-argumentação necessários para a discussão, as pessoas também precisam estar dispostas a entender a opinião dos outros membros do público para que o debate se torne possível.

O público é composto por grupos de interesse e um grupo de pessoas desinteressadas, sua discussão surge do conflito entre grupos de interesse com opiniões opostas, uma vez que esses geralmente possuem pontos de vista muito fortes a respeito à questão a ser debatida e procuram obter o apoio daqueles que não estão inicialmente interessados com o ponto de debate, visto que sua lealdade é muito importante para a decisão final de qual ação será tomada. Segundo Blumer, a opinião pública parece se situar sempre entre uma concepção completamente irracional e preconceituoso e uma ideia inteligente e reflexiva, tal afirmação apenas enfatiza a ideia, destacada pelo autor no fim de sua dissertação, de que a opinião pública é racional, mas não precisa ser inteligente. Antes de finalizar seu estudo, contudo, o autor levanta o papel da discussão pública, afirmando que quando algum dos grupos de interesse em conflito não tem acesso a meios de comunicação para atingir o público desinteressado está ocorrendo uma interferência na discussão pública efetiva, tornando a disputa pelo grupo de desinteressados injusta.

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