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Teoria da Comunicação

Por:   •  23/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.025 Palavras (9 Páginas)  •  165 Visualizações

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ESAMC - CAMPINAS

Amanda Morais, Rodolfo Rangel, Mariana Mira e Tatiane Ferreira

TEORIA DA COMUNICAÇÃO I

PAZ NO FUTEBOL

ESAMC (Campinas-SP)

2014

1.INTRODUÇÃO

O tema que o grupo escolheu para abordar é paz no futebol, focado nas torcidas organizadas nós iremos fazer algumas ações, bastante voltadas ao lado sentimental, olhando sempre para a família do torcedor. A ideia é mostrar que apesar de extra-campo, onde o comportamento das torcidas na maioria das vezes é lamentável, com cenas de horror e guerra nas proximidades dos estádios em dia de clássico em sua maioria, o papel das torcidas dentro de campo é fundamental, fazendo um comparativo, é como um maestro da orquestra, ela é quem comanda os gritos de incentivo ao time, tendo uma sequência de cantos que impulsiona e da mais motivação aos jogadores e que para os amantes do futebol é, depois do gol, a maior emoção sentida nos estádios.

2.HISTÓRIA

A primeira torcida organizada criada no Brasil, foi a Charanga Rubro-Negra, e seu inventor o baiano e flamenguista Jaime de Carvalho, mudou os rumos das torcidas nos estádios de futebol, amante das festas que casou o samba com o futebol, levando instrumentos rítmicos aos estádios. O futebol era considerado um esporte de elite, por isso houve alguma resistência no início da Charanga, quando os torcedores achavam a torcida de Jaime muito barulhenta.

Porém a vinda das torcidas organizadas trouxe ares populares aos estádios no começo da década de 20, até a invenção da torcida Charanga Rubro-Negra, os torcedores iam alinhados aos jogos, de terno ou ao menos paletó, com a vinda da torcida rubro negra, os torcedores começaram a aderir às camisas de time nos estádios e isso logo virou um costume. Nessa época no Rio de Janeiro, oficializou-se a figura do “chefe de torcida”, encabeçado pelo Flamengo de Jaime de Carvalho e posteriormente com Tarzã do Botafogo, Dulce Rosalina do Vasco e Paulista do Fluminense.

O primeiro conflito entre torcidas retratado no futebol é de 1924 entre torcedores do Flamengo e do Vasco, em partida realizada nas Laranjeiras, foi se tornando cada vez mais comum também nos estádios a presença de palavrões, por conta disso Charanga aos poucos foi vista com melhores olhos, pois não havia presença de grosserias e conseguia entreter o público de maneira mais leve com suas marchinhas. Em meados dos anos 70 começam a se polarizar as torcidas organizadas por todo Brasil.

Na Europa os famosos Hooligans eram os mais famosos e violentos torcedores nos estádios, eram os ploretários que a partir da copa de 1966 na Inglaterra, se instalavam atrás do gol, e apresentavam um espírito combatente querendo vencer o “inimigo”. É também na Europa em 1985 na Bélgica em jogo válido pela final da Copa dos Campeões (Champions League), com o final do jogo e o placar de 1x0 para a Juventus, gol de Platini, um dos maiores jogadores da época, o resultado ficou em segundo plano, isso porque aconteceu ali a maior batalha campal entre torcedores já vista no futebol, os torcedores ingleses do Liverpool indignados com a derrota partiram pra cima dos italianos, na batalha que acabou com assustadores números de 39 mortos, 454 feridos e 270 hospitalizados. Os ingleses, responsabilizados pelo incidente, tomaram uma punição de 5 anos de exclusão de todos os clubes de competições organizadas pela Uefa, na Inglaterra o que se viu foi uma enorme revolução no futebol, foram tiradas dos estádios as gerais, locais onde os torcedores assistiam aos jogos em pé, passando a ter apenas cadeiras numeradas, além de severas punições para os brigões, que eram excluídos dos estádios e proibidos de frequentar qualquer jogo de futebol no país. Com essas mudanças o futebol ficou mais elitizado, com preços mais salgados dos ingressos e com a exclusão dos brigões, se viu mais famílias e pessoas de bem acompanhando aos jogos no certame.

No Brasil a primeira morte registrada entre briga de torcidas, foi do então presidente da Mancha Verde, o Cléo, em 1988 assassinado com 2 tiros. A partir disso o que se viu foi uma crescente nos números de incidentes, bem como mortes, no futebol brasileiro. A maior batalha registrada no Brasil foi em 1995 entre torcedores da Independente (torcida do São Paulo Futebol Clube) e Mancha Verde (torcida da Sociedade Esportiva Palmeira), em jogo válido pela final da Copa São Paulo de Futebol Jr., uma verdadeira guerra dentro do campo, com mais de 100 feridos e um torcedor do São Paulo de apenas 16 anos morto, a pauladas, pelo palmeirense Adalberto Benedito dos Santos, integrante da Mancha Verde, condenado a 12 anos de prisão. Diferente do que se viu na Europa, onde tiveram mudanças bruscas para encerrar os casos de violência nos estádios, o que se viu no Brasil foi o crescimento de incidentes envolvendo torcidas organizadas, cada vez mais articulados e na maioria deles combinados entre as facções. Infelizmente ainda hoje temos que conviver com essas cenas de horror, com uma polícia mal preparada e uma lei muito falha, o Brasil se vê assolado por casos de extrema barbárie.

O caso mais recente, e que nos causa profunda indignação, foi quando torcedores da Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians, matou um torcedor boliviano com um sinalizador atirado diretamente na torcida adversária. Cerca de 12 torcedores ficaram presos na Bolívia, e em vez de Imprensa, Justiça, ou seja lá o que for, dar uma punição para esses “elementos”, eles são trazidos da Bolívia como verdadeiros heróis, que estavam presos “injustamente” no país vizinho, e são recebidos por repórteres, por torcedores no aeroporto como quem recebe um herói de guerra.

E não para a surpresa da grande maioria, meses depois são flagrados envolvidos em novas brigas dentro dos estádios. A impunidade que vemos no Brasil é algo assustador e por conta disso as autoridades ficam de mãos atadas em meio a crescente e assustadora violência nos estádios de futebol, por conta disso que escolhemos esse tema para abordar, de uma forma diferente da que tem sido feita por aqui, a violência nos estádios.

Acreditamos que a repressão não seja a melhor maneira de acabar com os conflitos, uma vez que a lei nos deixa refém dos agressores, que não sofrem as devidas punições. Pensamos então em uma maneira de chegar até nosso público, que são os torcedores organizados, mexendo com o sentimento dos mesmos, envolvendo a família, bem como mostrando

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