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VIDA NOS TRILHOS: A ARTE CRIANDO CONEXÕES

Por:   •  24/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  576 Palavras (3 Páginas)  •  91 Visualizações

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INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE

Questões Sociológicas E Midiáticas

Turma 2F

VIDA NOS TRILHOS: A ARTE CRIANDO CONEXÕES

Carolina Pelegrina

Danilo Charleaux

Maria A. Bigongiari

Murilo Bonício

Valentina Ornelas

Victoria Bellesia

São Paulo

2019

Projeto Profissional I articulado com as ideias de Zygmunt Bauman

A questão escolhida e desenvolvida em nosso trabalho de projeto profissional é a forma como diferentes representações artísticas realizadas nos transportes públicos (metrôs e trens, no caso) podem, de alguma forma, impactar positivamente no dia a dia das pessoas e resultar em sentimentos e expressões, já que por serem parte do cotidiano da maioria da população, a experiência nesses meios de locomoção se tornou monótona e rotineira, induzindo os seus usuários a permanecer constantemente no “modo automático” e dentro de suas próprias bolhas criadas por meio de seus dispositivos tecnológicos, fazendo-as ignorar o entorno e as relações interpessoais.

Logo, de acordo com essa análise, é possível relacionar tal tema com os pensamentos do filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauman, o qual em sua obra “Modernidade Líquida” abordou com pessimismo e criticismo as consequências do pós-modernismo nas sociedades atuais. Segundo ele, “os relacionamentos escorrem pelos dedos”, ou seja, são caracterizados como efêmeros e imprevisíveis, assim como líquidos propensos a evaporar. Além disso, Bauman afirma que os celulares e demais tecnologias criam conexões com aqueles que se encontram longe, mas acabam afastando os que estão perto, reduzindo ainda mais o contato entre os indivíduos em diferentes locais e fazendo com que os usuários desses dispositivos se encontrem constantemente conectados, mas esquecendo-se do que está em sua volta, sejam pessoas, acontecimentos ou até mesmo detalhes banais do dia que poderiam ser observados com mais atenção. Logo, é gerado o fenômeno do individualismo em cada um, capaz de proporcionar sentimento de insegurança e medo, já que a solidariedade entre os seres humanos seria desintegrada e minada pelas relações efêmeras da modernidade, levando o homem de encontro aos seus problemas mais graves, como a solidão e depressão.

Sendo assim, os transportes públicos são locais os quais é facilmente possível identificar essa realidade, pois as pessoas se acostumaram com tal rotina por conta das pressões exercidas pela sociedade capitalista, que as obriga a trabalhar e estudar arduamente, e acabam ignorando o mundo em sua volta e se prendem aos seus celulares, que para muitos pode ser uma válvula de escape. Os indivíduos se tratam com indiferença e preferem fingir que o outro não se encontra ali, evidenciando como as relações humanas estão sendo cada vez mais fragilizadas, visto que cada um permanece em seu canto e presos em seus próprios pensamentos. No entanto, as apresentações artísticas supracitadas, se encontram em ascensão nos transportes públicos e são vistas como uma eficiente forma de quebrar essa realidade fria e líquida, mesmo que por alguns momentos, já que a arte é capaz de dar cor à vida e instigar as pessoas, chamando sua atenção e fazendo-as “acordar” e visualizar o que realmente importa, desprendendo-as de seus aparelhos e causando certa reflexão. Para alguns, essas performances ainda sim podem passar despercebidas e ignoradas, mas para outros, elas podem realizar uma grande diferença em seu dia, dando forças e esperança para continuar. Como aborda o título de nosso documentário “Vida nos trilhos: a arte criando conexões”, quando esses artistas se manifestam, não são os telefones celulares que criam conexões, mas sim a arte, e de forma grandiosa e emocionante.

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