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A ATEMPORALIDADE DA ALEGORIA DA CAVERNA

Por:   •  30/10/2017  •  Resenha  •  581 Palavras (3 Páginas)  •  465 Visualizações

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A ATEMPORALIDADE DA ALEGORIA DA CAVERNA

Em uma de suas obras mais importantes, “A República”, o filósofo grego Platão escreveu a “Alegoria da Caverna”, um trecho do diálogo entre Glauco e Sócrates que representa a percepção do mundo a nossa volta. Apesar do texto ser datado de muito tempo atrás, cerca de 514 a.C., é possível perceber uma atemporalidade em seu conteúdo, sua reflexão acerca do que é real e o que é imaginário no mundo em que vivemos.

No diálogo Sócrates apresenta a Glauco a seguinte história: algumas pessoas viviam acorrentadas em uma caverna desde crianças, conseguindo observar apenas sombras de pessoas e objetos que passam fora da caverna e são iluminados por fogo atrás delas, existindo ainda uma pequena parede que impede que os acorrentados vejam os donos das sombras. Para essas pessoas dentro da caverna, essas sombras são o que eles entendem de realidade, quando na verdade, a verdadeira realidade está fora da caverna. Sócrates então diz que se um deles fosse libertado e levado (mesmo que a força) lá para fora, levaria um tempo até ele se acostumar com o Sol e a realidade, mas que depois de entender o que o cerca ele não iria querer voltar a viver na caverna e inclusive iria querer libertar os outros. Os que permaneciam na caverna, porém, não acreditariam nele, querendo matá-lo.

A história em quadrinhos de Piteco ilustra as diferentes formas de se “contemplar a vida”, bem como as limitações dos homens da caverna em relação ao que é tido como verdade. Enquanto a filosofia questiona as causas, as consequências e o “o que”, na história em quadrinhos os personagens aceitam a realidade como ela é imposta, sem nenhum tipo de questionamento e, a princípio, sentem-se punidos quando conhecem uma nova forma de viver.  É interessante salientar a similaridade que pode ser observada quando relacionamos “A Alegoria da Caverna” com a história em quadrinhos, a qual faz referência à obra de Platão, e a realidade em que vivemos. Observa-se que, por mais que o tempo discorra, sempre estamos presos à “contemplação da vida” como observadores conformados, não como questionadores. Como é ilustrado também nos quadrinhos, o tempo passou e apenas trocamos a parede da caverna pela tela da televisão.

A atemporalidade da obra também pode se fazer presente em um ideal futurista, como é mostrado no filme A Ilha. O longa conta a história de Lincon, um suposto sobrevivente da “contaminação” do mundo que foi resgatado e agora vive em um lugar com vários outros sobreviventes que esperam serem sorteados para irem a ilha, o último lugar habitável do planeta; entretanto, ele estranha sua situação e ao investigar, descobre que eles são clones de humanos que vivem fora da empresa, criados para salvá-los (com transplantes) quando necessário. Ele resolve fugir com sua amiga Jordan, que primeiramente resiste em deixar a empresa, mas é convencida em seguida. Quando descobrem a verdade, querem voltar para libertar os outros. Mesmo a história se passando em outra realidade, com novas tecnologias e novos conceitos questionados pela filosofia, é perceptível a essência do mito da caverna no filme, a questão do que era tido como real até conhecer-se um outro mundo afora, bem como a negação dos que ficaram.

A relação entre os textos estudados e a atitude filosófica fica clara quando nos atentamos às análises realizadas no presente texto. Ambos os textos citados evidenciam qual a função da filosofia e a importância de indagarmos o que é prestabelecido para que a sociedade se desenvolva e evolua.

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