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A História da Sexualidade

Por:   •  3/9/2017  •  Resenha  •  1.005 Palavras (5 Páginas)  •  261 Visualizações

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A História da Sexualidade

No texto do livro “A História da Sexualidade”, Focault faz uma construção histórica, social, política e cultural a respeito do sexo, apontando as diversas épocas e discursos que permearam a sexualidade ao longo do tempo. Inicialmente no século XVII ainda se fala pouco do sexo, não se tinha tantas estratégias e tentativas se colocá-lo como um segredo, quando temos então a introdução da burguesia a sexualidade foi encerrada no sentido de que o sexo é colocado unicamente na função de reprodução e apenas o casal “terá direito de fazê-lo”.

 O único lugar onde o sexo se apresentava presente era então o quarto do casal, e essa repressão funcionava como silenciadora, e uma afirmação da inexistência do sexo e dos prazeres e o lugar reservado as pessoas que praticavam o sexo no sentido de obter prazer era então a obscuridade, a clandestinidade.

O sexo passa a ser reprimido, e passa a ser uma figura permeada por questões político/econômicas que vão ditar quem pode dizer/conhecer e quais discursos se pode ter sobre ele, além dele se mostrar incompatível com a força de trabalho em uma época que explorava sistematicamente tal força. E os discursos e determinações e saberes sobre sexo e quem obtém esse conhecimento é demonstração também de um regime de poder que vai sustentar a sexualidade humana.

A partir do fim do século XVI, o lugar do sexo ao invés de ser restringida, foi na verdade ainda mais incitada e as técnicas de poder que vigoravam o sexo não obedeceram tanto um rigor, mas a disseminação e implantação de sexualidade polimorfas.

Focault traz então uma hipótese repressiva, onde começa dizendo que nas sociedades burguesas denominar o sexo seria então mais difícil, com uma tentativa de calar o sexo na verdade culminou em uma valorização e intensificação do discurso considerado indecente e além disso uma discussão também que vai vir do campo do exercício de poder de ouvir falar e faze-lo falar sob uma articulação.

No século XVII da Idade Média a discrição é cada vez mais recomendada e quanto aos pecados contra a pureza será necessária maior reserva, então a confissão se torna cada vez mais frequente e práticas como penitencias se tornam cada vez mais intensas em razão da importância dos ditos pecados na carne que seriam pensamentos, desejos, imaginações que se referem ao sexo e agora deveriam ser então confessados juntamente com seus aspectos, suas correlações e efeitos.

No século XVIII nasce uma incitação político-econômica e técnica em se falar do sexo, começam a se realizar de análises, contabilizações, clafissicações e especificações e efeitos das condutas sexuais nos limites entre o biológico e o econômico através de pesquisas quantitativas ou causais trazendo então uma perspectiva racional para o mesmo, e a medicina e psiquiatria são atores presentes nesse momento.

Aqui entram também a medicina e a psiquiatria também, buscando sob roupagens de doenças mentais.

Depois o sexo passa a ser visto então não como algo que deveria ser julgado, condenado ou regulado, mas administrado, tornando-se uma questão de polícia e essa “polícia do sexo” irá regular o sexo por meio de discursos úteis públicos e não através do rigor da proibição. O sexo passa a ser também uma ferramenta do estado, o estado passa a saber o que acontece com o sexo dos indivíduos e o uso do mesmo para que possam então controla-lo.

Uma questão que passa a influenciar os discursos sobre sexo é então a população riqueza, população mão de obra e a capacidade de trabalho, no cerne dos problemas econômicos e políticos da população está o sexo, que vai passar a ser analisado taxas de natalidade, nascimentos legítimos e ilegítimos, precocidade e frequência das relações sexuais e uma maneira de torna-las fecundas ou estéreis. A partir daí que a sociedade passar a afirmar que o futuro e fortuna estão diretamente ligadas não apenas do número, virtude, regras de casamento e organização familiar, mas a maneira como cada um usa seu sexo e se tenta fazer do comportamento dos casais uma conduta econômica e política deliberada.

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