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A Moral Familiar

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Por:   •  14/10/2013  •  1.934 Palavras (8 Páginas)  •  4.939 Visualizações

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Introdução

O estudo da ética baliza o comportamento humano e nos conduz a parâmetros conhecidos: o eterno e parabólico contraste — o bem e o mal, a virtude e o pecado, a verdade e o erro, o joio e o trigo.

A moral diz respeito aos costumes e se constitui num conjunto de regras de procedimento.

Via de regra, a conduta das pessoas tem seu nascedouro na Família, cujas funções variaram no curso da História. Instituição social primária caracteriza-se pela residência comum e pelo convívio de pais e filhos. Certo é que, desde tempos imemoriais, a Família é responsável pela “reprodução da espécie, pela criação e socialização dos filhos e pela transmissão essencial do patrimônio cultural”.

Vivemos uma época de grandes transformações e de exigências que nos impedem, muitas vezes, o compartilhar, o dialogar, o encontro. Mas a família continua sendo o referencial insubstituível.

Dizia Rousseau que “a família é o primeiro modelo das sociedades políticas: o chefe é a imagem do pai; o povo, a imagem dos filhos”. É de Mirabeau esta constatação: “Os sentimentos e os costumes, que são a base da felicidade pública, formam-se no lar”. Ou, como lembrou Balzac: “a família será sempre a base das sociedades”.

O modo como nós, pais, encaramos a vida tem influência decisiva na formação dos filhos. A educação lastreada em padrões autoritários, na rigidez da intolerância, no desprezo pela inclinação transcendental, na ausência de compromisso, na ética dicotômica do indivíduo versus a sociedade irá gerar, forçosamente, cidadãos deslocados do eixo social, descrentes, sem chance de realização ou, como diz a sabedoria popular, “de mal com a vida”. É preciso encarar o mundo com realismo, mas sem perder a dimensão utópica.

Depende de cada um de nós a felicidade do nosso próximo mais próximo, de nossos familiares, de nossos companheiros de trabalho, de nossos amigos. Somos responsáveis por nossos relacionamentos.

Como orientar nossos filhos para um comportamento social ético se permanecemos insensíveis ao que acontece, em guerra explícita, noutras regiões do globo? Ou se somos indiferentes à miséria, à exclusão e à desesperança instaladas ao nosso redor?

Na verdade, estaremos contribuindo indiretamente para a desordem e o caos, se continuarmos alheios ao que acontece no mundo.

contudo, que a nova ordem internacional, por meio de força unilateral, tende a fracassar porque o sistema mundial permanecerá multilateral e “sua regulação dependerá da habilidade de diversas grandes unidades em concordar umas com as outras, mesmo que um desses Estados desfrute de predominância militar”. Negociação e não imposição unilateral. Mas o papel da ONU e de outros organismos internacionais - continua - deve ser repensado: “A ausência de um intermediário internacional considerado genuinamente neutro e capaz de tomar uma atitude sem ser anteriormente autorizado pelo Conselho de Segurança tem sido a lacuna mais óbvia no sistema de gerenciamento de disputas”.

Sem espírito crítico e sem uma análise precisa do que está acontecendo, não se preparam lideranças esclarecidas, formadas em padrões éticos claramente delineados. Essa visão universalizadora, generalizada, é importante para que se possa construir, a partir do meio em que vivemos, uma nova sociedade, pluralista, fraterna e feliz.

3. Desafios a Enfrentar Neste Início de Terceiro Milênio

Estima-se em 187 milhões o número de mortes decorrentes de guerras só no século XX. Outras “guerras” silenciosas se processam, atualmente, corporificadas no desemprego ou no subemprego, na desnutrição, na fome, na miséria, na violência, na exclusão, na degradação ambiental, na concentração da renda, da terra e da riqueza, dizimando pessoas e matando a esperança de muitos

Quais as causas notórias da violência?

A miséria (não a pobreza), a desagregação familiar e o tráfico de drogas ilícitas.

Todas as soluções aventadas para tão grave desordem social passam, necessariamente, pela Educação. Educação, não apenas instrução.

Educar — sentenciou Madre Cristina — é “transformar o mundo, rompendo com os padrões já perecidos no tempo”.

Nesse passo, convém distinguir os valores permanecentes dos transitórios.

Compete ao educador incutir, no educando, princípios axiológicos inegociáveis. É evidente que, nesse campo, mais que qualquer palavra, vale o exemplo.

Como não há “educação neutra”, o pior que pode acontecer no processo educativo é a alienação.

Educação e Compromisso1. Indivíduo, Família e Sociedade

Afirma-se que ninguém pode ser feliz sozinho. Nem a família pode isolar-se. Nem a própria comunidade local ou nacional. O mundo, na verdade, é uma “aldeia global”. Por que o mundo vive conflituosamente, se o homem, feito à imagem e semelhança de Deus, nasceu para ser feliz?

Uma resposta menos elaborada, simplista, diria que as causas são várias, destacando-se o egoísmo, o egocentrismo, a vaidade, o orgulho, a ganância, a sede de poder, o prazer desenfreado, o hedonismo, a maldade, o ódio, as injustiças, a falta de oportunidades, a desigual distribuição de renda, todo um cortejo de misérias que nasceu do desamor.

As três maiores religiões - o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo - são monoteístas, professam a fé num Deus único, com a diferença de que os cristãos acreditam num monoteísmo trinitário. Todos cremos no Deus Amor, no Deus Pai, mas nós, cristãos, deveríamos nos perguntar se não vivemos distanciados da base da nossa fé - o mandamento do amor, que era a marca dos primeiros cristãos: “Vede como eles se amam!”.

Certamente, não haverá paz enquanto as pessoas viverem ignorando Deus, o referencial sem o qual inexiste a verdadeira felicidade.

No contexto familiar, o indivíduo só se sentirá

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