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A Relação Da Ciência Com As Práticas Educacionais, Na Visão De Anísio Teixeira

Trabalho Universitário: A Relação Da Ciência Com As Práticas Educacionais, Na Visão De Anísio Teixeira. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/11/2014  •  599 Palavras (3 Páginas)  •  263 Visualizações

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Qual a relação da ciência com as práticas educacionais, na visão de Anísio Teixeira?

Anísio Teixeira é considera um dos grandes educadores brasileiros, esse reconhecimento se deve ao seu compromisso com a educação presente em suas obras e durante sua administração pública.

Ele defendia uma educação laica, pública e gratuita, e que a educação comum a todos os indivíduos não poderia limitar-se à alfabetização ou à transmissão mecânica das três técnicas básicas da vida (ler, escrever e contar). Por isso criticou o método de ensino arcaico das escolas brasileiras, que adestram seus alunos para passar em exames e que concedem diplomas como mantenedores de status social.

Teixeira acreditava que a educação era uma ferramenta potencializadora do progresso e que necessitava de um redimensionamento de suas bases constitutivas, para corresponder aos avanços técnicos – científicos, acreditava também na possibilidade de superação dos problemas do campo educacional com a incorporação das ciências ao campo pedagógico.

A educação era compreendida por ele como arte científica e o ato de educar como um processo humano com fins de humanização, e que os recursos científicos possibilitariam à educação diretrizes conceituais e técnicas para a reconstrução e organização das práticas escolares.

Influenciado pelo ideário escolanovista, Anísio instituiu um movimento de reconstrução educacional nacional, que tinha como fundamento a educação a partir da experiência, que tinha à criança como centro da escola, e práticas que respeitassem seus direitos e sua personalidade, considerando seus impulsos, capacidades e diferenças.

Para Anísio, o conhecimento pedagógico é um confeito formado por contribuições científicas que problematizam suas práticas e a submetem-na a experimentos, e seus resultados contribuiriam à prática dos educadores. Ele também defendia que a prática não se integraliza, pois é um misto de conhecimentos teóricos e tecnológicos.

Teixeira criticava o modelo especulativo e normativo da pedagogia científica de base católica, pois excluía reflexões filosóficas de suas práticas educativas e que culminavam nas separações entre o conhecimento científico instrumental e dos substratos filosóficos presentes na construção dos objetivos de suas práticas. Ele compreendia que o sentido pedagógico dos processos educacionais é a necessidade de preparação do homem para a experiência humana permanente e compreendida nos fundamentos de uma reflexão filosófica, Anísio pensou a educação como base de cooperação e intercâmbio da filosofia e da ciência. Entendeu a ciência como conjunto de conhecimentos construídos a partir de leis gerais e princípios universais, já a prática seria um campo de ações limitadas a uma situação imediata.

A educação sempre foi vista como instrumento de formação do homem para o convívio em sociedade e a ciência com finalidade de aparar e contribuir para a compreensão das questões da humanidade. Por isso a ciência pode sim ser ferramenta de contribuição para reflexão e modificação da arte educativa e da produção do conhecimento pedagógico, ou seja, a ciência fornece recursos intelectuais aos educadores, orientando-lhes no desenvolvimento de atividades estratégicas baseadas nas necessidades de ação. Mas os estudos técnico-científicos são apenas contribuintes para a renovação dos processos escolares, e não seu principal expoente, pois eles possibilitam aos educadores investigarem sua atuação profissional e a entender as necessidades de renovação de práticas educativas que, até hoje, permanecem nas instituições de ensino, principalmente, nas de ensino bancário, e não definem as diretrizes da educação.

A ciência pode ser uma grande aliada na renovação educacional, mas deve-se compreender o papel da mesma e compreender também a mutação progressiva do mundo, ou seja, a ciência deve compreender e levar em conta as novas demandas do mundo, mas não deve ser mais um instrumento de alienação da sociedade. As novas diretrizes educacionais devem ser fundamentadas em torno da formação de indivíduos participantes da sociedade e críticos.

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