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A Sociologia da Educação

Por:   •  10/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  192 Visualizações

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[pic 1] Universidade de Brasília

Faculdade de Educação

Disciplina: Sociologia da Educação (Turma “C”)

Prof. Dr. Carlos Alberto Lopes de Sousa

Discente: Karinny Lopes de Almeida - 140024425

Sociologia da Educação

Brasília-DF, 01 de junho de 2016.

Com todas as discrepâncias sobre os sentidos sociológicos do sujeito - homem no mundo, nós seres humanos nos encontramos numa celeuma social, que em determinada etimologia não se desmistifica seu próprio significado.

        Não se deve falar em sujeito – educando, sem destacarem-se os seus agentes contundentes de um processo que gera sua educação básica e fecunda, os sujeitos – educadores. Estabelece-se assim, dois pólos de uma relação educativa e pedagoga.

        Numa concepção mais abrangente de corrente de pensamento, frisa-se que a ação educativa inicia-se num elo de vida intrauterino, passando pelo feto até chegar o seu nascimento. Desse modo, o conteúdo das ações ou omissões educativas nesse âmbito de aprendizagem em que tudo influencia o indivíduo, é repassado para as crianças, além de atitudes comportamentais como questões de regras, atitudes, postura social, como também, a moral e os bons costumes transmitidos de geração em geração.

        Um texto que se pode ressaltar e que esteja concatenado ao contexto sociocultural da socialização, é o texto de Peter e Brigitte Berger. O referido texto inicia-se com a menção de sentimentos puros que são vivenciados pela criança, e que refletem sensações originárias e primordiais voltadas ao seu passado. Ou seja, componentes sociais da experiência infantil, pois disserta sobre o cotidiano, o contato e o núcleo familiar da criança.

        Uma vez imposta esta distinção entre certos componentes sociais e não sociais, os autores articulam por meio de fatores comissivos e omissivos (os quais já mencionados acima), as sensações de desconforto e desapego físico e mental com os entes que estão próximos da criança, e como isso pondera no seu dia a dia.

        Igualmente, desdobra-se dessa linha de raciocínio que, num termo microcosmo, o qual os autores utilizam, é associado às praticas costumeiras que as crianças realizam, espelhando-se nos hábitos dos seus entes familiares. Em contrapartida, num termo macrocosmo, termo associado a ampla sociedade, o argumento salientado, é que os padrões alimentares impostos à criança não representam uma decisão de cunho próprio ou de decisão unívoca da mãe, mas expressa um padrão normatizado pela sociedade em que vivem.

        Nesse amplo sentido, a socialização é definida como sendo a imposição de padrões sociais à conduta individual do ser humano, no âmago de um processo em que o indivíduo aprende desde o nascimento, a ser um membro da sociedade, e que esses padrões dependem, drasticamente, dos diversos agrupamentos étnico-sociais em que o mesmo convive.

        Posteriormente, os autores se utilizam do fundamento de como o mundo exterior à criança se transforma, ligeiramente, em seu mundo, isto é, de que modo a criança incorpora os padrões impostos pela sociedade, e de como a mesma faz uso e gozo dessas ferramentas para a vida toda.

        O meio precípuo pelo qual esse processo se realiza, é a linguagem, é claro. Possibilita a criança reter informações e transmiti-las de acordo com seus significados socialmente estabelecidos e disseminá-las através do seu senso comum, interiorizado de seu pensamento abstrato para o seu pensamento concreto. Nesse ínterim, os autores retratam isso como “a criança não só aprende a reconhecer certa atitude em outra pessoa e a compreender seu sentido, mas também aprende a toma-la ela mesma.” (Berger, 1990:207).

        Portanto, nessa etapa da socialização, a criança tem que ter em mente a sua maneira e modo de agir e pensar, com os parâmetros assimilados no decorrer de seu crescimento. Forma-se assim, certa convicção e acima de tudo, um caráter próprio de cada indivíduo no seu habitat social, para que possa discernir sua identidade perante a sociedade como um todo, e tampouco tomar atitudes equivocadas e displicentes que gere consequências fatídicas.

        A esta altura, para aqueles que já estão familiarizados com o tema da socialização, torna-se claro que o ponto de vista de Peter e Brigitte Berger é, evidentemente, derivado das formulações de Émile Durkheim sobre educação: “a educação é a ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social”, tendo por finalidade “suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine”. (Durkheim, 1955: 32)

        De modo similar, para Peter e Brigitte Berger, não se pode tomar o processo de socialização apenas pelo seu aspecto arbitrário, corrigido por uma série de pátrios poderes exacerbados e conjugados por controles externos de troca, como recompensas e castigos. Deve-se tomá-lo, principalmente como “parte essencial do processo de humanização integral e plena realização do potencial do indivíduo”. (Berger, 1990: 205).

Em suma, eis a pergunta: Se o processo de socialização trabalha no sentido de nos conformar aos padrões sociais, como é possível a mudança social? Como evitar a invariabilidade de local e que a sociedade brasileira se transforme ao longo do tempo? Relembrando alguns velhos e bons costumes modernos, que se perpetuam no tempo, pois a educação é uma homogeneização de ideias que faz menção às gerações onde os hábitos eram rudimentares, porém a disciplina e a autoridade eram priorizadas.

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