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A Tendência da Ética Contemporânea

Por:   •  28/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.231 Palavras (5 Páginas)  •  143 Visualizações

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Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Docente: Dr Paulo Roberto Konzen

 Discente: Creuzimar Facundes de Souza

Matrícula: 201910577

 28 de fevereiro 2022

Tendência da Ética contemporânea

  1. Uma reformulação importante da ética de Kant é conhecida hoje, como “ética discursiva” e foi empreendida principalmente, pelos filósofos alemães Karl-Otto Apel (1922-) e Jurgen Habermas (1929-). A ideia básica dessa abordagem da Ética é que o telos fundamental da linguagem humana é o entendimento entre possíveis falantes. Assim, o discurso argumentativo passa a ser o médium por meio do qual podemos alcançar um entendimento acerca das questões morais.
  2. A saber, a parti da análise do uso das expressões morais, um procedimento

wittgensteiniano. Sustenta que é necessário clarificar significado moral tanto de “Bom” quanto de “Correto” além de um esclarecimento sobre a natureza dos juízos morais. Essa forma de ver a linguagem moral também estabelece uma maneira de supera a dicotomia entre modelos teológicos e deontológicos da Ética.

  1. E importante salientar que “uma moral” e para Tugendhat, um sistema normativo livre. E livre porque os membros de uma comunidade moral podem escolher um sistema de normas sabendo que os outros também farão, por isso a aceitação de uma concepção moral e uma decisão pessoal e, como tal autonomia. Por conseguinte, somos autônomos inclusive para aceitar ou não uma determinada moralidade.
  2. Ensaio Liberalism, Libert and the Issue of Economic Humam Rights, ele explicitamente defende os chamados” direitos sociais” r econômico (direitos como ao trabalho, a um padrão mínimo de bem-estar etc.) como condição para uma existência humana digna para todas pessoas.
  3. Os direitos humanos são resultados de um longo desenvolvimento histórico, e não existe nenhum impedimento, seja teórico, seja pratico, seja pratico, para pensarmos em diferentes gerações de direitos. De acordo com Bobbio há quatro gerações distintas de direitos;
  1. a primeira e constituída pelos direitos de liberdade;
  2. a segunda é formada pelos direitos sociais;
  3. a terceira abrange diversos direitos, incluindo os direitos ecológicos como, por exemplo, o direito de viver num meio ambiente não poluído; e

4.a quarta e a mais recente geração e composta de direitos biológico, como o da integridade do patrimônio genético.

  1. Rawls pretende fazer uma “interpretação kantiana da concepção de justiça {...}. Essa interpretação se baseia na noção de Kant sobre a autonomia [...] Kant supõe que a legislação moral deve ser aceita sob condições que caracterizam os homens como entes racionais, livres e iguais” (1999, P 251).

Rawls salienta que sua teoria da justiça pretende estabelecer princípios de justiça que seriam contratados entre pessoas racionais, livres e iguais na posição original sobre o que se chama de “véu da ignorância”, que será esclarecido logo mais.

  1. Outro enfoque ético-político formado por princípios deontológicos é a teoria de justiça como equidade (fainess), defendida pelo norte-americano John Rawls (1929-2002).
  2. Rawls sustenta que sua teoria política da justiça como equidade é capaz de cumprir essa função, por isso, a parti dela, é possível determinar direitos e deveres das instituições básicas de uma sociedade e uma distribuição dos benefícios e encargos da cooperação social.
  3. Mas sociedades ocidentais secularizadas, o justo e o injusto estão em discursão. Existe diferentes noções de bom e de correto, do justo:
  1. a cada um segundo suas necessidades;
  2. a cada segundo seus méritos;
  3. a cada um segundo sua classe social;
  4. a cada um segundo o que a lei lhe atribui;
  5. a cada um segundo suas obras; e
  6. a cada um de modo igual.

Há dessa forma, vários conceitos de justiça aparentemente incomensuráveis.

  1. Para Rawsl, o sujeito da justiça é estrutura básica da sociedade, ou seja, a maneira pela qual as principais instituições sociais distribuem os direitos e os deveres fundamentais e determinam a partilha dos benefícios da cooperação social.

  1. Uma pergunta que é importante fazer então, é esta: como Rawls estabelece as condições para que princípios de justiça possam ser contratados para instituições básicas da sociedade. A resposta a essa questão só pode ser dada por meio do esclarecimento de seu conceito de posição original.
  1. Dois princípios de justiça:
  1. (Princípio das liberdades básicas) cada pessoa tem direito igual a um esquema plenamente adequado de direitos e liberdades básicas, sendo este esquema compatível com um esquema similar para todos.
  2. (Princípio das diferenças) As desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer duas condições: primeiro, elas devem estar ligadas a cargos e posições abertos a todos em condições justa igualdade de oportunidade; segundo, elas beneficiar mais os membros menos favorecidos da sociedade (1999, p. 15).
  1. O que cada princípio significa é claro; as liberdades básicas devem ser igualmente distribuídas; as diferenças sociais e econômicas, se por algum motivo tiverem que existir (por exemplo, por razão de eficácia econômica), devem beneficiar os menos favorecidos.
  1. O autor de uma teoria de justiça apresenta duas razoes. Uma delas é que posição descrita na posição original agrega pressupostos de aceitação de aceitação geral. A segunda justificativa é a seguinte: é necessário ver se ver se os princípios de justiça consensualmente estabelecidos igualam as convicções de justiça que temos ou as estendem de forma aceitável.
  1. Trata-se da noção de “equilíbrio reflexivo”. Esse método procura traduzir uma espécie de dialética entre princípios e juízos sobre casos particulares, ambos se corrigindo mutuamente procurando um ponto estável. Por exemplo “olho por olho, dente por dente”, que vigorou durante muito tempo na antiguidade, mas que leva á guerra de todos contra todos, foi reformulado pela Regra de Ouro, que também se choca com (P. 163) juízos cotidianos que condenam a prática sados- masoquistas e que foi, então devidamente corrigida por princípios que introduzem a imparcialidade, como, por exemplo, Imperativo Categórico kantiano, que, por sua vez, não daria conta hoje de forma satisfatórias de algumas questões éticas e foi assim reformulado pelo próprio Rawsl.
  1. Ao aceitar o pluralismo ético de forma refletida, corre-se o risco de confundir o multiculturalismo, que pressupõe as diferentes tradições artistas, culturais, religiosa ou até mesmo filosófica, com a própria moralidade.
  1. O termo “bioética” foi popularizado pelo médico americano V. P. Potter, no início da década de 1970. Ele defendeu a ideia de que a ciência e a tecnologia estavam destruindo as condições de existência da vida, principalmente o meio ambiente, e que, por conseguinte, era necessária uma abordagem ética dos problemas relacionados com a vida.
  1. Três Princípios validos prima facie (no sentido rossiano):
  1. respeito pelas pessoas (isto e, suas preferências valorativas e escolhas devem ser consideradas);
  2. beneficência (o bem-estar deve ser promovido e os danos minimizados);
  3. justiça (todos devem ser tratados equitativamente;
  1. consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e proteção a grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes (autonomia);

ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como potenciais, individuais ou coletivo (beneficência), comprometendo-se com o máximo de benefícios e mínimos de danos e riscos;

garantia de que danos previsíveis serão evitados (não-maleficiecia); e (p.171)

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