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A Visão De Educação Segundo Nietzsche E Adorno

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Por:   •  27/10/2013  •  1.874 Palavras (8 Páginas)  •  908 Visualizações

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Introdução

Neste trabalho, apresentarei as críticas de Friedrich Nietzsche à educação de sua época . Ele enfatiza a educação como treinamento de cidadãos preparados apenas para o mercado de trabalho deixando de lado o crescimento individual, a educação voltada para o humano, para o desenvolvimento do próprio pensamento e para a razão. Abordarei ainda o tema “educação contra a barbárie” e como ferramenta para a emancipação, baseado no texto dado em sala de aula: “A educação contra a barbárie”, onde o filósofo Theodor Adorno critica uma educação autoritária e a competição excessiva que leva o homem a sua agressividade primitiva e ao impulso de destruição.

Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche se revela um estudioso crítico sobre a verdadeira missão de escola. Ele sempre se preocupou com a forma com que a escola moderna trata a educação e a cultura, logo no início de sua carreira como professor na escola primaria e secundaria, na universidade de Basiléia que aderiu essa preocupação dos problemas do ensino secundário e superior.

Ao que se vê, o problema mais grave para Nietzsche é o abandono de uma formação humanista pelo sistema educacional e cultural vigente de sua época em prol de uma educação cientificista, havendo assim uma vulgarização do ensino, formando assim pessoas na medida do possível úteis e rentáveis e não seres harmoniosos amadurecidos e desenvolvidos. Percebe-se que o estado e os negociantes são os principais responsáveis pela minimização da cultura, eles retiram a capacidade de pensamento próprio do individuo que deveria ser a resultante de toda vida educacional para dar lugar a ima formação rápida para terem a seu serviço funcionários eficientes e estudantes dóceis, que se empenhem rapidamente a ganharem dinheiro, isso influencia inclusive no erro do jovem ao escolher sua profissão por falta de maturidade educacional.

Nietzsche tem um propósito de restaurar a cultura alemã e mostrar como a educação deveria ter sido conduzida, para que se chegasse a esse feito. Ele fala de diferentes etapas de formação de adolescentes como o ginásio, (que hoje em dia vai do quinto ao nono ano) ao ensino médio, a escola técnica e a universidade. Quanto ao ginásio, para Nietzsche, é a fase mais importante que dá base para as séries posteriores, nada foi feito por parte das autoridades, ele sugere um maior investimento nessa fase no que tange a língua materna e da arte de escrever, tarefa simples que está sendo banalizada na escola secundaria, na Alemanha encontra-se contaminada por um “estilo elegante”, ou seja, por um modismo do jornalismo.

Uma escola pode atingir alto padrão de qualidade deve se preocupar em estimular o aluno a estudar seriamente sua própria língua, se o professor não conseguir introduzir aos alunos a importância e a aversão a certas palavras e expressões, nada vale a luta pela cultura. É necessário analisar os clássicos, á miúde, estimulando assim melhorar cada vez mais seu vocabulário.

O desprezo pela formação humanística e o aumento do cientificismo nas escolas, com ênfase dada à formação profissional de criar pessoas aptas a ganhar dinheiro impede que o sistema educacional volte-se para cultura. Nietzsche vê com hostilidade a criação das escolas técnicas na Alemanha ele vê o ensino apenas como instrumental por exemplo, os indivíduos aprendem apenas a calcular de forma a suprirem suas necessidades para o trabalho assim como a linguagem de forma a adquirirem conhecimentos específicos, e conseguem, são formados médicos, negociantes, agrônomos.

Nietzsche propõe uma investigação da qual a cultura é colocada por meio da filosofia e da arte, únicas disciplinas capazes de dosar o aspecto histórico cientifico que se espalha na universidade, voltando a afirmar, a universidade não é um modelo que mostra um apreço pela arte ou pela filosofia, mas isso não quer dizer que em seu espaço não tenha educadores que não influenciem a arte ou filosofia, mas a universidade é voltada para o ensino de uma profissão específica, arte e filosofia é um ensinamento para a vida.

Concluindo o pensamento de Nietzsche a respeito da cultura baseada na filosofia e na arte, é que: o ensino universitário da filosofia não prepara estudante para pensar, agir e viver filosoficamente. Na universidade, a filosofia esta politicamente limitada a aparência erudita, estuda-se apenas sobre obras de grandes pensadores, mas ao que se entende, não se cria pensadores apenas estudiosos deles, existem para Nietzsche pessoas que vivem nas universidades da filosofia fazendo dela um bom modo de se sustentar.

Analise Crítica

Ao apresentar uma analise crítica ao problema tratado por Nietzsche, posso fazer uma comparação ao que vivemos hoje em nossa educação brasileira, podemos observar que não mudou muito quanto ao pensamento de Nietzsche, em relação a filosofia e a educação. Nos anos 60, devido ao regime militar, a disciplina de filosofia foi banida da grade curricular dando espaço para “ educação moral e cívica”, porque era conveniente para o estado instruir pessoas que apenas idolatrassem personalidades, o estado não tinha interesse em tirar a ingenuidade dos estudantes, menos ainda que os tornassem pensadores, críticos diante das ideias dominantes, mas que isso, impossibilitou as pessoas de terem uma ideia geral de mundo, ou sobre elas mesmas, saindo do senso comum. Temos reflexos disso hoje porque a educação é um processo de resultado a longo prazo, apesar de terem inserido em nossa grade educacional, o ensino da filosofia e de os governantes se dizerem preocupados com a cultura do país, pois pouco fazem para melhorar a educação, para daqui a 40 anos por exemplo, tivéssemos uma sociedade mais culta, uma sociedade que soubesse analisar cada candidato para que pudesse escolher um governante competente.

Nossos governantes podam qualquer possibilidades de termos uma sociedade igualitária no que tange a igualdade intelectual, nos oferecendo péssimas condições escolares. Aos professores oferecem uma estrutura inadequada de trabalho. A educação parece estar em outro plano, com Nietzsche a preocupação era com a escola tecnicista que formava o cidadão para o mercado de trabalho. Hoje, no século XXI, não é diferente, poucas são as pessoas que tem acesso a educação de qualidade com entidades que lançam mão da filosofia e arte como meio de formar cidadãos para a vida, não apenas para o mercado de trabalho.

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