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A filosofia moral

Por:   •  6/6/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.863 Palavras (8 Páginas)  •  448 Visualizações

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FACULDADE SANTO AGOSTINHO
CURSO DE PSICOLOGIA
PROFESSOR: Carlos Sales
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Ética e Moral – Aulas complementares

Objetivo: Compreensão dos conceitos básicos da Filosofia Moral – Ética

Pontuação: 3,0 pontos

Data de entrega – Até o dia 11 de junho de 2015.

A Filosofia e a(s) Ciência(s) surgiram da necessidade do homem em perguntar-se sobre o porquê das coisas, ou melhor, da necessidade de compreender a razão pela qual as coisas são assim como são, o que se traduz pelo Princípio da Identidade, Não-contradição.                                                                                                                                                                                                          

Entretanto há uma
diferença fundamental entre Filosofia e as demais ciências. Enquanto essas explicam as coisas com base nas causas mais próximas, a Filosofia procura compreender as causas últimas das coisas, ou seja, o que de fato as coisas são em sua essência, em todo o seu ser, e não de um ponto de vista particular como fazem as mais diferentes ciências.

No início da história do pensar, as explicações que os homens davam para os fenômenos do mundo eram de caráter mitológico, pois elaboravam
narrativas (mitos) em que os deuses permeavam todos os acontecimentos e eram transmitidas de geração em geração através da tradição. 

Entretanto essas primeiras explicações não bastaram para os gregos, sobretudo em razão da invenção do calendário, invenção da moeda, surgimento da vida urbana, invenção da escrita alfabética etc. Os gregos passaram a procurar explicações na natureza através da “razão” para tudo o que existe; são explicações racionais às coisas fazem surgir a Filosofia, o que ainda não era diferente das demais ciências. Neste instante os gregos se encantavam pela procura da verdade.

Com o advento do Cristianismo a verdade tão procurada pelos gregos é apresentada na pessoa de Cristo, e com isso os filósofos não procuravam mais uma verdade, porque a “verdade” já havia sido encontrada, o que caberia a eles era apresentá-la e demonstrá-la. Foi o que aconteceu no período chamado Patrística e Escolástica.

No entanto, em razão de alguns acontecimentos, como da passagem do feudalismo para o capitalismo, formação dos Estados nacionais, movimento da Reforma com a quebra da unidade religiosa; o desenvolvimento da ciência natural, e a invenção da imprensa, tudo passou a ser questionado. Surge o momento de reafirmação da razão (o que os gregos já tinham começado) no racionalismo, e no empirismo, com o consequente nascimento das ciências modernas Diz-se das ciências, pois não há mais um só saber, mas saberes, eivados de objetividade. Surgem as ciências particulares que marcaram o surgimento do mundo moderno.

Essa autoafirmação da razão e o surgimento das ciências fizeram com que o homem se sentisse “Deus” com o “poder” de construir e destruir ao mesmo tempo. E foi o que aconteceu, se construiu, trazendo avanços em todos os setores da vida, também destruiu, com a criação da bomba, que veio a matar milhões de seres humanos.

Ao mesclar destruição e violência com progresso técnico-científico, desenvolveu-se no século XX uma mentalidade menos arrogante quanto aos benefícios infalíveis da racionalidade científica. E como diz Cotrim (2008): “Destituída de valores éticos, ciência e tecnologia nem sempre contribuem para o desenvolvimento humano. Em certos casos, prestam serviço à tirania e à barbárie. Com incerteza e contradições a nova ciência vai levar o homem a mergulhar numa grande crise ético-moral.

Pois bem, vimos inicialmente que Filosofia surgiu da necessidade do homem em perguntar-se sobre o porquê das coisas, ou melhor, da necessidade de compreender a razão pela qual as coisas são assim como são; se o homem procura saber do “porquê” das coisas, por que não perguntar do porquê do seu agir, do seu comportamento? E o porquê desse porquê se faz o homem, o filósofo, mediante uma disciplina filosófica, chamada Ética. Eis a razão de trazer aqui como proposta para meus alunos uma reflexão filosófica, ou um estudo (pesquisa bibliográfica), sobre essa grande e importantíssima ciência do agir do homem, uma vez que,  como psicólogos, serão logo mais cientistas do comportamento humano, e deverão saber ( mediante uma série de conceitos e regras) como  pautar sua conduta e seu agir frente a determinadas situações que na vida profissional hão de enfrentar. E minha proposta de estudo-pesquisa se dará mediante o questionário a seguir:

A Existência Ética

  1. O que é senso Moral? Exemplifique.
  2. O que é consciência moral?
  3. Qual o pressuposto básico do senso moral e da consciência moral?
  4. Qual a diferença entre juízo de fato e juízo de valor?
  5. Por que os juízos de valor são normativos?
  6. Explique o sentido da palavra moral e ética.
  7. Como se manifesta a consciência moral?
  8. O que é vontade? Como ela deve ser para ser ética?
  9. O que são virtudes?
  10. Por que na ética não se aplica a expressão “os fins justificavam os meios”?

A Filosofia Moral

  1. Considerando-se os dois sentidos da palavra grega éthos, quando nasce a filosofia moral ou a disciplina filosófica denominada a ética?
  2. Por que Sócrates incomodava os atenienses?
  3. Por que a Filosofia moral ou a ética se inicia com Sócrates?
  4. O que Aristóteles entendia por práxis? Como a distinguia da técnica?
  5. Segundo Aristóteles, qual é o campo das ações éticas?
  6. Explique a distinção aristotélica entre o que é ”por natureza” e o que é “por vontade”?
  7. O que é o home prudente, segundo Aristóteles?
  8. Qual o legado ético dos filósofos antigos?
  9. Como os antigos filósofos concebiam a vida ética? Por que, para eles, a vontade era tão importante?
  10. Quais os três aspectos principais da ´ética doa antigos?
  11. Quais as mudanças na ética antiga trazidas pelo cristianismo?
  12. Explique a concepção cristã do dever?
  13. Quais são as virtudes cristãs?
  14. Quais são os pecados capitais?
  15. Quais os tipos de conduta definidas pelo cristianismo/
  16. O que é a concepção cristã da intenção?
  17. Como Rousseau procura resolver o problema  da relação entre a liberdade da vontade e o dever?
  18. Explique com suas palavras “moral do coração”?
  19. Que diferença Kant estabelece entre razão pura teórica e razão pura prática?
  20. O que Kant chama de “reino da necessidade”? E de “reino da liberdade”?
  21. Segundo Kant, o que é o dever?
  22. Que diferença Kant estabelece entre interesse e dever?
  23. O que é imperativo categórico?
  24. Quais são as máximas morais, segundo Kant? Explique-as.
  25. O que Kant chama de vontade boa?
  26. Escolha um exemplo no qual as máximas morais e o imperativo categórico são respeitados pelo agente moral?
  27. Escolha um exemplo em que as máximas morais e o imperativo categórico não são respeitados pelo agente mortal.
  28. Quais as críticas de Hegel a Rousseau e Kant?
  29. O que Hegel chama de vontade objetiva?
  30. O que Hegel entende por moralidade?
  31. Por que a moralidade é cultural e histórica?
  32. Segundo Hegel, o que é a vida ética, quando ela se realiza plenamente?
  33. Segundo Hegel, em que momento uma moral entra em declínio? Dê exemplo.
  34. Qual a diferença entre moral aberta e moral fechada, segundo Bérgson?
  35. Aponte algumas diferenças entre a Ética aristotélica e a Ética cristã?
  36. Como Espinosa define os afetos? Qual a diferença entre afetos passivos ou paixões e afetos ativos ou ações?
  37. Por que Espinosa julga as paixões naturais?
  38. Quais são as três paixões originárias ou primitivas?
  39. Explique o que é uma paixão triste e uma paixão alegre.
  40. Segundo Espinosa ao que é servidão humana?
  41. Segundo Espinosa, o que é a Virtude?
  42. Segundo Espinosa, como passamos das paixões às ações, da servidão à liberdade?
  43. Como Mac Intyre concebe a virtude? Por que a virtude propicia unidade e coerência à nossa vida ética?
  44. Explique a distinção ética entre racional e irracional. Por que a tortura é irracional e, portanto, imoral?
  45. O que é o racionalismo ético?
  46. Para o racionalismo ético, o que é a filosofia Moral?
  47. O que é o intelectualismo ético?
  48. O que é o voluntarismo ético?
  49. Quais a diferenças entre vontade e desejo?
  50. Apresente três dentre as várias ideias de Nietzsche desenvolvidas na obra Genealogia da moral.
  51. Explique a diferença nietzschiana entre moral dos escravos e moral dos senhores.
  52. Que críticas Nietzsche, Freud e Marx fizeram à moral vigente na época em que viveram?
  53. Por que a descoberta do Inconsciente por Freud poderia comprometer a ideia da ética, como exercício livre da consciência e da vontade?
  54. Por que de fato a Psicanálise com a prática do autoconhecimento e com explicação da origem e dos problemas do “Ideal do Ego”, não impede a ética e sim a faz avançar ao propor uma nova moral sexual?

A liberdade

  1. Explique a oposição entre necessidade e liberdade.
  2. Por que a necessidade ou fatalidade parece excluir a liberdade?
  3. Explique a oposição entre contingência e liberdade. Por que a contingência ou o acaso parece excluir a liberdade?
  4. Explique a concepção aristotélica de liberdade.
  5. Explique a concepção sartreana de liberdade?
  6. O que Sartre quis dizer ao afirmar que “estamos condenados” à liberdade”?
  7. Explique como os estoicos e Hegel definem a liberdade humana.
  8. Como Hegel explica o surgimento histórico da figura do individuo livre?
  9. Explique a noção de “possível?” e a concepção da liberdade como abertura temporal ou como relação com o possível?
  10. Explique porque para os seres humanos, vida e morte são acontecimentos simbólicos?

      Ética e Ciência

  1. Explique por que em nossa cultura o campo do necessário parece ter diminuído, enquanto o campo do possível parece ter aumentado?
  2. Por que as explicações cientificas, à medida que se tornam mais acuradas, tornam-se também mais específicas e mais fragmentadas/
  3. Por que a genética e a engenharia genética são importantes parta nós?
  4. Explique o problema da responsabilidade moral no tocante aos usos do conhecimento genético contemporâneo?
  5. Explique os problemas éticos trazidos pela ideia de controle da hereditariedade?
  6. Por que não podemos aceitar as ideias de” doença genética”, tanto do ponto de vista científico como do ponto de vista moral?

Orientações

  1. Entrega do Questionário: Até o dia 11 de junho de 2015.
  2. Trabalho em grupo de sete componentes.
  3.  Esta atividade valerá 3,0 (três) pontos a serem adicionados aos do AVA (máximo 2,0) e a  mais cinco (5) pontos da Terceira Avaliação.

Fontes de Pesquisa

  1. Chauí, Marilena. Convite à Filosofia.13ª edição. São Paulo: editora Ática, 2005.
  2. Cotrim, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. 16ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006..
  3. Outras fontes filosóficas contidas no Programa de Disciplina.

Prof. Pe. Carlos Alberto

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