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Filosofia moral antiga e moderna

Por:   •  17/9/2015  •  Resenha  •  2.093 Palavras (9 Páginas)  •  1.473 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Faculdade Mineira de Direito

Bianca de Castro Ramos

Natalice Guedes Moreira

Ygor Luiz Antonacci

HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA:

 Da filosofia moral clássica à moderna

Contagem

2015

Bianca de Castro Ramos

Natalice Guedes Moreira

Ygor Luiz Antonacci

HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA:

Da filosofia moral clássica à moderna

Resenha Crítica apresentada na disciplina de filosofia, no curso de direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, para complementação da avaliação no semestre.

Professor: Lindomar Rocha

Contagem

 2015

HISTÓRIA DA FILOSOFIA MORAL: Da filosofia moral clássica à moderna

O texto “A filosofia moral moderna, 1600-1800” foi escrito por John Rawls, autor americano, nascido no estado de Maryland em Baltimore no dia 21 de fevereiro de 1921. Filho de Willian Lee Rawls (1883-1946) e de Anna Abell Rawls (1892-1954), ele sofreu grande influência dos pais, principalmente da mãe, que tiveram bastante influência na política. Rawls estudou em Princeton, interessando-se lá por professor. Neste período, ele se dedicou a estudar alguns filósofos como Kant, Stuart Mill e Wittgenstein, sendo também influenciado pelo professor Norman Malcolm. Ele se dedicou a vida docente, dando aula até mesmo em Princeton, e é autor de Uma Teoria da Justiça um de seus livros mais famosos. Rawls faleceu em 2002.

O primeiro capítulo do texto de Rawls trata da diferenciação entre moral clássica e moral moderna, a primeira sendo considerada a filosofia da Grécia Antiga e a segunda como a filosofia entre os séculos XVII e XIX. Para os gregos – ou clássicos – a moral era fundamentada pela razão, que prescreve certas ações, que podem ser consideradas virtuosas, como algo bom em si mesmo e não somente como meio para obter um bem final.

 Já para os modernos, antes da apreciação e da busca pelos bens, era necessário considerar as prescrições impositivas da justa razão, ou seja, agir de acordo com a razão. Também se observava os direitos, obrigações e deveres originados racionalmente, o moderno, como forma de romper com o medievo, retorna a razão, como os gregos, porém com os objetivos diferentes para esta.

Com isso, pode-se perceber que a diferença entre a moral clássica e a moderna não é tão profunda assim, como afirma Rawls. Se observar de forma mais atenta será possível perceber a equivalência entre ambas, mas se consideradas de forma particular serão vistas algumas diferenças.

Rawls, no segundo capítulo da introdução, trata do principal problema da filosofia moral grega. Ele começa essa parte comentando um pouco sobre o aspecto cultural e histórico do grego, focando um pouco mais na questão religiosa. Para os gregos, a religião era uma celebração cívica de práticas sociais públicas, se uma pessoa participasse de maneira conveniente e se aceitasse as normas do decoro, as crenças não eram lá de grande importância.

A religião grega não estava focada na salvação, isso para ela não era lá muito importante e, também, não tinham textos sagrados, apesar dos poemas homéricos serem celebrados com certa frequência. O ateu e o descrente, não eram vistos como hereges, mas somente como não confiáveis e, portanto, não poderia contar com eles.

Como a pólis era considerada, se comparado aos tempos atuais, uma cidade pequena, somente cerca de 35 mil habitantes participavam de fato da assembleia e da politica. A religião então, nessa época e até mesmo nos tempos atuais, servia para manter a coesão social e a conformidade.

A filosofia moral grega – ou clássica – nasceu com Sócrates, em uma época que os deuses, as epopeias homéricas e os heróis eram de suma importância na sociedade. O pensamento socrático rompeu com isso, rejeitando o ideal homérico do guerreiro heroico, o ideal da nobreza feudal que governara em épocas anteriores e que exercia, ainda, grande influência.

Com essa ruptura, a filosofia moral grega precisou elaborar por si mesma, ideias de sumo bem da vida humana, que passou a ser o centro dessa filosofia e veio para responder a uma questão que a religião cívica deixa a desejar. Essa ideia de sumo bem era a verdadeira busca da felicidade e estavam voltadas, principalmente, para um bem do individuo e para ele. Para isso o grego viu que para alcançar esse bem, era preciso uma conduta virtuosa.

Sempre foi exercício exclusivo da razão a filosofia moral grega, de modo livre e disciplinado. Sem levar em consideração a religião, muito menos a ideia de salvação. A filosofia moral grega desde o seu início sustentou-se mais ou menos por si mesma. Talvez o fato de não ter se agregado a nada mais do que a razão tenha sido a falha da filosofia moral grega.

Observando que a filosofia moral grega tem um problema, começou-se então a “criação” da filosofia moral moderna. Rawls divide três momentos importantes da história que, certamente, foram essenciais para a filosofia moral moderna.

São estes: a Reforma no século XVI, que fez surgir o pluralismo religioso e que por sua vez, deu inicio também a outros tipos de pluralismos. Hegel reconheceu que esse pluralismo possibilitou a liberdade religiosa. Outro momento importante foi o desenvolvimento do estado moderno, mesmo que no seu princípio ele fosse absolutista e fosse regido somente pela vontade do rei. O último fator que foi considerado por Rawls importante foi o desenvolvimento da ciência moderna, a partir da análise matemática e das descobertas astronômicas.

Outra questão que a filosofia moral moderna se diferencia da grega é o fato da religião. O cristianismo tinha cinco características que faltavam à grega: imposição, salvação, doutrina, sacerdotes e expansionismo. Com isso percebe-se que a filosofia moral da Igreja Medieval não se baseava somente na razão livre e disciplinada, como a clássica.

A partir do cristianismo que a ideia de imposição ou preceito, que determina os deveres e obrigações das pessoas, adentra-se a filosofia moral moderna. Com isso, a obrigação era associada à ideia de direito natural, ou de direito divino. Deus era quem fazia as leis e todos deveriam seguir, porém com a Reforma, perdeu-se esse ideal, pois o individuo se perguntava qual era a que realmente salvava, ou qual era realmente a que era regida pelas leis divinas.

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