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A ÉTICA ARISTOTÉLICA

Por:   •  26/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  705 Palavras (3 Páginas)  •  247 Visualizações

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79 Revista Húmus - ISSN: 2236-4358 Jan/Fev/Mar/Abr. 2013. Nº 7. ele diz mais tarde, “ninguém delibera sobre o que não pode ser de outro modo”. (ARISTÓTELES apud PAIXÃO, 2002, p.56). Identificar a função e a finalidade das coisas, no que diz respeito ao ser humano, não é uma tarefa muito difícil, porém, essa questão começa apresentar certa dificuldade quando se pretende saber qual é a obra do homem. Segundo Ross, Aristóteles apresenta uma saída para essa questão quando começa a interrogar sobre quais são as coisas que apenas podem ser executadas pelo homem. Tudo aquilo que pode ser praticado pelo homem, pelas plantas e pelos animais, ainda não constitui uma tarefa propriamente humana, crescimento e reprodução são compartilhados com os animais e com as plantas e, por sua vez, a sensação, com os animais. Isso implica dizer que nenhuma dessas faculdades pode ser identificada como uma obra característica do homem. David Ross assegura que somente o bem-estar e a virtude são uma característica própria do homem; somente ele é capaz de agir de maneira nobre e virtuosa. Aristóteles faz uma divisão das virtudes, classificando-as como [virtudes] intelectuais (arētaí dianoētikaí) e [virtudes] morais (arētaí ēthikaí). A sabedoria (sophía), a inteligência, a prudência (phrónesis) e o discernimento são formas de virtude intelectual. Por sua vez, a liberalidade e a moderação são consideradas como formas de virtude moral. “[...] a excelência intelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seu crescimento à instrução (por isto ela requer experiência e tempo); quanto a excelência moral, ela é o produto do hábito[...]” (Ibid., p. 35). (ARISTÓTELES, 1999, p. 35). O filósofo é bem categórico ao afirmar que “[...] nenhuma das várias formas de excelência moral se constitui em nós por natureza, pois nada que existe por natureza pode ser alterado pelo hábito [...].” (ARISTÓTELES,1999, p. 35). Mas o que é a virtude? Virtude, para Aristóteles, é a capacidade, ou seja, a excelência de fazer o bem, o que se pretende em determinada área. Quanto mais o homem se aperfeiçoar em praticar uma determinada atividade, melhor ele se torna. No livro II da obra Ética a Nicômaco, Aristóteles faz uma definição geral do que é a virtude: “[...] a virtude é uma disposição da vontade, consistindo em um justo meio relativo a nós, o qual é determinado pela reta regra e tal como o determinaria o homem prudente.” (ARISTÓTELES apud AUBENQUE, 2007, p. 69). Diante da definição de virtude dada [por Aristóteles], o filósofo Pierre Aubenque afirma que “[...] a virtude consiste em agir segundo o justo meio e o critério do justo meio é a reta regra (AUBENQUE, 2007, p. 71).

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