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Análise Filosófica da música - O papa é pop

Por:   •  19/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  437 Palavras (2 Páginas)  •  8.832 Visualizações

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Análise filosófica da música “O papa é pop”, de Engenheiros do Hawaii.

As letras do compositor Humberto Gessinger retratam conteúdos profundos, exigindo capacidade de interpretação mais desenvolvida para estabelecer uma compreensão aproximada. Por apresentar um conteúdo literário (que por sua vez apresenta linguagem conotativa), a letra desta música deve ser interpretada de acordo com a subjetividade e o momento de cada um. Não é possível afirmar com certeza sobre o que Gessinger pretendeu expor, exceto se o mesmo se posicionar a este respeito. Deste modo, não existe interpretação correta ou errada.

“Todo mundo tá revendo o que nunca foi visto” equivale a dizer que as pessoas estão assistindo novos filmes, vendo novas revistas, séries, mas que todas estas apresentam o mesmo conteúdo, que são vendidos de diferentes formas. Entende-se também que todos estes são fúteis e vazios, de modo que por não passarem nada de consistente, não se pode afirmar que algo foi visto . O mesmo vale para seus bens de consumo.

O trecho "E ninguém tá salvo" reafirma que a sociedade é bombardeada por informações vazias, sem conteúdo e de certo modo depreciativa, pois pra onde quer se corra, não é possível fugir dela.

“O Papa é Pop,/ O Papa é Pop!/O Pop não poupa ninguém/ O Papa levou um tiro/

À queima roupa,é.../ O Pop não poupa ninguém”. Neste trecho, possivelmente o compositor está tentando dizer que o pop (que na época era um ícone midiático) não poupa ninguém. Para vender seu conteúdo fútil e repetitivo, a mídia baseia-se no enaltecimento (através de polemização e sensacionalização) de pequenos acontecimentos, que chegam até a insignificância, não perdoando ninguém. Sem princípios morais ou éticos, esta mídia que se apresenta invade nossas casas, nossa vida, violando nossos interesses e impondo-nos novas celebridades, ideias, valores morais e sociais. Não pode-se deixar de frisar a alusão feita ao atentado ao papa em 13 de maio de 1981, 9 anos antes do lançamento de música.

“Mas afinal, / o que é Rock'n'roll?Os óculos do John/ Ou o olhar do Paul?”. Aqui também há uma clara alusão à banalização, mas desta vez o compositor se refere à um estilo musical. O trecho questiona a importância da imagem para a venda de músicas, que não deveria existir.

Vivemos em uma sociedade instável, onde nada é permanente. As celebridades, a moda, os costumes, sofrem constantes modificações, para atender à demanda do mundo capitalista. Tudo e todos são manipulados pela mídia, que brinca com o que se deseja e como se deseja. Os indivíduos se transformaram em uma massa de modelar, e conseguem pensar de acordo com as influências sociais (mais uma vez, da mídia).

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